Geraldo Castro
MP abre investigações contra Geraldo Castro a pedido de Moacir Feitosa
Política

Procedimentos foram iniciados pelo promotor Valentim Paixão e estão aos cuidados de  Lindonjonsom Sousa

A ex-secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, é alvo de pelo menos duas novas investigações no Ministério Público do Maranhão, por possível improbidade administrativa, a pedido do atual titular da pasta, Moacir Feitosa.

As investigações foram abertas há pouco mais de uma semana como Notícia de Fato, que é quando uma demanda é encaminhada ao Parquet para que seja apurada.

Os procedimentos foi iniciados pelo promotor Marcos Valentim Pinheiro Paixão, do Grupo de Atuação de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e atualmente estão nas mãos do promotor Lindonjonsom Gonçalves de Sousa, que o substituiu na 28ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa.

Procurados pelo ATUAL7, o ex-secretário de Educação e a Prefeitura de São Luís não quiseram comentar o assunto.

Além das novas investigações, Geraldo Castro é alvo de quatro inquéritos no Ministério Público estadual, todos também por improbidade administrativa, relacionadas à época em que ele esteve no comando da Semed. Um desses processos, inclusive, foi remetido ao Ministério Público Federal (MPF), por envolver dinheiro público federal destinado para a compra da merenda escolar.

Investigação contra Geraldo Castro é encaminhada para o MPF
Política

Ex-secretário de Educação de São Luís teria utilizado indevidamente verba federal destinada para a merenda escolar

O Ministério Público do Maranhão encaminhou para ao procurador-chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR) no Maranhão, Juraci Guimarães Jr., investigação aberta contra o ex-secretário municipal de Educação de São Luís, professor Geraldo Castro Sobrinho.

Então titular da pasta controlada pelo PCdoB, Geraldo teria utilizado dinheiro público da merenda escolar de forma ilícita, motivando o Parquet a abrir o procedimento investigatório contra ele, por improbidade administrativa.

Contudo, no decorrer das investigações, a promotora Moema Figueiredo Viana Pereira, que cuida da 1.ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Educação, encontrou o uso possivelmente irregular do dinheiro do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Por se tratar de verbas federais transferidas automaticamente para a execução do programa, que não se incorporam ao patrimônio municipal administrado pela Prefeitura de São Luís, a promotora declinou da atribuição.

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A declinação foi feita desde o final de janeiro deste ano. O encaminhamento foi feito no dia 10 de fevereiro último.

Desde a revelação da investigação em nível estadual, ainda em 2016, o ATUAL7 procurou o ex-secretário de Educação de São Luís para que se manifestasse sobre o caso. Apesar das insistentes tentativas, ele nunca se pronunciou.

Além desse processo, Geraldo Castro é ainda investigado em pelo menos em três outros, todos por possível malversação de dinheiro público. A suspeita de dilapidação ao erário, em todos os processos, ultrapassa a quantia de R$ 50 milhões.

Inquérito apura irregularidades em contrato de R$ 23,4 milhões na gestão de Geraldo Castro
Política

Investigação foi iniciada pelo promotor Marcos Valentim Paixão. PAS Segurança Privada teria sido contratada de forma irregular

O Ministério Público do Maranhão instaurou inquérito civil para apurar possível existência de improbidade administrativa e dano ao erário referentes a um contrato de R$ 23.459.937,60 (vinte e três milhões, quatrocentos e cinquenta e nove mil, novecentos e trinta e sete reais e sessenta centavos) firmando entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a empresa PAS Segurança Privada Ltda, durante a gestão do professor Geraldo Castro Sobrinho (PCdoB), sem regular procedimento licitatório.

A denúncia foi apresentada no final de setembro do ano passado pelo promotor de Justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), respondendo pela 1ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Educação, após cerca de seis meses de investigação. Atualmente, o processo está sob os cuidados do promotor Lindonjonson Gonçalves de Sousa, da 28ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, por se tratar de violação aos princípios administrativos.

Ontem 17, o ATUAL7 entrou em contato com o ex-secretário de Educação de São Luís. Castro, porém, preferiu não se manifestar sobre o assunto.

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Pelo contrato, a empresa deveria prestar serviços de vigilância e segurança armada e desarmada, visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Educação, pelo período de um ano. Contudo, ao encaminhar os autos para o promotor Lindonjonson Gonçalves, Marcos Valentim revelou ter apurado “irregularidades na contratação da empresa PAS Segurança Privada”.

A empresa tem como representante Paulo Roberto D'Ávila Alves, e foi criada apenas um ano antes do início do processo contratual.

Desde a saída do professor Geraldo Castro da Educação municipal, ocorrida em fevereiro do ano passado, responde pela pasta o também professor Raimundo Moacir Mendes Feitosa.

