Júnior Verde
Assembleia aprova em primeiro turno PEC que tira poderes TCE/MA
Política

Apenas Wellington do Curso votou contrário à proposta. Para entrar em vigor, PEC ainda precisa ser apreciada pelo Plenário da Casa em segundo turno

O Plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, na sessão dessa terça-feira 3, em primeiro turno, por maioria esmagadora, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 02/2018, de autoria do deputado Júnior Verde (PRB). A proposta ainda precisa ser votada em segundo turno, que deve acontecer nos próximos dias. Se aprovada em definitivo, irá à promulgação.

Na prática, a chama PEC do Prefeito Caloteiro tira poderes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão.

Em janeiro deste ano, a Corte de Contas aprovou, por unanimidade, instrução normativa proibindo, de imediatado, que as administrações municipais custeiem festividades com recursos públicos – inclusive aqueles decorrentes de contrapartida em convênio –, em detrimento ao atraso de salário do funcionalismo público. A partir do ano que vem, as administrações flagradas pelo TCE/MA em clara malversação de dinheiro público nos setores da saúde e educação não poderiam também mais bancar festas contando com o erário municipal.

Contrária à instrução do tribunal, a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) saiu em defesa dos gestores, sob o argumento de que a norma era inconstitucional e que invadia a competência das administrações municipais. O deputado Júnior Verde, então, recebeu o texto pronto da PEC e a apresentou no Palácio Manuel Beckman. Pressionados por prefeitos que foram em caravana à Assembleia Legislativa, diversos outros deputados subscreveram a proposta, para que pudesse tramitar logo na Casa.

Na votação em primeiro turno ocorrida ontem, apenas o deputado Wellington do Curso (PP) votou de forma contrária, conforme já havia antecipado que faria. Os deputados Edilázio Júnior (PV), Adriano Sarney (PV) e Bira do Pindaré (PSB) se abstiveram. Outros 27 parlamentares aprovaram a medida.

Segundo apurou o ATUAL7, caso a PEC seja aprovada em segundo turno, o TCE/MA e demais órgãos da rede de controle pretendem derrubar o dispositivo no Supremo Tribunal Federal (STF), por afronta ao estabelecido nos artigos 70 a 75 da Constituição.

Rede de Controle se manifesta contra PEC inconstitucional de Júnior Verde
Política

Documento assinado por instituições ligadas ao controle público e o combate ao desvio de recursos públicos aumenta o vexame e complica ainda mais a reeleição do deputado do PRB

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão emitiu, nesta terça-feira 20, nota em defesa das prerrogativas conferidas pela Constituição Federal aos tribunais de contas da União e de Estado, em especial da competência das Cortes para fiscalizar os gastos públicos e do conteúdo da Instrução Normativa n.º 54/2018, do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que disciplina o emprego de recursos públicos para a realização de festividades pelas prefeituras maranhenses.

O documento aumenta o vexame e pode complicar ainda mais a reeleição do deputado estadual Júnior Verde (PRB), autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 02/2018, que tira os poderes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e devolve aos prefeitos e prefeitas maranhenses o direito marginal de torrar dinheiro público com festas bancadas pelo erário municipal, inclusive com verbas decorrentes de convênios, mesmo quando o pagamento da folha do funcionalismo público está em atraso; e até mesmo quando há malversação de recursos pelos gestores, no setor da educação e saúde.

Para a Rede de Controle, a proposta de Verde, que aguarda o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Maranhão, é preocupante, pois coloca em risco a autonomia e a independência do TCE maranhense, em relação à prerrogativa de expedir atos e instruções normativas sobre matérias de sua competência. Segundo o deputado Wellington do Curso (PP), único dos 42 parlamentares da Casa a se manifestar a favor da norma da Corte de Contas e contra o dispositivo de Verde, a PEC é inconstitucional.

Composto por instituições ligadas ao controle público e o combate ao desvio de recursos públicos — Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU), Ministério Público (MP) do Maranhão, Ministério Público de Contas (MPC), Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, Caixa Econômica Federal (CEF), Departamento da Polícia Federal (DPF), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Controladoria-Geral do Município (CGM) de São Luís, Secretaria de Estado da Transparência e Controle (STC) e Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) — o objetivo do centro decisório interorganizacional é garantir o fluxo ágil e desburocratizado de ações e informações a serviço do aperfeiçoamento da gestão pública e do combate à corrupção e ao desperdício de recursos.

