Carlos Alberto Ferreira
Justiça aceita denúncia e manda citar diretor da AL-MA em processo criminal
Política

Carlos Alberto Ferreira é acusado de participar de esquema de fraude de licitação em Caxias. Ele pode pegar até quatro anos de prisão

Após quase sete anos de tramitação, a Justiça aceitou denúncia e mandou citar o diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, Carlos Alberto Ferreira, por possível participação num esquema de fraude de licitação, na ordem de R$ 3 milhões, no município de Caxias. A pena para quem comete esse tipo de crime é de dois a quatro anos de cadeia, além do pagamento de multa.

O processo criminal corre na Terceira Vara da cidade, aos cuidados do juiz de Direito Paulo Afonso Vieira Gomes. A denúncia foi recebida desde março deste ano, mas somente no final do mês passado é que foi expedido mandado de intimação contra Carlos Alberto, para que ele se manifeste sobre o caso. Outras três pessoas são acusadas de participação no esquema. Todos foram denunciados por fraude em licitação e concurso de pessoas.

“Considerando que presentes se encontram os pressupostos processuais, (...) estando os fatos amparados em indícios de materialidade e autoria (...), RECEBO A DENÚNCIA apresentada contra os acusados, determinando a CITAÇÃO dos mesmos para responderem aos termos da acusação, no prazo de 10 (dez) dias, por escrito e por meio de defensor com capacidade postulatória, nos moldes do artigo 396-A, do Código de Processo Penal”, despachou o magistrado.

De acordo com os autos, a denúncia foi ofertada pelo Ministério Público do Maranhão e envolve falsificação de documentos, empresa de fachada e jogo de cartas marcadas numa licitação para prestação de serviços de publicidade para a Prefeitura Municipal de Caxias, em 2011. À época, o atualmente presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Humberto Coutinho (PDT), era prefeito do município, tendo Carlos Alberto como seu marqueteiro.

Em razão da complexidade do caso, por solicitação do Parquet, entre 2012 a 2016, o diretor de Comunicação da AL-MA e os outros acusados foram alvos de investigação pelo departamento da Polícia Civil estadual responsável pelo combate à corrupção.

Procurado pelo ATUAL7, Carlos Alberto se declarou inocente. “A denúncia não tem pé nem cabeça”, defendeu-se.

Os outros acusados são Simone Conceição Sousa, Suzanne Quintanilha Soares e Thiago Campos Estevão. A reportagem não conseguiu entrar em contato com nenhum deles.

Diretor de Comunicação da AL-MA desmoraliza deputados em site da Casa
Política

Carlos Alberto Ferreira apontou para desequilibrio de oposicionistas e governistas durante a votação da MP 230

O diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, Carlos Alberto Ferreira, mostrou que, após o seu amigo e presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), quem manda mais e mais tem autoridade no Poder Legislativo estadual é ele.

Em artigo assinado e publicado no site da AL-MA, nessa quinta-feira 16, Carlos Alberto não se avergonhou em aproveitar o momento em que exalta Coutinho pela condução da votação que aprovou a Medida Provisória (MP) 230/2017, que prejudicou os professores da rede pública estadual de ensino, para desmoralizar os demais parlamentares.

Tanto oposicionistas quanto governistas foram alvos do braço direito do presidente da Assembleia.

Segundo ele, enquanto o pedetista conduzia a sessão de forma “paciente e serena”, os demais deputados teriam agindo em desequilíbrio. Os oposicionistas, aponta, se exaltaram com Humberto Coutinho. Já os governista, segundo Carlos Alberto, tentaram dar aula ao presidente da Casa de como se conduz uma sessão.

“Não faltaram dedos em riste, de jovens deputados oposicionistas, um tanto exaltados e a quem Coutinho trata como filhos, nem tentativas de dar aulas de condução da sessão ao Presidente, por deputados governistas querendo rápido desfecho para a questão”, escreveu.

Procurados, parlamentares das duas alas — que nos bastidores entraram em crise — preferiam não comentar o assunto. O artigo permanece no ar.