Edivaldo recebeu R$ 39 milhões do governo federal para merenda escolar
Política

Escolas estão fechando mais cedo por falta de merenda. Calote em terceirizada chega a mais de R$ 40 milhões

Se o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), e o ex-secretário municipal de Educação, professor Geraldo Castro Sobrinho (PCdoB), não desviaram ou não acobertaram supostos desvios de dinheiro público, os alunos da rede municipal pública de ensino da capital jamais teriam de passar por apertos ou voltar para casa mais cedo por falta de merenda escolar.

De janeiro de 2013 a dezembro de 2015, os recursos do governo federal destinados à aquisição da merenda escolar em São Luís chegaram ao total de R$ 39.142.724,00. O dinheiro foi enviado para os cofres do município por meio do programa de Apoio à Alimentação Escolar na Educação Básica, o PNAE, verba que serve para compra de gêneros alimentícios a fim de atender os alunos das unidade sob responsabilidade das prefeituras.

Em 2013, foram enviados R$ 13.787.434,00 para a gestão Edivaldo Júnior. Em 2014, o repasse foi 12.720.838,00. Já em 2015, o governo federal repassou para a capital o total de R$ 12.634.452,00.

Até o final deste ano, está previsto o repasse de mais R$ 12 milhões para a Prefeitura de São Luís para a aquisição da merenda escolar. Os dados são do Portal da Transparência.

Vale ressaltar que a verba do PNAE é complementar ao recurso já reservado, obrigatoriamente, pelo município, para garantir compra de alimentos para merenda.

Com dinheiro, mas sem merenda

Apesar do montante, nesta segunda-feira 21, pais de alunos tiveram de buscar seus filhos mais cedo nas escolas. O motivo foi o calote de mais de R$ 40 milhões aplicado pela prefeitura na empresa SP Alimentação e Serviços Ltda, que fornece alimentos para a merenda escolar das escolas da capital. Como a prefeitura não repassa o pagamento para a SP desde agosto do ano passado, os alimentos foram todos recolhidos das unidades ainda na sexta-feira 19.

Não há prazo para que a situação se normalize.

Ontem, o Atual7 conversou com o ex-secretário Geraldo Castro, e questionou sobre a falta de pagamento à terceirizada. Segundo ele, todas as notas de empenho e ordem de pagamento foram feitas por sua gestão, mas se encontram paradas na Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz). Castro afirma ainda que há um impasse para o pagamento ocorrendo por interferência da Secretaria Municipal de Governo, comandada pelo amigo de infância do prefeito Edivaldo Júnior, Lula Fylho.

Fylho, por sua vez, nega a interferência, e afirma que, após o atraso de agosto, a Prefeitura de São Luís chegou a efetuar alguns pagamentos à SP Alimentação, mas não respondeu quando questionado sobre a data do último pagamento e o motivo dos novos atrasos.

Como houve repasse de verba federal, e as escolas estão sem merenda escolar por falta de pagamento à fornecedora, há suspeita de que o dinheiro possa ter sido desviado.

Eleições 2016

Edivaldo Holanda Júnior é candidato à reeleição em outubro próximo. Geraldo Castro é candidato a vereador. Antes de Castro, também ocupou a Semed o engenheiro Allan Kardec Barros Duailibe Filho. Ele também é do PCdoB, mas até então não disputa qualquer cargo eletivo neste ano.

O caso deve ser analisado pelo Ministério Público Federal. Semelhante ao que ocorreu no município de Bom Jardim, onde a ex-prefeita Lidiane Leite, a "Prefeita Ostentação", desviou dinheiro da merenda escolar e também mandava os alunos para casa mais cedo, a Polícia Federal deve ser acionada.

Creches e escolas de São Luís ficam sem merenda escolar após calote de R$ 40 milhões
Maranhão

Há suspeitas de que a verba tenha sido desviada. Ex-secretário já é alvo de quatro ações de improbidade

Uma semana após ficarem fora das salas de aula devido a paralisação nacional, alunos de creches e escolas da rede municipal pública de ensino de São Luís tiveram de voltar para casa mais cedo nesta segunda-feira 21. Segundo informado pela direção das unidades aos pais, a liberação antes do horário ainda não tem data para acabar.

O motivo é a falta de merenda escolar para as crianças, suspendida pela terceirizada SP Alimentação e Serviços Ltda após levar um calote de mais de R$ 40 milhões da Prefeitura de São Luís.

Essa já é a segunda vez que a SP paralisa as atividades na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) devido ao calote. Em novembro do ano passado, quando a dívida se aproximava dos R$ 40 milhões, as aulas chegaram a ser suspensas.

Há suspeita de que a verba, federal, tenha sido desviada.

