Semana da Pátria
Governador Flávio Dino cancela tradicional desfile cívico do Dia da Raça
Política

Medida foi tomada para evitar que o prefeito de São Luís seja vaiado pela população ao comparecer ao ato

No ano em que a capital, São Luís, completa 403 anos, o Maranhão deu um grande salto para trás e, sob tutela do governador Flávio Dino (PCdoB) e de sua secretária de Educação, Áurea Prazeres, não realizará este ano o tradicional desfile cívico, que acontece em todo o Brasil no dia 5 de setembro, em comemoração ao Dia da Raça.

Coordenado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por intermédio da Unidade Regional de Educação (URE) de São Luís, o desfile é ansiosamente esperado pela população ludovicense, e todos os anos reúne milhares de famílias na Avenida Vitorino Freire, no bairro da Areinha, na capital, para prestigiar os alunos de escolas públicas e privadas. No ano passado, por exemplo, cerca de 15 mil pessoas acompanharam a performance de quase 7 mil estudantes na avenida.

Diante das críticas que já circulavam nas redes sociais devido ao vazamento do cancelamento, o governo comunista repensou a ação, mas decidiu manter apenas as programações especiais realizadas por escolas em diversos bairros da capital e interior maranhense. Nos bastidores, há a confirmação de que o cancelamento seria para evitar que a população vaiasse o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) pela forma como o apadrinhado vem administrando a cidade nestes quase dois anos e nove meses de mandato. Sem ter cumprido nenhuma de suas promessas de campanha, Edivaldo é o candidato à reeleição do governador.

Apesar de Flávio Dino decidir por não realizar o desfile do Dia da Raça, o desfile cívico-militar da Semana da Pátria, que é independente do governo e onde participam pelotões do Força Armada Brasileira, bandas de música do 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que acontece tradicionalmente no dia 7 de setembro, está confirmado.