“O que se reafirma aqui é a primazia do interesse público, que é a razão de ser de nossa atuação, portanto essa é uma luta de toda a Rede”, afirmou o coordenador da Rede, Alexandre Walraven, secretário do TCU no Maranhão.

Além de Walraven, assinam o documento o diretor de Secretaria para Assuntos Institucionais do MP-MA e coordenador substituto da Rede, Marco Antonio Santos Amorim; a superintendente da Controladoria-Regional da União no Maranhão, Leylane Maria da Silva; o procurador-chefe da República no Maranhão, José Raimundo Leite Filho; o procurador-chefe da União no Maranhão, Fabrício Santos Dias; e o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC) do Maranhão, Jairo Cavalcanti Vieira.

Veja a íntegra da nota:

Nota da Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão em defesa do TCE/MA

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão, articulação que congrega órgãos públicos das esferas federal, estadual e municipal com atuação nas áreas de controle, fiscalização e prevenção à corrupção;

Em defesa das prerrogativas conferidas pela Constituição Federal, artigos 70 a 75, aos Tribunais de Contas da União e estaduais, relacionadas ao exercício do controle externo da Administração Pública, que lhes garantem independência no exercício de sua função, inclusive para expedição de atos normativos que versem sobre aspectos específicos de suas áreas de atuação, sem subordinação aos demais Poderes;

Em defesa do modelo constitucional que assegura autonomia e autogoverno aos Tribunais de Contas no que pertine à iniciativa privativa para instaurar processo legislativo que pretenda alterar sua organização e seu funcionamento, bem como para elaborar seu regimento, como resulta da interpretação lógico-sistemática dos artigos 73, 75 e 96, II, da Carta Magna de 1988 (ADI 4643/RJ, Rel. Min Luiz Fux, DJe 28.11.2014, ADI 1.994/ES, Rel. Ministro Eros Grau, DJe 08.09.06; ADI nº 789/DF, Rel. Ministro Celso de Mello, DJ 19/12/94);

Em defesa da competência dos Tribunais de Contas para fiscalizar os gastos públicos sob os aspectos da legalidade, da legitimidade e da economicidade, conforme disposto no art. 70, caput, da Constituição Federal;

Em defesa dos princípios da moralidade, da eficiência e da responsabilidade na gestão fiscal, que devem nortear toda atuação estatal, consoante previsto na Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), bem como nos arts. 37, caput, e 165 da Constituição Federal de 1988;

Em defesa do conteúdo da IN/TCE/MA n. 54/2018, que atendeu a Requerimento Conjunto do Ministério Público de Contas e do Ministério Público Estadual no sentido de disciplinar o emprego de recursos públicos para a realização de festividades, face à necessidade, dentro do cenário de restrição orçamentária por que passam muitos entes públicos, de priorização de gastos, garantindo-se assim políticas públicas voltadas à concretização do princípio da dignidade humana (CF, art. 1º, III);

Em defesa do pagamento digno e pontual dos servidores e contratados da Administração Pública Municipal no Estado do Maranhão, bem como da priorização da saúde e da educação como serviços públicos essenciais à garantia do mínimo existencial;

Vem manifestar integral apoio ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão, expressando preocupação com o teor da Proposta de Emenda Constitucional n. 02/2018, de autoria do Deputado Estadual Júnior Verde, que acrescenta o inciso XIII e os parágrafos 5º, 6º e 7º ao art. 51 da Constituição do Estado, colocando em risco a autonomia e a independência da Corte de Contas maranhense, no que tange à prerrogativa de expedir atos e instruções normativas sobre matérias de sua competência.

