Weverton Rocha
Weverton faz gesto a Bolsonaro, protege aliados e retira apoio à CPI do MEC
Política

Pedetista tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, é aliado do filho 01 do presidente e um dos beneficiários do orçamento secreto

Em gesto ao governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Weverton Rocha (PDT-MA) retirou apoio à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado para investigar desvio de dinheiro público do Ministério da Educação por esquema que envolveria lideranças partidárias, pastores e liberação de emendas.

O recuo ocorreu no fim de semana, quando o pedetista desistiu de confirmar assinatura à criação da CPI proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após uma ação intensa do Palácio do Planalto para barrar a apuração.

Pré-candidato ao Executivo maranhense, embora use como marketing eleitoral a estratégia de que seria “o melhor amigo de Lula no Maranhão”, Weverton tem atuação no Senado atrelada ao bolsonarismo, formou aliança com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o filho 01 do presidente da República, e é um dos beneficiários do orçamento secreto.

Além de blindar o governo Bolsonaro, ao recuar no apoio à CPI, Weverton também garante proteção ao pastor Gilmar Santos, pivô do escândalo e da queda de Milton Ribeiro do MEC.

O pedetista é próximo de Gilmar, e havia publicado um vídeo com ele em suas redes sociais. Após a revelação das irregularidades e crimes praticados na destinação das verbas públicas, porém, a gravação foi deletada.

Com apoio de Brandão, Paulo Victor é eleito presidente da Câmara de São Luís
Política

Resultado representa forte derrota para o senador Weverton Rocha, que chegou a deslocar o PDT para apoiar Gutemberg Araújo, então candidato de Eduardo Braide, também derrotado

Em uma campanha marcada por interferência do Palácio dos Leões, o vereador Paulo Victor (PCdoB) foi eleito nesta segunda-feira (4) presidente da Câmara de São Luís para um mandato de dois anos.

A vitória foi possível após a liberação de recursos para ações indicadas por vereadores, por meio das secretarias de Estado da Educação e de Cultura, e oferta de cargos no governo em troca de votos, tudo sob apoio aberto do agora novo governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

O resultado representa forte derrota para Weverton Rocha, adversário de Brandão na disputa pelo comando do Executivo nas eleições de 2022. Em janeiro, o PDT, partido comandado pelo senador, chegou a fechar apoio ao vereador Gutemberg Araújo, então candidato do prefeito Eduardo Braide (sem partido) na disputa.

Há pouco mais de uma semana, porém, prevendo derrota por maioria esmagadora, Araújo desistiu da corrida, e declarou apoio a Paulo Victor.

Antecipada, a eleição foi realizada com votação aberta e nominal, tendo o parlamentar sido eleito por unanimidade dos vereadores do Legislativo ludovicense.

O novo comando da Câmara de São Luís terá início em janeiro de 2023, e vai até dezembro de 2024.

Cappelli fecha contrato de R$ 4 milhões com agência ligada a marqueteiro de Weverton
Política

Secretário de Comunicação do Maranhão negou provimento a recursos de outras participantes e manteve a Sofia Comunicação como vencedora da concorrência

A Secretaria de Comunicação do Maranhão fechou um contrato de R$ 4 milhões com uma agência de publicidade ligada ao jornalista Zeca Pinheiro, marqueteiro do senador Weverton Rocha (PDT), principal adversário de Carlos Brandão (PSB) ao Palácio dos Leões nas eleições de 2022.

Trata-se da Texto e Arte Propaganda, conhecida no mercado como Sofia Comunicação. O acordo foi fechado há pouco mais de um mês.

Embora assinado pelo secretário adjunto de Marketing e Mídias Sociais da Secom do Estado, Marco Aurélio Pereira de Oliveira, o serviço a ser prestado é de publicidade legal, como editais, pelo período de um ano.

Duas outras agências, a Vitale Propaganda e a Grito Propaganda, também disputaram a concorrência, e chegaram a interpor recursos administrativos contra a aceitação da proposta da Sofia Comunicação, mas ambas tiveram provimento negado por Ricardo Cappelli.