AL-MA vai gastar R$ 635 mil com iPhones, Samsungs e iPads
Política

Serão adquiridos 60 aparelhos iPhones, 65 Samsungs e 55 iPads. Processo será iniciado pela CPL da Casa nesta quarta-feira 7

A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão vai desembolsar R$ 635.086,00 (seiscentos e trinta e cinco mil e oitenta e seis reais) com a aquisição de celulares e tablets para uso do Complexo de Comunicação da Casa, com o objetivo de “atender as necessidades na atividade do parlamentar, sua assessoria e setores administrativos”.

Segundo apurado pelo ATUAL7, ao todo, serão comprados 60 iPhones, 65 Samsungs e 55 iPads.

A cotação dos preços, por aparelho, está estimada em R$ 1.587,40 (hum mil, quinhentos e oitenta e sete reais e quarenta centavos) por Galaxy J7 Metal; R$ 3.419,40 (três mil, quatrocentos e dezenove reais e quarenta centavos) por Galaxy S6 Edge; R$ 3.962,00 (três mil, novecentos e sessenta e dois reais) por iPhone 6s; e R$ 4.183,00 (quatro mil, cento e oitenta e três reais) por iPad Air 2. Os aparelhos de iPhone e de iPad devem ser na cor prata; de Galaxy S6 Edge na cor branca ou prata; e de Galaxy J7 Metal na cor dourado ou prateado. A capacidade de memória interna varia entre 16Gb a 32Gb para os celulares e deve ser de 64Gb, obrigatoriamente, para os tablets.

¦ Baixe o edital da AL-MA para compra de iPhones, Samsungs e iPads ¦

O chefe da Comunicação da Assembleia Legislativa maranhense, Carlos Alberto Ferreira, é quem comandará o contrato para aquisição de celulares e tablets para a Casa
Divulgação O homem forte do presidente O chefe da Comunicação da Assembleia Legislativa maranhense, Carlos Alberto Ferreira, é quem comandará o contrato para aquisição de celulares e tablets para a Casa

O recebimento e abertura dos envelopes de proposta de preços e de documentação de habilitação está previsto para acontecer às 9 horas e 30 minutos desta quarta-feira 7, no auditório da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da AL-MA, que fica no próprio Palácio Manoel Beckman, sede do Poder Legislativo estadual, em São Luís.

Contudo, de acordo com o próprio edital do pregão, o contrato vigorará apenas até o dia 31 de dezembro deste ano, com vigência contada a partir de sua data de assinatura.

A justificativa apresentada pela Assembleia para o dispêndio é que a aquisição dos aparelhos “visa a melhoria dos serviços prestados pelos Parlamentares e Corpo Administrativo, promovendo uma melhor integração com os demais poderes públicos e população em geral, auxiliando o parlamentar do desempenho do seu mandato”.

“A visão quanto a aquisição de tais dispositivos portáteis, é a de possibilitar acesso diversificado a informações de e-mails, mensagens, documentos, entre outros recursos. Com a evolução da tecnologia, torna-se imprescindível a disponibilização de equipamentos modernos, que possam oferecer maior produtividade e eficiência aos trabalhos dos parlamentares e corpo diretivo deste Parlamento”, diz trecho do documento.

O Complexo de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, a quem será destinada a responsabilidade sobre o uso dos aparelhos, é comandado pelo baiano Carlos Alberto Ferreira da Silva, amigo pessoalíssimo do presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT).

Em passado recente, Carlos Alberto foi acionado pelo Ministério Público do Maranhão por uso de notas fiscais supostamente frias e superfaturadas em mais de 300% para justificar gastos na gestão de Coutinho na prefeitura de Caxias. O diretor de Comunicação Social da Assembleia já chegou, ainda, a ser indiciado pelos crimes de formação de quadrilha ou bando, concussão e prevaricação, em São Paulo, durante sua passagem pela direção administrativa da extinta Metrô e da Companhia Municipal de Transportes Coletivo (CMTC), onde era conhecido como “Carlinhos”. Sobre as acusações, ele afirma veementemente haver sido inocentado pela Justiça.

