Terminal Rodoviário de São Luís
Governo e RMC tem 120 dias para reformar Terminal Rodoviário de São Luís
Política

Prazo foi determinado pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos. Não cumprimento acarretará multa diária de R$ 1 mil

O governo Flávio Dino e a empresa RMC Comércio e Representações Ltda, responsável pela administração do Terminal Rodoviário de São Luís, tem o prazo de 120 dias para reformar e adaptar as instalações do terminal. A decisão, em caráter liminar, é do juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Capital, Douglas de Melo Martins. O não cumprimento acarretará multa diária de R$ 1.000,00.

A decisão atende ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da Promotoria de Justiça Especializada do Controle Externo da Atividade Policial, baseada em Laudo de Exigências do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, que apontou falhas nos sistemas de extintores e de hidrantes, inexistência de estrutura de proteção contra descargas atmosféricas e falta de canalização preventiva.

Em face da gravidade do laudo do Corpo de Bombeiros, e por entender que o funcionando da Rodoviária de São Luís, nas condições atuais, coloca em risco a vida das pessoas que ali transitam ou desempenham suas atividades laborativas, o Ministério Público requereu a interdição do terminal e a imediata reforma e as adaptações devidas, dentro do prazo de 60 dias.

O juiz Douglas de Melo Martins acolheu em parte o pleito ministerial, por entender que a interdição da Rodoviária neste momento seria uma medida desproporcional. O magistrado lembra que o transporte é um serviço essencial e que a paralisação do único terminal rodoviário da cidade, sem a alternativa de outro local para a prestação do serviço “causaria danos aos usuários”.

O magistrado reconhece a necessidade de se assegurar aos usuários e funcionários do terminal condições seguras para o desenvolvimento de suas atividades. Segundo ele, a medida objetiva o cumprimento de normas técnicas que visem a resguardar a segurança e a integridade físicas das pessoas, por meio da adoção de mecanismos que diminuam o risco de incêndio.