Vera Lúcia
Polícia Civil faz busca e apreensão contra Vera Lúcia e na Câmara de Chapadinha
Política

Operação Arroba apura suposta fraude em licitação e peculato pela presidente da Casa, vereadora Vera Lúcia

A Polícia Civil Maranhão cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Chapadinha, nesta quarta-feira 10, durante a deflagração da Operação Arroba, que apura suposta fraude em licitação e peculato.

A presidente da Câmara de Vereadores, Vera Lúcia Aguiar (PTB), e o próprio Palácio Francisco Carneiro Almeida, sede do Poder Legislativo do municipal, figuram entre os alvos.

Na ação, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, como celulares, notebooks, computadores e tablet. Não há informações sobre apreensão de documentos.

O inquérito, segundo a Polícia Civil, permanece sob sigilo.

Em nota, Vera Lúcia disse que a Câmara de Chapadinha “possui certificado de transparência”, e que a investigação policial, instaurada a partir de denúncia formulada por vereadores que fazem oposição à sua gestão, tem o “intuito único e exclusivo” de atacá-la. “Todos os dados oriundos de folha de pagamento, pagamento de fornecedores entre outros encontram-se inseridos no portal da transparência”, garantiu.

Prefeitura de Paulo Ramos é comandada por ex-presos na Operação Rapina
Política

Deusimar Serra e mais duas de suas auxiliares foram alvo da Polícia Federal

A Prefeitura de Paulo Ramos, no interior do Maranhão, é comandada atualmente por pelo menos três acusados de desviar recursos público federais que deveriam ser aplicado em obras e serviços no município. A informação é de O Estado.

O prefeito, Deusimar Serra (PCdoB) – que na foto em destaque aparece com a deputada estadual Ana do Gás (PCdoB), e pelo menos duas das suas principais auxiliares, Delidiane de Moura Ferro e Vera Lúcia Silva, chegaram a ser presos pela Polícia Federal no ano de 2007, após a deflagração de uma das fases da Operação Rapina.

Na ocasião, Deusimar era secretário municipal de Administração – o prefeito era João Noronha, que também foi preso.

Delidiane Moura Ferro era tesoureira e presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL), e Vera Lúcia Silva era membro da CPL. Na atual gestão, elas foram nomeadas para chefiar, respectivamente, a Secretaria Municipal de Finanças e a Secretaria Municipal de Administração.

Além da prisão, Delidiane Ferro e Vera Lúcia ainda respondem a processos na Justiça Federal por improbidade administrativa.

Segundo dados do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), a secretária de Finanças aparece como parte em dois processos; já a secretária de Administração figura em 19 ações.

Investigações

Todas as fases da Operação Rapina, desencadeadas na década passada pela PF – sob o comando do ex-delegado federal Pedro Meireles, já expulso da corporação por corrupção – foram iniciadas a partir de investigações do Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão.

Em janeiro de 2006, segundo o órgão, os procuradores da República do Maranhão identificaram, a partir da análise de diversos relatórios de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), o uso de notas fiscais de empresas comprovadamente inexistentes por vários gestores municipais, objetivando o desvio de recursos federais.

Em fevereiro do mesmo ano, o MPF-MA instaurou procedimento investigatório para colheita de provas e posteriormente requisitou a abertura de inquérito policial.

No curso das investigações, descobriu-se a participação direta de vários prefeitos municipais, o que levou a Procuradoria da República no Maranhão a pedir o deslocamento das investigações para o TRF-1, em razão da prerrogativa do foro desses agentes públicos.

No total, 119 agentes públicos chegaram a ter prisões decretadas pela Justiça Federal.