A Rede de Controle da Gestão Pública do Maranhão entende que o fortalecimento dos mecanismos de controle externo contribui para a melhoria da eficiência no gasto público e para o enfrentamento à corrupção. Nesse sentido, o modelo de organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas brasileiros está bem definido pelo poder constituinte originário de 1988, e não pode ser restringido pelo poder constituinte derivado dos Estados, sob pena de macular-se a harmonia e o respeito às instituições democráticas deste país
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Justificativa de Verde para apresentar PEC foi “frequente reclamações de gestores”
Política

Alegação consta no documento apresentado pelo parlamentar do PRB. Proposta tira poderes do TCE e livra prefeitos que atrasam salários dos servidores

Nada de estudos complexos, levantamentos por meio da Procuradoria e dos consultores da Assembleia Legislativa do Maranhão ou mesmo uma pesquisa no Google a respeito. A justificativa do deputado estadual Júnior Verde (PRB) para a apresentação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que tira poderes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e livra prefeitos enquadrados pela recente instrução normativa da Corte foi, na verdade, a “frequente reclamaçao de gestores” sobre o controle externo exercido pelo tribunal.

A informação consta na apresentação da proposta à Mesa Diretora da Casa, publicada no Diário Eletrônico da Assembleia Legislativa na edição do último dia 15, quando a matéria passou a, oficialmente, tramitar no Poder. Se aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a PEC vai a Plenário, onde precisa ser votada em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos 42 deputados da Casa. Somente então é promulgada pela Mesa.

Segundo o texto da PEC, que inicialmente reconhece os avanços conquistados pela sociedade a partir da atuação firma do TCE-MA, prefeitos e prefeitas maranhenses estariam demasiadamente se queixando do que definiram como “excesso” do tribunal. No entanto, nenhum dado comprobatório ou que reforce indícios desse suposto despropósito é apresentado, apenas as reclamações dos chefes do Executivo municipal.

“Desse embate entre gestores e órgão de controle surge a necessidade de se positivas na Constituição o poder regulamentar do Tribunal de Contas, para deixá-lo à salvo de eventuais impugnações acerca de sua constitucionalidade, mas também para estabelecer legítimos limites, tanto quanto ao conteúdo, como para criar mecanismo que garante maior diálogo na edição dos atos normativos”, diz trecho sobre a justificativa da PEC.

Apesar da reclamação dos gestores, acolhida por Verde e quase 30 colegas de Parlamento, que inclusive são da base governista, o posicionamento adotado pelo Poder Executivo estadual em relação a instrução normativa revela que a movimentação dos parlamentares tem por base apenas a baixa política.

Embora pudesse recorrer por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) contra a norma, o Governo do Maranhão prontamente adequou, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), as exigências para quem deseja celebrar convênios com a pasta.

A portaria baixada pelo secretário Diego Galdino por determinação do governador Flávio Dino (PCdoB), portanto, afasta a inconstitucionalidade da instrução normativa apontada pela Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão), bem como a acusação de que o TCE maranhense extrapolou os limites de sua competência ao editar o dispositivo, conforme murmurado ao deputado Júnior Verde.

Pela instrução normativa aprovada pela Corte de Contas a partir de representação feita pelo Ministério Público (MP) do Maranhão e Ministério Público de Contas, são passiveis de julgamento pela irregularidade e desaprovação das contas, e de enquadramento por ato de improbidade administrativa, prefeitos e prefeitas que realizarem festividades com recursos públicos próprios, mesmo que decorrentes de contrapartida em convênio, quando a administração municipal estiver em atraso no pagamento da folha salarial dos servidores públicos; e quando houver malversação do dinheiro público destinado à saúde e educação.

PEC que tira poder do TCE pode complicar reeleição de Júnior Verde
Política

Deputado é autor da proposta que favorece prefeitos que atrasam o pagamento da folha salarial dos servidores municipais

Se a quantidade de servidores públicos que trabalham e querem receber seus vencimentos em dia for maior do que a população de foliões, a reeleição do deputado estadual Júnior Verde (PRB) pode ser enterrada antes mesmo das convenções partidárias para definir quem serão os candidatos nas eleições de 2018.

Verde é o autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que, na prática, tira poderes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) referente a criação de instruções normativas, como a que proíbe o uso de verbas públicas próprias para custeio de festividades enquanto a folha do funcionalismo municipal não estiver integralmente paga.