Diretores de Comunicação e RH da AL-MA são representados por improbidade administrativa
Política

Representação é movida pelo editor do ATUAL7. Carlos Alberto e Eduardo Pinheiro negaram informações públicas sobre funcionária fantasma

Os diretores de Comunicação Social e de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão, respectivamente, Carlos Alberto Ferreira e Eduardo Pinheiro Ribeiro, foram representados no Ministério Público do Maranhão, nessa terça-feira 2, por ato de improbidade administrativa.

Trecho da Representação movida pelo editor do ATUAL7 contra os diretores da AL-MA que atentaram contra a moralidade administrativa
Atual7 Aos marginais, a Lei Trecho da Representação movida pelo editor do ATUAL7 contra os diretores da AL-MA que atentaram contra a moralidade administrativa

Produzida pelo escritório Serejo Advocacia e Consultoria Jurídica, a representação é movida pelo editor do ATUAL7, Yuri Almeida, e foi encaminhada diretamente para a 29º Promotoria de Defesa da Probidade Administrativa, de responsabilidade do promotor Lindonjonson Gonçalves. A promotoria é a autora do pedido na Justiça que culminou com a obrigatoriedade da AL-MA em divulgar o vencimento bruto de todos os deputados e servidores da Casa.

Conforme noticiado e repercutido em todo o Maranhão, Almeida foi vítima de grave atendado à liberdade de imprensa, informação e de expressão durante investigações sobre a existência de funcionários fantasmas abrigados na folha de pagamento do Poder Legislativo maranhense.

O caso ocorreu no dia 27 de junho último, no setor de RH da AL-MA.

O blogueiro buscava a confirmação – por meio do acesso aos vencimentos e ficha funcional – de que a diretora-adjunta do setor, a advogada Luana Saboia de Almeida, era lotada no cargo e recebia seus vencimentos religiosamente em dia sem precisar comparecer ao local de trabalho. Enquanto aguardava atendimento por parte do diretor de Recursos Humanos, Almeida foi surpreendido com a entrada de três seguranças, que o expulsaram do local sob ameaça de uso de força. Toda a ação cangaceira, segundo os próprios seguranças, teria ocorrido por ordem direta do diretor de Comunicação da Casa, que determinou ainda ao diretor de RH que não recebesse o blogueiro.

De acordo com a legislação, devido ao grave ocorrido, Carlos Alberto e Eduardo Pinheiro praticaram ato de improbidade administrativa e infringiram ainda a Lei de Acesso à Informação (LAI) ao negarem as informações públicas solicitadas pelo editor do ATUAL7. O ilícito contra o princípio da moralidade administrativa chegou a ser repetido posteriormente por Alberto, em nota oficial.

Luana Saboia de Almeida é filha do juiz Luiz Gonzaga de Almeida.

Na representação, Yuri Almeida pede que os diretores de Comunicação e de RH da Assembleia Legislativa do Maranhão sejam acionados por ato de improbidade administrativa por terem agido de forma marginal, isto é, à margem do que determina a lei, e que a Casa seja obrigada a fornecer as informações solicitadas sobre a lotação de Luana Almeida, no prazo máximo de 15 dias. A AL-MA deve ainda passar a dar publicidade dos atos oficiais necessários a uma gestão pública transparente e democrática, tais como passar a publicar em seu Portal da Transparência ou em páginas especiais de sua Agência de Notícias os gastos mensais e detalhados dos 42 deputados com a verba indenizatória e diárias.

Caso a representação seja aceita pelo MP-MA e julgada procede pela Justiça, Carlos Alberto e Eduardo Pinheiro podem ainda ser condenados à perda da função pública e suspensão de seus direitos políticos, além do pagamento de multa.

A Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil foi acionada para investigar o caso e solicitar as providências que garantam o cumprimento de princípios e garantias constitucionais. Uma ação também foi protocolada por Yuri Almeida no Juizado Especial da Fazenda Pública, já tendo sido designada a audiência de Conciliação, Instrução e Julgamento para as 10 horas do dia 10 de novembro deste ano.