Ao deliberar sobre o caso, o titular da Comunicação, a quem Dino indicou para permanecer no cargo no governo de Brandão, manteve a agência ligada ao marqueteiro de Weverton Rocha como vencedora da licitação.

“Foguete sem ré”, Weverton imita Dino e disputa 2022 de olho no Palácio dos Leões em 2026
Política

Senador trabalha para terminar outubro pelo menos como segundo colocado nas urnas. Antevendo estratégia, socialista impôs nome de Felipe Camarão na vice para caso necessite disputar ele próprio o Executivo contra o pedetista

Apesar das dezenas de baixas em sua pré-campanha desde que Flávio Dino (PSB) anunciou oficialmente Carlos Brandão (PSB) como seu sucessor no Palácio dos Leões, em novembro do ano passado, o senador Weverton Rocha (PDT) deve se manter na disputa até o fim.

“Foguete sem ré”, conforme slogan que passou a adotar, Weverton trabalha as eleições de 2022 de olho na de quatro anos depois, 2026.

Espécie de imitação dos passos de Dino, o objetivo do pedetista é terminar a eleição de outubro pelo menos na segunda colocação nas urnas, ainda que eventualmente derrotado pela força do Palácio dos Leões logo no primeiro turno, como vem se desenhando. Com a façanha, automaticamente, se tornaria o principal opositor de Brandão no Executivo –como fez Dino em 2010, estrategicamente, para vencer em 2014, então já imbatível.

Caso a força do Palácio dos Leões garanta a permanência de Carlos Brandão no comando do Estado pelos próximos quatro anos, em 2026, o sucessor de Flávio Dino terá de deixar o Executivo, provavelmente para disputar o Senado.

Exatamente por antever esse cenário, Flávio Dino impôs seu pupilo, Felipe Camarão (PT), como vice da chapa. A intenção é voltar a disputar o Palácio dos Leões, na hipótese de Camarão aparecer propenso a perder a disputa de 2026 para Weverton. Espécie de marionete do padrinho, Camarão permaneceria no governo até o fim, sem qualquer resistência.

Para o ainda governador do Maranhão, em eventual enfrentamento direto com o pedetista, ele se sairia melhor do que Camarão.

Othelino decide deixar Weverton e apoiar Brandão ao governo do MA
Política

Conforme antecipou o ATUAL7, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão vai continuar no PCdoB

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), decidiu seguir com apoio a Flávio Dino (PSB) ao Senado Federal e apoiar a candidatura de Carlos Brandão ao governo do Maranhão.

A informação de que Othelino continuaria em seu atual grupo político, inclusive permanecendo filiado ao PCdoB, foi antecipada pelo ATUAL7 há duas semanas.

A baixa pode fazer o senador Weverton Rocha (PDT) recuar da pré-candidatura ao Palácio dos Leões.

PP oficializa apoio a Brandão e vai comandar orçamento que era do PDT de Weverton
Política

Estimativa de recursos para o Detran em 2022 é de 196,4 milhões

O PP oficializou nessa quinta-feira (17) posição de apoio a Carlos Brandão (PSDB) na corrida ao Palácio dos Leões deste ano.

Com a decisão, tomada em megaevento protagonizado pelo presidente da sigla no Maranhão, deputado federal André Fufuca, o partido passará a comandar o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), cuja fatia no orçamento do Estado antes pertencia ao PDT do senador Weverton Rocha, recentemente descartado pelos progressistas.

O indicado deve ser o advogado Diego Rolim, que atualmente comanda a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais), já sob o comando do PP.

Segundo a LOA (Lei Orçamento Anual) de 2022, o orçamento da autarquia para o exercício financeiro deste ano é de R$ 196,4 milhões. Até o momento, de acordo com dados do Portal da Transparência do Estado do Maranhão, R$ 14,6 milhões já foram despendidos desse valor.