A norma já está em vigor desde o final de janeiro último, tendo, inclusive, já sido utilizada pela Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), Ministério Público (MP) do Maranhão e Ministério Público de Contas (MPC) como base para moralizar a coisa pública em municípios administrados por prefeitos caloteiros.

Pressionado e para agradar esse tipo de gestor público, Júnior Verde apresentou a PEC, que precisa inicialmente ser publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa para começar a tramitar na Casa. Após esse ato, a matéria será encaminhada para as comissões técnicas, que avaliarão a constitucionalidade do texto. Salvo de houver articulação para atropelar o Regimento Interno da Casa para que a matéria seja votada em regime de urgência, somente após esse trâmite é que o dispositivo pode ser submetido ao Plenário.

Além do deputado do PRB, outros 26 parlamentares que subscrevem a proposta — e que ainda não tiveram seus nomes revelados — também podem enfrentar dificuldades para se reelegerem, tão logo sejam conhecidos como apoiadores da PEC do Prefeito Caloteiro.

MPC entra com cautelar contra Carnaval 2018 em Paraibano e Gonçalves Dias
Política

Prefeitos ainda não efetuaram o pagamento de contratados. Na Assembleia Legislativa, o deputado Júnior Verde apresentou uma PEC que tira o poder do TCE. Ao menos 28 parlamentares subscrevem a proposta

O Ministério Público de Contas (MPC) entrou, na quarta-feira 7 e nesta quinta-feira 8, com pedido de medida cautelar contra a realização das festividades do Carnaval 2018 nos municípios de Paraibano e Gonçalves Dias.

A medida tem por base instrução normativa do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em vigor desde o final de janeiro último, que dispõe sobre as despesas com festividades realizadas pelo Poder Executivo municipal.

De acordo com Representações, os prefeitos Zé Hélio (PT) e Toinho Patioba (PSDB) ainda não efetuaram o pagamento dos terceirizados, o que enquadra os municípios na norma da Corte, que considerada ilegítima qualquer despesa custeada com recursos públicos municipais — inclusive aqueles decorrentes de contrapartida em convênio — com eventos festivos quando o município estiver em atraso com o pagamento da folha salarial, incluindo terceirizados, temporários e comissionados.

Nos pedidos, a procuradora Flávia Gonzales Leite, chefe em exercício do MPC, requer que seja determinada às prefeituras de Paraibano e Gonçalves Dias que se abstenham de contratar ou de realizar quaisquer tipos de despesas relacionadas ao carnaval deste ano, inclusive em se tratando de prévia e lava-pratos, enquanto não regularizados os pagamentos em atraso do funcionalismo. Também é solicitado que seja determinado aos gestores que suspendam qualquer pagamento às pessoas físicas e jurídicas contratadas para prestação de serviços relacionados à festa de Momo, como bandas e artistas, estrutura de palco, som, iluminação, blocos, dentre outros.

As duas medidas cautelares foram distribuídas para o conselheiro-substituto Osmário Guimarães, responsável pelo julgamento das contas do exercício financeiro de 2018 destes municípios, conforme sorteio público realizado pelo TCE-MA em dezembro último.

Em junho do ano passado, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lúcia, reafirmou que a Corte de Contas, para evitar a malversação de recursos públicos, tem poder para conceder medidas cautelares. O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), baixou portaria recentemente, em que reforça a instrução normativa do TCE maranhense, exigindo a comprovação de adimplência da folha por prefeitos e prefeitas que queiram celebrar convênios com a pasta.

PEC do Prefeito Caloteiro

A Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), por representar os gestores municipais, busca desde a semana passada, na Assembleia Legislativa do Maranhão, a revogação da norma que moraliza o uso de dinheiro público com festividades, sob alegação de inconstitucionalidade da norma.

Mais cedo, o deputado estadual Júnior Verde (PRB) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que modifica a Constituição Estadual, tirando o poder do TCE-MA de expedir atos normativos como o que resultou na regra a respeito dos gastos públicos com festividades.

Ao menos 28 deputados, de nomes ainda não revelados pela Assembleia Legislativa, subscrevem o documento que favorece gestores municipais que não estão com o pagamento da folha de pessoal em dias.