Amigo do presidente, diretor de Comunicação da AL-MA ganha quase R$ 19 mil
Política

Carlos Alberto Ferreira está empregado no cargo desde fevereiro do ano passado. Ele já foi indiciado por formação de quadrilha

Com salário de quase R$ 19 mil, o diretor de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Maranhão, o empresário Carlos Alberto Ferreira da Silva, ganhou o cargo simplesmente por ser amigo de longas datas do presidente da Casa, deputado estadual Humberto Coutinho (PDT). A constatação é feita com base em ações do próprio diretor, que considera que somente jornalistas formados podem ter acesso às áreas restritas à imprensa e a documentos e informações públicas da AL-MA.

Natural da cidade de Caravelas, na Bahia, Carlos Alberto é um dos poucos diretores de Comunicação na história do Poder Legislativo maranhense que não tem formação na área, mas em Economia, o que depõe contra suas próprias ações. Uma nota para evitar que blogueiros continuem a investigar a existência de funcionários fantasmas na AL-MA, emitida recentemente por ele próprio, é um dos fatos que prova isso.

Questionado pelo ATUAL7 sobre o emprego, Alberto se defende, citando como exemplo a nomeação de sua antecessora, a ex-funcionária de Fernando Sarney, Dulce Brito. Ele afirma ainda que possui o maior pré-requisito para estar no cargo: a confiança do seu amigo. “O cargo de diretor de Comunicação não exige que seja exercido só por jornalistas, como não era jornalista a minha antecessora. (...) O maior pré-requisito para ser nomeado é ser da confiança do presidente”, desconversa.

Procurado, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão preferiu não responder a nenhum dos questionamentos feitos.

Salário gordo, mas trabalho magro

O amigo de Humberto Coutinho está nomeado no cargo desde fevereiro do ano passado, tendo já recebido quase R$ 300 mil. O valor, como já de conhecimento público, só se tornou conhecido por força do juiz Douglas de Melo Martins, que em atendimento a uma ação do Ministério Público do Maranhão ordenou que a AL-MA divulgasse a relação de nomes e salários de todos os deputados e servidores lotados na Casa.

Em tempos remotos, o diretor de Comunicação da Assembleia chegou a ter uma aproximação com o cargo que ora exerce na Casa, mas do outro lado do balcão. Após uma conturbada passagem em São Paulo, onde chegou a ser indiciado por formação de quadrilha, ele abriu uma famosa gráfica na capital, prestando serviços para diversos políticos. Já amigo de Coutinho, passou então a ocupar a direção da Difusora de Caxias, de propriedade de seu chefe. Segundo ele mesmo conta, foram essas passagens que o credenciaram a uma “larga experiência na área de Comunicação”. Contudo, uma rápida observação em seus um ano e cinco meses na Assembleia mostram o contrário.

O próprio site do Poder Legislativo atesta a falta de experiência de Carlos Alberto para o cargo.

Talvez em razão da falta de formação na área, que ele próprio tanto defende para outros mas diz não ser necessário para ele, é que o amigo do presidente da AL-MA, embora ganhe o super salário para comandar um super Complexo de rádio, TV, impressos e internet, que inclusive tem prédio próprio, produz pouco trabalho efetivo, resumindo-se em sua maioria à reprodução de trabalhos feitos por assessores dos parlamentares.

Do trabalho feito pela própria Comunicação, por exemplo, catalogado na categoria “especiais”, de oito produções veiculadas desde o ano passado, apenas uma se refere ao Parlamento, mas ainda assim apenas colocando-o como participante de uma ação promovida pelo Executivo estadual.

Outros trabalhos desenvolvidos por Carlos Alberto, já sob investigação do ATUAL7, são os milhares de milhares de impressos que ele mandou produzir com o dinheiro da Assembleia. As investigação foram iniciadas justamente por o diretor de Comunicação da AL-MA seguir à risca a principal marca da gestão de seu amigo e presidente da Casa: a falta de transparência. De bloquinhos de nota à livros, nenhum dos impressos informa, por exemplo, a quantidade e a gráfica em que as peças foram produzidas, levantando as suspeitas de que Alberto possa estar pagando de um lado e recebendo do outro.

