Max Barros
Promotor faz pente-fino em prestação de contas da obra da Via Expressa
Política

Avenida foi licitada e executada durante as passagens de Luis Fernando Silva e Max Barros pela Sinfra

O promotor de Justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa, que responde pela 28ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, deu início a um pente-fino na prestação de contas relativas à realização da obra pública denominada Via Expressa, licitada, executada e entregue pelo governo Roseana Sarney, entre os anos 2011 e 2014, em São Luís.

Ao custo de cerca de R$ 125 milhões, a obra foi construída no período em que a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) teve pelo menos três titulares: o atual prefeito de São José de Ribamar Luis Fernando Silva (DEM), o ainda deputado estadual Max Barros (PMB) e o engenheiro José Raimundo Frazão Ribeiro. O primeiro, atualmente, é aliado do governador Flávio Dino (PCdoB). O segundo está prestes a terminar um mandato neutro em relação ao Palácio dos Leões.

Além de investimentos na implantação e pavimentação, a Via Expressa gerou também custos aos cofres públicos com outros tipos de serviços, como de prospecção e laudo arqueológico, produção e documentação e consultoria e supervisão da obra. Por este motivo, diversas empresas foram contratadas pela Sinfra, com destaque para duas que provocaram dispêndios milionários, a Engeserv Engenharia e Serviços Técnicos Ltda e a Construtora Marquise S/A.

No início do governo comunista, em março de 2015, após erosão que cortou uma das pistas da Via Expressa, o próprio governador Flávio Dino chegou a determinar a instauração de uma auditoria, com o auxílio do Conselho Regional de Arquitetura (CRE) do Maranhão, na obra de construção da avenida.

O resultado do levantamento feito pelo governo e o CRE/MA, porém, nunca foi tornado público pelo Palácio dos Leões.

Apenas três deputados são favoráveis à instalação da CPI da Saúde
Política

Assembleia Legislativa do Maranhão tem 42 deputados. Outros três parlamentares disseram que assinariam, mas ficaram na promessa

Mais de um mês depois de iniciada a discussão pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Maranhão, para investigar os contratos e repasses da Secretaria de Estado da Saúde (SES) às terceirizadas e por meio de convênios, apenas três deputados estaduais já assinaram a proposta.

Pelo Regimento Interno da Casa, é necessário o mínimo de 14 adesões para que a CPI possa ser instalada. Embora a terceirização da saúde pública estadual tenha se iniciado no governo Zé Reinaldo, os alvos da CPI são apenas os governos Roseana Sarney e Flávio Dino.

Até agora, os únicos que já aderiram à proposta foram os deputados Wellington do Curso (PP), autor do requerimento, Max Barros (PRB) e Eduardo Braide (PMN).

Dos outros 39 parlamentares da Casa, apenas outros três — Andréa Murad (PMDB), Sousa Neto (PROS) e Bira do Pindaré (PSB) — prometeram que também assinariam, mas têm usado da desculpa de que não estão sendo procurados pelo progressista para serem convencidos a cumprir a palavra.

Não há prazo para o reconhecimento das assinaturas.

Segundo o líder do governo na Assembleia, deputado Rogério Cafeteira (PSB), Dino teria liberado a base a assinar o requerimento de Wellington e instalar a CPI. Ainda assim, nenhum deles sequer quer ouvir falar de investigação nos contratos e repasses da SES.

Max Barros se esquiva e acusação de roubo feita por Flávio Dino sobra para Luis Fernando
Política

Ao comentar sobre a inauguração da MA Coroatá-Vargem, governador afirmou que alguém estava roubando o dinheiro da estrada

Acompanhado de seus pares na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Max Barros (PMDB) se esquivou, na sessão da última quarta-feira (8), da acusação feita pelo governador Flávio Dino (PCdoB), em entrevista relâmpago após a inauguração da MA-020, que interliga os municípios de Coroatá e Vargem, sobre supostos desvios de recursos na construção de estradas estaduais.

O parlamentar disse que não tratou anteriormente do assunto, embora tenha sido secretário de Estado da Infraestrutura e responsável pelas estradas estaduais, por ter plena consciência de que tudo que fez foi de forma regular e dentro da lei.

Barros lembrou que, ao longo dos 30 anos de vida pública, não teve contas rejeitas pelos tribunais e que sempre primou por zelar pelo poder público. O deputado afirmou também que mantém relacionamento respeitoso com o governador e frisou que em momento algum se sentiu atingido pela declaração.

No último dia 3, sem citar o nome do suposto larápio, Flávio Dino afirmou que alguém estava "roubando o dinheiro da estrada". Como além de Barros, quem também comandou a Sinfra foi o prefeiturável de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva (PSDB), a acusação acabou pairando somente sobre o bolso do tucano, que apesar de não depender do comunista para sua eleição na cidade balneária, permanece calado.

Luis Fernando, inclusive, foi o responsável pela Ordem de Serviço para a execução da estrada de Coroatá a Vargem Grande, durante solenidade ocorrida em meados de julho de 2013.