Segundo o presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), a votação da PEC deve ficar para somente depois do Carnaval, o que, em tese, torna a proposta de Verde inicialmente inútil.

Agora é oficial: Sandra Lima se filia ao PP e vai disputar vaga na Câmara de São Luís
Política

Pré-candidata é vice-presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão, Gedema

Vice-presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão disputa uma das 31 vagas da CMSL em 2016
Atual7 Pelo PP Vice-presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão disputa uma das 31 vagas da CMSL em 2016

Agora é oficial.

Um dia após sentar com o vice-presidente da Câmara Federal e presidente estadual do PP, Waldir Maranhão, a vice-presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema), Sandra Lima, não perdeu tempo e se filiou a legenda, por onde deve disputar uma das 31 vagas na Câmara de São Luís nas eleições do próximo ano.

No sábado 15, pouco antes de seu esposo, deputado estadual Júnior Verde, participar do Encontro Estadual do PRB, Sandra acertou com Maranhão todos os detalhes de sua ida para o PP.

Nome forte, a pré-candidata a vereadora por São Luís vem ganhando elevado destaque na mídia local e na população ludovicense por meio de sua participação ativa nas ações sociais do Gedema.

Para comemorar a entrada na mais nova filiada, um evento está marcado para acontecer na sede do PP, Rua dos Maçaricos, Ponta do Farol, em São Luís, às 17h de hoje.

Fim da crise no PRB: Sandra Lima vai disputar a Câmara Municipal de São Luís pelo PP
Política

Ela é esposa do deputado estadual Júnior Verde. O líder do PRB no Maranhão, Cléber Verde, já havia assumido compromisso com uma colega de partido

O martelo está batido. Depois de uma pequena crise familiar e política que se instaurou no PRB do Maranhão, a vice-presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Maranhão (Gedema), Sandra Lima, vai disputar mesmo é pelo PP uma das 31 vagas na Câmara de São Luís nas eleições do próximo ano.

A decisão foi tomada no início da tarde desse sábado (15), pouco antes do Encontro Estadual do Partido Republicano Brasileiro, após conversa de quase duas horas entre o presidente Estadual do Partido Progressista no Maranhão e vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Waldir Maranhão, e o deputado estadual e esposo de Sandra Lima, Júnior Verde.

A crise se dava pelo representante da população no Legislativo estadual ter provocado certa insatisfação em seu irmão e líder do PRB no estado, o colega de Waldir Maranhão em Brasília, deputado federal Cléber Verde, que assumiu o compromisso de apoiar a candidatura da companheira de partido, Jesus Verde - que já havia disputado as eleições de 2012, porém sem vitória nas urnas.

Há pouco mais de três meses, quando a crise se tornou pública, Júnior Verde já vinha sinalizando a saída da mulher dos quadros do PRB, fato que acabou por se confirmar hoje, e deve agora se reafirmar até o próximo dia 2 de outubro, prazo final dado pela Justiça Eleitoral para a troca de partido para quem deseja concorrer no próximo pleito.

PP fortalecido

Com a nova semente plantada por Waldir Maranhão, além de resolver a crise dos Verdes, o PP entra fortalecido em 2016 com duas candidatas fortes, dadas como eleitas por dez em cada dez analistas políticos: Sandra Lima, para a Câmara Municipal de São Luís; e Eliziane Gama, para a prefeitura da capital, como o nome da coalização das oposições (até agora PSB, PMDB, PP, PR, DEM, PSD, PSDB, PEN, PTB e PPS) contra a quadrilha que opera nos cofres do Executivo municipal.

Saiba quais deputados querem a exoneração de jornalistas e blogueiros na Assembleia
Política

Parlamentares não aceitam que profissionais da imprensa que cobrem a Casa publiquem denúncias conta suas ações no mandato

Diretor de Comunicação da Assembleia ficou encarregado de explicar o be a bá aos profissionais da imprensa que cobrem a Casa
Reprodução O preço do silêncio Diretor de Comunicação da Assembleia ficou encarregado de explicar o be a bá aos profissionais da imprensa que cobrem a Casa

Pelo menos nove deputados estaduais do Maranhão aguardam o retorno do presidente da Casa, deputado Humberto Coutinho (PDT), para o cumprimento de um acordo costurado na época da eleição da Mesa Diretora, que garantia que nenhum dos 42 parlamentares do Legislativo estadual seria denunciado ou mesmo criticado por profissionais da imprensa nomeados no setor de Comunicação.