Cúpula do PCdoB do Maranhão entre os funcionários fantasmas da AL-MA
Política

Levantamento do ATUAL7 encontrou os nomes de pelo menos cinco comunistas. Maioria embolsa salários que chegam a quase R$ 7 mil

A farra de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Estado Maranhão, que vai de filhos e sobrinho de desembargadores do Poder Judiciário do Maranhão, nora de presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a até mesmo ex-deputadas estaduais, sustenta ainda membros do alto escalão do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, partido do governador Flávio Dino, que tanto prega a moralidade e a ética em seus discursos.

Levantamento do ATUAL7 em documentos abertos da AL-MA encontrou os nomes de pelo menos cinco deles, todos com altos cargos na direção do PCdoB-MA. Embora lotados na Presidência, o que os obrigaria, por lei, a prestar 8 horas de serviço diário no prédio do Poder Legislativo estadual, o quinteto comunista vem recebendo silenciosamente salários sem precisar pisar no local de trabalho.

Os fantasmas comunistas são José Haroldo Silva de Oliveira; Egberto Magno dos Santos de Jesus; Etelvino de Oliveira Nunes; Edson Serra Costa e Josenilton dos Santos Cruz. Com exceção de Edson e Josenilton, lotados no cargo em Comissão Símbolo DAS-1 de Assistente Técnico Legislativo do Quadro de Pessoal da AL-MA, todos os outros foram nomeados para cargo em Comissão Símbolo DANS-1 de Assessor Parlamentar do Quadro de Pessoal da Assembleia Legislativa do Maranhão.

As nomeações foram feitas todas em fevereiro do ano passado, logo nos primeiros dias em que o presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), assumiu a Presidência sob articulação do próprio governador Flávio Dino.

De fevereiro de 2015 pra cá, Haroldo Oliveira, Egberto Magno de Jesus e Etelvino Nunes embolsam ilicitamente o total de R$ 6.664,54 (seis mil, seiscentos e sessenta e quatro reais e cinquenta e quatro centavos) por mês, cada. Já Josenilton e Edson Costa, apesar de lotados no mesmo tipo de cargo, embolsaram valores diferentes: o primeiro embolsa R$ 3.190,56 (três mil, cento e noventa reais e cinquenta e seis centavos) por mês, o segundo R$ 5.319,75 (cinco mil, trezentos e dezenove reais e setenta e cinco centavos) por mês.

O ATUAL7 tentou contato com todos eles, mas somente com Haroldo Oliveira, mais conhecido com Haroldão, obteve êxito. Contudo, após três dias de insistência por parte da reportagem, Haroldão não respondeu aos questionamentos feitos sobre o emprego fantasma. Ele apenas alegou, em um dos contatos, que estaria de viagem, e que quando retornasse à capital, que seria na última terça-feira 5, entraria em contato, o que não ocorreu.

Anti-blogueiro caça fantasmas

Desde a expulsão do editor do ATUAL7, Yuri Almeida, do setor de Recursos Humanos da Casa durante investigação sobre a existência de funcionários fantasmas no Palácio Manuel Beckman, o diretor de Comunicação Social da Assembleia, Carlos Alberto Ferreira, vem se desdobrando para barrar a entrada do blogueiro no prédio da AL-MA em busca de novas informações sobre os fantasmas.

Para isso, o chefe da Comunicação chegou a emitir um Comunicado em que afirma que deixará de cumprir a Lei de Acesso à Informação, ao declarar que somente profissionais da imprensa regulamentados junto à Delegacia Regional do Trabalho-DRT ou perante o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Maranhão e/ou FENAJ poderão ter acesso à documentos e informações públicas. O caso será denunciado pelo próprio Almeida ao Ministério Público, por meio de Representação contra Carlos Alberto.