PP descarta Weverton e decide apoiar Brandão para o governo do MA
Política

Embarque oficial da sigla acontecerá na quinta-feira (17), segundo anúncio de André Fufuca. Guinada aumenta o esvaziamento do pedetista

A PP bateu o martelo e decidiu descartar o senador Weverton Rocha (PDT) na disputa pelo governo do Maranhão.

Em mensagem a aliados e imprensa nesta segunda-feira (14), o deputado federal André Fufuca, presidente na sigla no estado e interino no comando nacional, anunciou que a sigla vai apoiar o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

O embarque oficial, segundo Fufuca, será na próxima quinta-feira (17), em evento aberto marcado para o início da noite em uma casa de eventos em São Luís.

Nome de Flávio Dino (PSB) para a própria sucessão, Brandão assumirá a chefia do Palácio dos Leões no próximo mês, com a renúncia do cargo por Dino para concorrer ao Senado.

A guinada do PP representa forte revés para Weverton, que vem sendo esvaziado e perdendo aliados antes mesmo de Brandão assumir o governo.

Palácio dos Leões já conta com apoio de Othelino Neto a Carlos Brandão para disputa de 2022
Política

Com esvaziamento, tendência é de que Weverton Rocha retire pré-candidatura até julho

Aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) já contam como certo o apoio do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), para a disputa eleitoral ao governo do Maranhão.

Segundo o entorno de Brandão, a aliança foi selada na semana passada, após pelo menos dois encontros entre os políticos para tratar do pleito. O tipo de acordo firmado, porém, permanece desconhecido.

Procurados pelo ATUAL7, nenhum dos dois retornou o contato.

Nas conversas, Othelino teria sinalizado que continuaria no PCdoB e que, para não abandonar repentinamente o senador Weverton Rocha (PDT), começaria a diminuir participação em eventos políticos liderados ou com intenção de promover o pedetista. Paralelamente, também seria construído um discurso de que não houve recuo do chefe do Legislativo do Estado, mas decisão para que o Maranhão continue avançando, com Brandão.

Se confirmada a saída de Othelino Neto da campanha de Weverton, a tendência é de que o pedetista retire a pré-candidatura até o mês de julho, antes do período de convenções das legendas, segundo o calendário eleitoral de 2022. Contudo, por estar sendo esvaziado, não haveria espaço para eventuais exigências do senador para a composição.

Brandão e Weverton brigam pela liderança no MA, diz JPesquisa
Política

Em terceiro lugar aparecem empatados Edivaldo Holanda Júnior, Roberto Rocha e Lahésio Bonfim

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) lidera a pesquisa de intenção de votos para o Palácio dos Leões ao lado do senador Weverton Rocha (PDT), aponta pesquisa estimulada do instituto JPesquisa divulgada neste domingo (13).

Próximo de assumir a cadeira de mandatário do Estado, Brandão tem 23% das intenções de voto, estatisticamente empatado com Weverton, que registrou 20%.

A JP Pesquisa entrevistou 1.600 eleitores entre os dias 7 e 12 de março. Contratada pelo Jornal Pequeno, tem margem de erro de 2,45 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número MA 09132/2022.

Em terceiro lugar, também empatados, estão Edivaldo Holanda Júnior (PSD, 11%), Roberto Rocha (PSDB, 10) e Lahésio Bonfim (PTB, 9%). Em seguida aparecem Josimar Maranhãozinho (PL), com 4%, e Simplício Araújo, 2%. O pré-candidato do PSOL, Enilton Rodrigues, não pontuou.

O levantamento mostrou ainda que 10% do eleitorado entrevistado afirmou que não pretende optar por nenhum dos pré-candidatos apresentados, e 11% disse não saber por quem optar ou não quis responder.

Weverton e Brandão estão empatados na eleição para o governo do MA, aponta Escutec
Política

O senador registrou 22% das intenções de voto e o vice-governador, 19%

A disputa ao Palácio dos Leões está empatada entre Weverton Rocha (PDT) e Carlos Brandão (PSDB), aponta pesquisa estimulada do instituto Escutec divulgada nesta terça-feira (22).

