Força Nacional
PEC torna permanente a Força Nacional de Segurança
Política

Proposta apresentada por Eliziane Gama aguarda designação de relator na CCJ do Senado

A senadora Eliziane Gama (PPS-MA) apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para tornar permanente a Força Nacional de Segurança Pública. O texto está aguardando a designação de relator na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado

A PEC 19/2019 altera o artigo 144 da Constituição de 1988 para incluir a Força Nacional entre os órgãos que compõem o aparato da segurança pública nacional. A PEC também define a Força Nacional como órgão permanente, destinado “a executar atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. O texto ainda prevê que a Força irá trabalhar mediante cooperação federativa de caráter consensual, sob coordenação conjunta da União, dos estados e do Distrito Federal.

Eliziane argumenta que a sociedade clama por mais segurança e paz. Com base em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ela cita que o Brasil registrou mais de 63 mil mortes violentas em 2017 — o que corresponde a mais de 170 mortos por dia. Esses números evidenciariam uma necessidade urgente de mudança, segundo a senadora.

Para a senadora maranhense, a Força Nacional é um importante instrumento de preservação da ordem pública e de combate à violência. Ela ressalta, no entanto, que a Força tem servidores emprestados de outros órgãos e atua somente em momentos de conflito. Com a modificação na Constituição, a Força Nacional, além de se transformar em um órgão permanente, teria um quadro de pessoal próprio.

Comissão aprova inclusão de guardas municipais na Força Nacional
Política

Proposta recebeu parecer favorável e defesa do deputado federal Aluísio Mendes

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou projeto de lei que inclui as guardas municipais entre as instituições que podem compor a Força Nacional de Segurança Pública. Apresentada pelo deputado Laudivio Carvalho (Pode-MG), a proposta recebeu parecer favorável e defesa do deputado federal Aluísio Mendes (Pode).

“Nossas guardas municipais estão cada vez mais profissionais e, nesse contexto caótico enfrentado diariamente pela sociedade brasileira no campo da segurança pública, abrir mão de seus efetivos na Força Nacional de Segurança Pública é uma irresponsabilidade”, destacou o parlamentar maranhense.

Criada no governo Luiz Inácio Lula da Silva, a Força Nacional é um órgão de cooperação federativa cuja função é preservar a ordem pública, a segurança das pessoas e do patrimônio. Atualmente, é uma tropa ligada ao Ministério da Justiça e atua em situações de emergência e calamidade pública, além de operações ambientais.

Ao contrário das Forças Armadas, a Força Nacional não é uma tropa federal. Ela é composta de policiais federais e policiais de órgãos de segurança estaduais (bombeiros, policiais militares e civis), que são selecionados dentro de suas instituições e passam por curso de capacitação para atuar no órgão.

Com as alterações propostas pelo projeto, a União poderá firmar convênio não apenas com os Estados e o Distrito Federal, mas também com os Municípios para que as guardas municipais possam compor a Força Nacional. Os membros dessas guardas que integrarem a tropa passariam a receber diárias, da mesma forma que os policiais dos Estados e do DF. As atribuições da Força Nacional passariam a incluir também a proteção de bens, serviços e instalações municipais.

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).