A pressão pela exoneração de jornalistas e blogueiros voltou a ser exigida na semana passada, após um blogueiro recém-chegado na folha de pagamento novamente chamar o líder do governo na Assembleia, deputado Rogério Cafeteira (PSC), de Rogério Porcão; e de uma postagem requentada sobre a nomeação do ficha suja Raimundo Monteiro no gabinete do deputado Zé Inácio (PT).

Capitaneados pelo presidente interino da AL, deputado Othelino Neto (PCdoB), que cobrou de um outro parlamentar sobre sua ligação com um bogueiro do interior do Maranhão que tem produzido uma serie de reportagens sobre sua coleção de indiciamentos criminais, o bloco da mordaça resolveu escalar o diretor de Comunicação Carlos Alberto Ferreira para anunciar a cada um dos jornalistas e blogueiros em rebeldia como funciona o código de conduta para quem recebe pela Assembleia Legislativa.

Até agora, apesar de um novato ter reclamado de perseguição por parte de blogueiros alinhados ao projeto do governador Flávio Dino (PCdoB) para São Luís, oficialmente apenas nove deputados fazem parte do bloco da mordaça: Othelino Neto (PCdoB); Rogério Cafeteira (PSC); Zé Inácio (PT); Sérgio Frota (PSDB); Rigo Teles (PV); Júnior Verde (PRB); Fernando Furtado (PCdoB); César Pires (DEM); e Edson Araújo (PSL).

Deputados fecham blindagem à parentes para votarem em Humberto Coutinho
Política

Negociação foi fechada há duas semanas, durante almoço em um restaurante na capital

Sete deputados estaduais de primeiro mandato fecharam com o governador Flávio Dino (PCdoB) a blindagem de familiares supostamente envolvidos com desvio de recursos públicos em prefeituras do Maranhão em troca de voto no candidato do comunista à Presidência da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Humberto Coutinho, do PDT.

Ao fundo, deputados conversam sobre proposta de blindagem feita por Flávio Dino por meio de Humberto Coutinho
Yuri Almeida/Atual7 Negociata Ao fundo, deputados conversam sobre proposta de blindagem feita por Flávio Dino por meio de Humberto Coutinho

A blindagem seria nos convênios auditados pela Secretaria de Transparência e Controle, comanda pelo advogado Rodrigo Lago.

Inicialmente formadores de um grupo independente e que apoiaria a candidatura do deputado Wellington do Curso (PPS) para presidir a Casa, os parlamentes Ana do Gás (PRB), Júnior Verde (PRB), Vinícius Louro (PR), Ricardo Rios (PEN), Josimar de Maranhãozinho (PR), Zé Inácio (PT) e Glaubert Cutrim (PRB) acertaram os detalhes finais da proposta oferecida por Dino por meio de Coutinho durante um almoço em um restaurante na área nobre da capital, no último dia 8. O ex-deputado Raimundo Louro também participou da reunião.

Os beneficiados seriam o prefeito de Santo Antônio dos Lopes, Eunélio Mendonça (PSD), esposo de Ana do Gás; o ex-deputado estadual Raimundo Louro (PR), pai de Vinícius; o prefeito de Vitória do Mearim, Dóris Rios (PV), pai de Ricardo; a prefeita de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, a Detinha (PR), esposa de Josimar; e o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim (PMDB), irmão de Glaubert. Os deputados Júnior Verde e Zé Inácio, que mantiveram convênios com prefeituras quando comandaram a Secretaria da Pesca do Maranhão - por meio do testa de ferro Dayvson Franklin de Souza, e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Maranhão, respectivamente, foram os únicos a negociar a própria blindagem.

Além da proteção durante as auditorias dos convênios feitas pela Transparência e Controle, foi negociado ainda o apoio do governador do Maranhão na disputa pelo comando dos municípios em que os parlamentares mantém as suas bases eleitorais, nas eleições de 2016.