Além de afirmar que não cumprirá a LAI, o diretor de Comunicação da AL-MA baixou ainda novo Comunicado, na terça-feira 5, em que alerta para a proibição de acesso ao espaço de imprensa, contíguo ao Plenário da Casa, aos profissionais não registrados ou representantes de veículos devidamente credenciados pelo Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa, Jorge Vieira. O controle desse acesso será exercido pelo Gabinete Militar, isto é, por seguranças como os que expulsaram Yuri Almeida do RH da Casa.

Em nota, AL-MA insinua que blogueiros não terão acesso à caixa-preta da Casa
Política

Documento é assinado pelo diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, Carlos Alberto Ferreira

A Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão emitiu nota, no início da tarde desta quinta-feira 30, em que insinua que blogueiros, cidadãos comuns, não terá acesso à caixa-preta da Casa, isto é, às informações públicas como, por exemplo, gastos dos deputados, vencimentos de servidores, lotação e outros penduricalhos bancados com dinheiro público.

Diretor de Comunicação da AL-MA acredita que, com nota, blogs como o ATUAL7 não poderão mais buscar acesso legal a informações públicas
Divulgação Vai nessa Diretor de Comunicação da AL-MA acredita que, com nota, blogs como o ATUAL7 não poderão mais buscar acesso legal a informações públicas

O documento é assinado pelo diretor de Comunicação Social da AL-MA, Carlos Alberto Ferreira (foto acima), após sites e blogs de todo o estado divulgarem o atentado contra a liberdade de informação e de imprensa sofrido pelo editor do ATUAL7, Yuri Almeida, durante a existência de funcionários fantasmas na AL-MA.

Segundo Carlos Alberto, somente poderá ter acesso à informações de interesses público órgãos de imprensa regularmente reconhecidos como tal pelo Ministério das Comunicações, ABERT, ANJ e ANER; jornalistas com registro profissional regulamentado junto à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) ou perante o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Maranhão e/ou FENAJ; e sites de órgãos de comunicação regularmente reconhecidos pelos organismos oficiais.

Apesar do diretor de Comunicação alegar que o objetivo do comunicado é manter com os veículos de imprensa a mais transparente e respeitosa relação, o próprio comunicado contraria expressamente a Lei Complementar n.º 131/2009, a chamada Lei da Transparência − que alterou a redação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) no que se refere à transparência da gestão fiscal; e a Lei federal n.º 12.527/2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação - LAI, que regulamenta o direito, previsto na Constituição, de qualquer pessoa solicitar e receber dos órgãos e entidades públicos, de todos os entes e Poderes, informações públicas por eles produzidas ou custodiadas.

Ambas preveem punições aos servidores que descumprirem suas determinações.

Caso o diretor Carlos Almeida siga na intenção expressa em seu comunicado, e realmente não permita que o cidadão comum não tenha acessos às informações públicas da AL-MA, ele pode, por exemplo, ser enquadrado por crime de improbidade administrativa.

A veracidade será confirmada nas próximas semanas pelo ATUAL7, que desenvolve um página especial que será lançada em conjunto com o novo layout. A ferramenta mostrará os gastos de todos os deputados com a famosa “verba indenizatória de ajuda de gabinete”. Todo o conteúdo será atualizado mensalmente, por meio de informações solicitadas à própria Assembleia, por meio da LAI, inclusive a cópia das notas fiscais que devem ser apresentadas pelos parlamentares para cada gasto.

Márcio Jerry perde queda de braço e Carlos Alberto permanece na Comunicação da AL
Política

Secretário de Articulação Política tentou derrubar diretor de Comunicação do Legislativo estadual por meio de intrigas e vazamento de conversas

Se o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) tinha como chefe maior de seu governo a ex-primeira dama Alexandra Tavares, e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) tinha dono do Palácio dos Leões o seu marido Jorge Murad, o Jorginho, o governador Flávio Dino (PCdoB) segue a tradição e também possui em seu governo alguém que manda mais do que ele, porém sem gozar da mesma força e intimidade que usufruía os dois primeiros.