O senador registrou 22% das intenções de voto e o vice-governador, 19%.

Num segundo pelotão está o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PSD), com 12%, o senador Roberto Rocha (PSDB), com 11%, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim (PTB), com 6%, o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), com 5%, e o ex-secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo (SD), com 2%.

O engenheiro florestal Enilton Rodrigues (PSOL) não pontuou.

O levantamento mostrou que 9% dos eleitores disseram que não votariam em nenhum desses pré-candidatos. Outros 14% disseram não saber por quem optar ou não responderam quando perguntados a respeito.

A Escutec ouviu 2 mil eleitores entre a última quinta (17) e esta terça (22). A pesquisa, contratada pela TV Mirante, tem margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. Esta registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número MA 03951/2022.

Weverton relembra passado na UMES, mas omite ação penal por apropriação indébita e estelionato
Política

Prescrição livrou pedetista. Benefício foi concedido porque senador, à época dos crimes atribuídos a ele, era menor de 21 anos

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) publicou nas redes sociais vídeo em que mostra sua trajetória política, desde à época de estudante secundarista, como aliado do ex-governador Jackson Lago, até a chegada ao Congresso Nacional, por apadrinhamento do governador Flávio Dino (PSB).

Em um dos trechos, intercalada com imagens de um jovem magrela e de roupas surradas em atos da famigerada UMES (União Municipal de Estudantes Secundaristas), a gravação diz que quando os estudantes lutavam por meia-entrada em São Luís, o pedetista “estava lá”.

Inserida por aliados no pacote de pré-campanha ao governo do Estado nas eleições de 2022, a peça de marketing tenta se antecipar e diminuir o impacto negativo do período em Weverton esteve na UMES, que pelo relevante interesso social deve ser explorado por adversários no pleito: segundo investigação do Ministério Público, o pedetista praticou os crimes de apropriação indébita qualificada e estelionato quando comandou a entidade.

Conforme mostrou o ATUAL7, apesar da gravidade dos fatos e do farto material apresentado pela acusação, Weverton conseguiu se livrar da ação penal iniciada no Judiciário maranhense e encerrada no STF (Supremo Tribunal Federal), não por reconhecimento de inocência, absolvição, mas por declaração de extinção de punibilidade, por prescrição.

O benefício, que ocorre quando se esgota o prazo que o Estado tem para punir, foi concedido porque Weverton, à época dos crimes atribuídos a ele, era menor de idade.

Pelo Código Penal, conforme estabelecido no artigo 115, “são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um) anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos”.

Weverton presidiu a UMES entre novembro de 1998 a junho de 2000. Nascimento em 8 de dezembro de 1979, à época, ainda não havia completado 21 anos de idade, o que fez incidir a regra.

Segundo o parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República), acolhido pela ministro do Supremo Rosa Weber, tendo em vista que, desde a data do recebimento da denúncia, em dezembro de 2002, até a data em que ele teve a ação penal analisada pelo STF, em dezembro 2013, já haviam se passado mais de 11 anos. “Mesmo que o réu fosse condenado à pena máxima cominada para os crimes a ele imputados, ainda assim incide a prescrição, eis que o prazo de 16 (dezesseis) anos previsto no art. 109, II, do Código Penal deve ser computado pela metade”, anotou.

Apesar do passado apontado por órgãos de investigação e de controle como malandro, em uma costura política envolvendo o pleito anterior, o pedetista foi escolhido por Flávio Dino em 2018 para uma das duas vagas ao Senado naquela chapa.

Para 2022, porém, o mandatário apoia e deixará como sucessor o vice-governador Carlos Brandão (PSDB). Pesou para a unção, segundo Dino, além da capacidade de unir o grupo, os critérios de probidade e de honestidade.