Carlos Alberto e Humberto Coutinho: relação que vem de Caxias é mais forte que domínio de Márcio Jerry
Agência Assembleia Perdeu, coveiro! Carlos Alberto e Humberto Coutinho: relação que vem de Caxias é mais forte que domínio de Márcio Jerry

Pelo menos é o que se pode colher de uma perseguição iniciada pelo secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry Barroso, para derrubar o neo desafeto Carlos Alberto Ferreira da Silva, diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, mas que resultou em nada.

Braço direito do presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), deste o tempo de coisas ainda ocultas em Caxias, Carlos Alberto seguiu ordens do próprio Coutinho e agiu nos bastidores para abafar na mídia anilhada os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na AL para apurar supostas irregularidades no programa Saúde é Vida durante a gestão do ex-titular da pasta, Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Humberto Coutinho é chefe do clã que controla uma maternidade privada e outra pública em Caxias.

Verdades colocadas por Carlos Alberto em um grupo de assessora de Othelino fez Márcio Jerry bufar, mas também murchar
Jornalistas Profissionais/WhatsApp Petardo Verdades colocadas por Carlos Alberto em um grupo de assessora de Othelino fez Márcio Jerry bufar, mas também murchar

Informado da operação pelos deputados Othelino Neto (PCdoB) e Rogério Cafeteira (PSC), respectivamente vice-presidente e líder do governo na Assembleia, sem força para peitar diretamente o presidente de Assembleia, Márcio Jerry abriu então campanha nos bastidores para queimar Carlos Alberto, espalhando a notícia intimidadora de que a cabeça do titular da Comunicação legislativa estadual havia sido pedida por cinco deputados da base governista. Mais medroso e mais fraco que o próprio Jerry, um dos apontados como carrasco da trupe, Fernando Furtado (PCdoB), tratou logo de esclarecer que não fazia parte do quinteto, e ainda desautorizou Cafeteira e Eduardo Braide (PMN) de incluírem sem nome na empreitada.

Com a baixa, Jerry aproveitou então um deslize de Carlos Alberto, que declarou algumas verdades sobre Dino e seu governo em um grupo de WhatsApp pertencente a uma assessora de Othelino, e mandou printar e espalhar a conversa. Na cabeça do quase Alexandra-Jorginho de Flávio Dino, o fato do secretário de Comunicação ter dito que "é preciso parar com esta história de tudo é culpa de Sarney" e que "agora tem governador, mas não tem governo" seria forte o suficiente para derrubar o braço de Coutinho da AL.

Passada uma semana da crise, porém, apesar da força inegável que tem na dinastia, Márcio Jerry recolheu-se ao perceber que a intimidade e poder que goza sobre o governador do Maranhão é não é tão forte assim ao ponto de conseguir derrubar Carlos Alberto.

Líder do governo na AL pede a cabeça do diretor de Comunicação da Casa
Política

Sinecura pessoal de Humberto Coutinho, Carlos Alberto teria determinado que a mídia anilhada deixasse de divulgar os trabalhos da CPI da Saúde

Governista querem que Carlos Alberto seja exonerado, mas diretor de Comunicação é parceiro pessoal do chefe do Legislativo
Reprodução Na guilhotina? Governista querem que Carlos Alberto seja exonerado, mas diretor de Comunicação é parceiro pessoal do chefe do Legislativo

Pelo menos cinco deputados da bancada governista na Assembleia Legislativa do Maranhão, dentre eles o líder do governo, deputado Rogério Cafeteira (PSC), e o vice-presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB), querem a exoneração imediata do titular da Diretoria de Comunicação da Casa, Carlos Alberto Ferreira da Silva. A informação é do Blog do Antônio Martins.

De acordo com informações de bastidores, Carlos Alberto estaria fazendo corpo mole na cobertura dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, e ainda tentado impedir que a mídia anilhada divulgue o andamento da comissão, que apura supostas irregularidades no programa Saúde é Vida durante a gestão do ex-titular da pasta, Ricardo Murad, cunhado da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB).

Além de Cafeteira e Othelino, os deputados Fernando Furtado (PCdoB), Fábio Macedo (PDT) e até o enrolado presidente da CPI da Saúde, Levi Pontes (SD), também estariam comandando a queda do chefe na Comunicação legislativa.