“São Pedro, no sistema de crenças cristãs, é aquele santo que tem a chave do céu. Eu acho, decorridos seis anos e pouco de governo, que governo é, um pouco, ter a chave nas mãos. A questão fundamental é: o que fazer com ela? O que fazer com essa chave? Há quem queira a chave do governo do Estado apenas para abrir o cofre. Abrir o cofre para pegar o dinheiro e aumentar o seu patrimônio pessoal. Infelizmente, acontece isso na política”, alertou o chefe do Executivo, sem citar Weverton, durante ato institucional em junho do ano passado.

Republicanos, de Cléber Verde, desiste de Weverton e decide apoiar Brandão para o governo do MA
Política

Partido vai integrar o primeiro escalão do novo governo e receber Fábio Macedo e Amanda Gentil, pré-candidatos à Câmara Federal em 2022

A cúpula nacional e estadual do Republicanos decidiu abandonar o senador Weverton Rocha (PDT) e fechar apoio ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB) na disputa pelo Palácio dos Leões em outubro. O partido é comandado no estado pelo deputado federal Cléber Verde.

Além da garantia de integrar o primeiro escalão no governo Brandão, que assume o Executivo em abril com a saída de Flávio Dino (PSB) do cargo para disputar ao Senado, a sigla também vai receber o deputado estadual Fábio Macedo e a secretária municipal de Governo em Caxias, Amanda Gentil.

Ambos são pré-candidatos à Câmara Federal em 2022.

Antes de voltar ao PSDB -de onde já está de saída para o PSB-, Brandão foi filiado ao Republicanos, partido pelo qual foi reeleito em 2018 vice-governador do Maranhão.

Jefferson Portela se antecipa a Flávio Dino e pede demissão da Segurança Pública
Política

Saída ocorre em razão de declaração de apoio a Weverton Rocha ao Palácio dos Leões. Coronel Sílvio Leite, atual secretário-chefe do Gabinete Militar, é cotado para o cargo

O secretário Jefferson Portela (Segurança Pública) pediu demissão ao governador Flávio Dino (PSB) ao ser informado que o socialista pretendia exonerá-lo do cargo nesta sexta-feira (4).

Segundo apurou o ATUAL7, o pedido foi entregue nessa quarta-feira (2), e ainda não tornado público por Dino porque ainda não há substituto para o cargo.

O mais cotado, até o momento, é o coronel Sílvio Leite, atual secretário-chefe do Gabinete Militar. A decisão será tomada em conjunto por Flávio Dino e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), para o anúncio.

A saída de Portela da SSP-MA ocorre em razão dele haver declarado apoio ao senador Weverton Rocha (PDT) na disputa pelo Palácio dos Leões em 2022, e feito diversos discursos contrários à gestão Dino durante atos de pré-campanha do pedetista pelo interior do estado.

Em um dos discursos, Jefferson Portela afirmou que a história do Maranhão contará com apenas dois governos legitimamente populares: o primeiro seria o de Jackson Lago (PDT), que comandou o Executivo de janeiro de 2007 a março de 2009, quando teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob acusação de compra de votos, e o segundo seria o do próprio Weverton Rocha, se eleito em outubro próximo.

Pré-candidato à Câmara dos Deputados sem viabilidade eleitoral até dentro do próprio sistema de segurança pública, Portela pretende se aposentar da Polícia Civil para evitar o vexame de ter de voltar para o 14º DP – Bequimão ou, para onde mais teme, o 10º DP – Bom Jesus / Coroadinho, ambos em São Luís.

Ministério Público investiga gestões de indicados por Weverton e Josimar na Sagrima
Política

Inquérito foi instaurado por representação da PGE-MA, e apura despesas realizadas sem cobertura contratual entre 2018 e 2021

O Ministério Público do Maranhão investiga supostos atos de improbidade administrativa que teriam sido praticados durante as gestões de indicados pelo senador Weverton Rocha (PDT) e pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) na Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca, a Sagrima.

De acordo com o promotor que conduz o caso, Nacor Paulo Pereira dos Santos, da 35ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, houve a realização de despesas sem cobertura contratual entre 2018 e 2021, levando o MP-MA a apurar se “houve prática de quaisquer das condutas típicas descritas no art. 178 da Lei nº 14.133/2021”.