Como Carlos Alberto é sinecura pessoal do presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), a trupe governista deve sair envergonhada, ao ser chamada no Palácio dos Leões e ser censurada pelo próprio governador Flávio Dino (PCdoB) - isso se a censura não por telefone ou mesmo WhatsApp, mais humilhante ainda.

Saiba quais deputados querem a exoneração de jornalistas e blogueiros na Assembleia
Política

Parlamentares não aceitam que profissionais da imprensa que cobrem a Casa publiquem denúncias conta suas ações no mandato

Diretor de Comunicação da Assembleia ficou encarregado de explicar o be a bá aos profissionais da imprensa que cobrem a Casa
Reprodução O preço do silêncio Diretor de Comunicação da Assembleia ficou encarregado de explicar o be a bá aos profissionais da imprensa que cobrem a Casa

Pelo menos nove deputados estaduais do Maranhão aguardam o retorno do presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), para o cumprimento de um acordo costurado na época da eleição da Mesa Diretora, que garantia que nenhum dos 42 parlamentares do Legislativo estadual seria denunciado ou mesmo criticado por profissionais da imprensa nomeados no setor de Comunicação.

A pressão pela exoneração de jornalistas e blogueiros voltou a ser exigida na semana passada, após um blogueiro recém-chegado na folha de pagamento novamente chamar o líder do governo na Assembleia, deputado Rogério Cafeteira (PSC), de Rogério Porcão; e de uma postagem requentada sobre a nomeação do ficha suja Raimundo Monteiro no gabinete do deputado Zé Inácio (PT).

Capitaneados pelo presidente interino da AL, deputado Othelino Neto (PCdoB), que cobrou de um outro parlamentar sobre sua ligação com um bogueiro do interior do Maranhão que tem produzido uma serie de reportagens sobre sua coleção de indiciamentos criminais, o bloco da mordaça resolveu escalar o diretor de Comunicação Carlos Alberto Ferreira para anunciar a cada um dos jornalistas e blogueiros em rebeldia como funciona o código de conduta para quem recebe pela Assembleia Legislativa.

Até agora, apesar de um novato ter reclamado de perseguição por parte de blogueiros alinhados ao projeto do governador Flávio Dino (PCdoB) para São Luís, oficialmente apenas nove deputados fazem parte do bloco da mordaça: Othelino Neto (PCdoB); Rogério Cafeteira (PSC); Zé Inácio (PT); Sérgio Frota (PSDB); Rigo Teles (PV); Júnior Verde (PRB); Fernando Furtado (PCdoB); César Pires (DEM); e Edson Araújo (PSL).

Política

Parlamentares pressionam pelo cumprimento de um acordo com o presidente da Casa, Humberto Coutinho, que garante a blindagem

Diretor de Comunicação foi escalado para explicar para os profissionais da imprensa as regras da Casa
Agência Assembleia Código de conduta Diretor de Comunicação foi escalado para explicar para os profissionais da imprensa as regras da Casa

Um grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Maranhão quer censurar a imprensa.

Desde a semana passada, pelo menos nove parlamentares tem pressionado para que jornalistas e blogueiros que recebem pela Casa sejam terminantemente proibidos de publicar qualquer denúncia ou crítica pessoal sobre as ações de seus mandatos.

A pena para quem não rezar a cartilha é a exoneração.

Eles alegam a existência de um acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), costurado ainda na época da eleição da Mesa Diretora, que garantiu que o profissional da imprensa que recebe pela Assembleia para cobrir as ações da Casa não iria bater em nenhum dos 42 deputados sob o risco de ser exonerado.

Para dar prosseguimento ao plano da amordaça, o diretor de Comunicação Carlos Alberto Ferreira foi escalado pelo presidente interino da AL, deputado Othelino Neto (PCdoB), para anunciar a medida ditatorial para cada um dos jornalistas e blogueiros.

A regra é clara: quem não obedecer vai pra rua.