A norma trata sobre crimes em licitações e contratos administrativos no âmbito da administração pública direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O inquérito foi instaurado em agosto de 2021, com base em representação formulada pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado) do Maranhão.

A apuração se concentra nas gestões de Márcio Honaiser, deputado estadual pelo PDT indicado por Weverton Rocha, e de Fabiana Vilar Rodrigues, sobrinha e indicada por Josimar Maranhãozinho. O período entre ambos, em que o engenheiro agrônomo Edjahilson Souza esteve à frente da Sagrima, também é alvo.

Até o momento, no entanto, nenhum deles consta formalmente como investigado.

As indicações políticas para a pasta ocorreram em razão do senador e do deputado federal terem integrado a coalizão que reelegeu o governador Flávio Dino (PSB) para o Palácio dos Leões em 2018.

Nas eleições de 2022, porém, ambos não fazem mais parte do grupo político liderado pelo mandatário, que ungiu como sucessor o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), tendo justamente Weverton e Josimar como principais adversários na disputa.

Dino reafirma apoio a Brandão, aceita ser candidato de Weverton e Simplício ao Senado, mas deve avançar em mudanças em secretarias
Política

Cargos em comissão e terceirizados devem entrar na lista. Pastas comandadas por aliados também estão na reforma do secretariado, sendo a Sinfra a Emap as mais vistosas na negociação

O governador Flávio Dino (PSB) reafirmou nessa segunda-feira (31) que seu candidato ao Palácio dos Leões na eleição de 2022 é o vice-governador Carlos Brandão (PSB).

“Sobre a pré-campanha no Maranhão, hoje reunimos dirigentes dos partidos e reafirmamos o apoio à pré-candidatura do vice-governador Brandão ao governo do Estado. Seguimos critérios democráticos na escolha”, afirmou.

Postulante ao Senado, Dino não rejeitou apoio do senador Weverton Rocha (PDT) e do secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo (SD), que preferiram deixar a base e seguir com pré-candidaturas próprias ao Executivo, mas deve avançar em mudanças em secretarias no Estado.

Visando a maior unidade possível em torno de Brandão, Dino pretende aguardar a entrega de cargos ainda nesta semana por aqueles que quiserem seguir em oposição ao decidido pelo grupo. Quem não entregar, porém, já recebeu o alerta antecipado que será substituído.

A escolha do novo secretariado está sendo acordada diretamente com Carlos Brandão. O objetivo é que quem seja nomeado agora permaneça no cargo após Flávio Dino renunciar ao mandato, no final de março.

Já estão definidos, por exemplo, que o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB) vai indicar o nome para a Sedes (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social), e o também deputado federal André Fufuca (PP) para o Departamento de Trânsito do Maranhão, o Detran.

Pastas comandadas atualmente por aliados também estão da reforma do secretariado, sendo os comandos da Sinfra (Secretaria de Estado da Infraestrutura) e da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária), que gerencia o Porto do Itaqui, os mais vistosos postos a entrar na negociação.

Dezenas de milhares de cargos em comissão e terceirizados também devem entrar na lista.

Para parte do entorno do Palácio dos Leões, não houve racha na base com a decisão de Flávio Dino em reafirmar apoio a Carlos Brandão e, mesmo assim, Weverton Rocha e Simplício Araújo permanecerem na disputa. “Não houve racha, mas consolidação. Confirmou quem está e quem não está com a gente. O governador antecipou quando disse no ano passado que ‘é no andar da carruagem que as abóboras se ajeitam’” declarou, em reservado, um secretário do alto escalão.

Weverton tenta polarizar com Dino em disputa por Lula, mas tem encontros ignorados pelo petista
Política

Criação de cenário visa garantir sobrevivência política ao pedetista. Se derrotado em outubro, senador poderá enfrentar novamente Carlos Brandão ou disputar a Câmara em 2026 para se manter no poder

Em uma estratégia de polarização com o governador Flávio Dino (PSB) para tentar criar a impressão de que possui musculatura eleitoral, o senador e pré-candidato do PDT ao Palácio dos Leões, Weverton Rocha, tem investido na disputa pelo apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na avaliação da equipe de campanha do pedetista, ele precisa criar cenários em que no jogo do poder pelo comando do Executivo do Estado aparente existir apenas ele e o governador Flávio Dino (PSB).

Contudo, apesar de até conseguir a atenção e discursos favoráveis do petista, o plano não tem dado certo. Nas redes sociais, todos os encontros que Weverton conseguiu com Lula têm sido solenemente ignorados pelo ex-presidente, enquanto os realizados com o chefe do Executivo maranhense comemorados.

Ao contrário de Weverton Rocha, para encontros com Lula, Flávio Dino não precisa ser levado por quem tem real proximidade com o petista. No mais recente, por exemplo, para ser recebido, o pedetista precisou da ajuda de Márcio Jardim, ex-secretário de Esportes de Dino. Sinalizações de apoio do ex-presidente ao senador ocorrem também como afronta a Ciro Gomes, eterno presidenciável do PDT.

Embora considerado um dos cabeças do Congresso, a influência e operações do senador em Brasília (DF) não elevaram o pré-candidato do PDT ao status de liderança nacional, condição conquistada por Dino desde quando entrou na política eleitoral.

Além da alta estatura no âmbito nacional, Dino mantém o controle político no estado por meio do Palácio dos Leões, força que já começa a ser maior compartilhada com o vice-governador e escolhido pelo mandatário para sucedê-lo no Poder em 2022, Carlos Brandão (PSDB). Na cadeira, Brandão manterá consolidado o controle do grupo, influência na bancada maranhense e interlocução nacional.

Com praticamente metade do mandato no Senado já consumida, com a criação de cenário de polarização, Weverton articula pelo menos duas frentes: na mais remota, ser eleito governador do Maranhão. Na mais próxima da realidade, sobreviver politicamente e garantir pelo menos um mandato de deputado federal em 2026.

Em oposição sem retorno –conforme acostumou-se a repetir, “foguete não dá ré”–, Weverton sabe que, em Carlos Brandão sendo reeleito ao governo do Estado em outubro, no próximo pleito, uma das vagas ao Senado já terá dono: o próprio governador, se Brandão. A outra, porém, mesmo se não tivesse traído Dino e seu grupo político, jamais seria do pedetista.

Weverton Rocha enfrenta dificuldades para encontrar vice que agregue
Política

Pedetista atrapalhou diálogos com partidos aliados ao desqualificar e ridicularizar a função de vice em investida frustrada contra Carlos Brandão

Aliados do senador Weverton Rocha (PDT) avaliam que uma das maiores dificuldades do pedetista na disputa pelo Palácio dos Leões é encontrar um vice que lhe agregue votos.

Embora garanta ter mais de meia dúzia de partidos com musculatura anilhados ao seu projeto em 2022, nenhuma das legendas quer discutir a indicação de nome para a vaga.

No ano passado, em entrevista à TV Centro Norte, Weverton desqualificou e ridicularizou a função de vice, atrapalhando a abertura de diálogos.

“Tem gente que nasce para ser vice, tem gente que nasce para liderar, eu nasci pra liderar”, disse, em tentativa de atingir o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), escolhido pelo governador Flávio Dino (PSB) para sucedê-lo no comando do Executivo.

Alertado, o senador chegou a recuar da investida frustrada, mas o verniz de prepotência permanece.

O ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD), que perdeu força e parou a pré-campanha ao governo do Estado no fim do ano passado, chegou a ser cogitado e sondado, mas pouco agregaria.

Além de também pilhado em casos de corrupção e de ser pouco conhecido fora de São Luís, onde Weverton já possuiria boa intenção de voto, a fama de político serviçal mais atrapalharia do que ajudaria.

A busca por alguém evangélico da Região Tocantina chegou a ser discutida, mas logo descartada, já que nenhuma liderança eclesiástica se associaria ao pedetista.