Se confirmada, o ex-titular da Semed, professor Geraldo Castro Sobrinho, que garantiu ao Atual7 que o problema no pagamento acontece entre a Secretaria Municipal de Governo (Semgov) e a Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz), pode ter a prisão decretada pela Polícia Federal.

Por malversação de dinheiro público, inclusive, o ex-secretário de Educação, que deixou a pasta para disputar uma vaga na Câmara Municipal de São Luís pelo PCdoB, já é alvo de pelo menos quatro ações de improbidade administrativa movidas pelo Ministério Público do Maranhão.

MP-MA abre quatro processos de improbidade contra Geraldo Castro
Política

Ex-secretário de Educação é suspeito de desviar mais de R$ 17,2 milhões para a construção de creches-escolas em São Luís

Tramita no Ministério Público do Maranhão, desde a última sexta-feira 11, pelo menos três processos de improbidade administrativa contra o ex-secretário municipal de Educação, professor Geraldo Castro Castro Sobrinho. Nessa quarta-feira 16, mais um processo por violação aos princípios administrativos foi aberto, perfazendo um total de quatro.

De autoria do promotor de Justiça Paulo Silvestre Avelar Silva, titular da 1ª Promotoria Especializada na Defesa da Educação, todos os processos já se encontram em fase de conclusão para despacho.

Geraldo Castro é filiado ao PCdoB, partido do governador Flávio Dino, e deixou a pasta para disputar a Câmara Municipal de São Luís em outubro próximo sob forte suspeita de, dentre outras irregularidades com dinheiro público, subtrair mais de R$ 17,2 milhões dos cofres do município, referente a verba federal para a construção de pelo menos 14 das 25 creches escola prometidas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) durante a campanha eleitoral de 2012, e reprometidas em janeiro de 2013, mas até hoje não construídas.

Pesa contra ele ainda a suspeita de desvio de verba do programa ProJovem Urbano; do dinheiro para a manutenção do transporte escolar e para pagamentos dos vigilantes da rede pública de ensino de São Luís; além de pagamentos irregularidades para construtoras por serviços de reforma e manutenção fantasmas em creches e escolas da capital.

Segundo prevê a Lei federal n.º 8.429/92, a chamada Lei de Improbidade Administrativa, Geraldo Castro pode ser condenado a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos por um lapso de 8 a 10 anos; proibição de contratar com o poder público; ao pagamento de multa equivalente a cem vezes a remuneração que recebia quando comandava a Semed; perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; e ao ressarcimento aos cofres públicos referente ao valor supostamente desviado.

Empresa de Goiânia presta serviço à Prefeitura de São Luís sem contrato
Política

Uma das pessoas que aparece no quadro societário da JM Consultoria e Comércio tem o mesmo sobrenome do ex-titular da Semed, Geraldo Castro Sobrinho

Funcionários terceirizados que prestam serviço como agentes de portaria em escolas da rede municipal de ensino em São Luís estão há três meses sem receber o pagamento de salários. O motivo é que, desde novembro do ano passado, a empresa JM Consultoria e Comércio, responsável pelo fornecimento da mão-de-obra terceirizada, presta serviços à Secretaria Municipal de Educação de São Luís (Semed) sem nenhum tipo de contrato.

A JM Consultoria começou a atuar em São Luís no final de 2015, depois que a prefeitura rescindiu o contrato com a Servi San Vigilância, que era quem fazia a vigilância nas escolas. A partir daí, a Semed resolveu contratar duas empresas e uma delas foi a JM, que tem endereço registrado como sede em Goiânia (GO).

Para firmar o contrato, um dos sócios da empresa goiana teria tido a garantia do ex-secretário de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, de que a JM iria ser contratada para fornecer agentes de portaria para as escolas da rede municipal.

O que chama a atenção nesse ‘contrato de boca’ é que uma das pessoas que aparece no quadro societário da empresa tem ‘Sobrinho’ como sobrenome, o mesmo do ex-secretário Geraldo Castro. Trata-se de Maria das Dores Sobrinho de Rezende.

Segundo fontes, uma sindicância foi aberta pela Prefeitura de São Luís para a apurar a contratação da empresa sem cobertura contratual.

Herança maldita de Geraldo Castro deixa 250 crianças sem aula em São Luís
Política

Alunos estão fora das salas desde abril do ano passado, quando foram despejados do antigo prédio da UEB Pedro Marcosine Bertol

Pelo menos 250 crianças da rede municipal de ensino estão sem aula na capital do Maranhão, devido a herança maldita deixada pelo ex-secretário de Educação de São Luís, professor Geraldo Castro Sobrinho, que abandonou o cargo no dia 17 de fevereiro passado para disputar, pelo PCdoB, uma das 31 cadeiras de vereador na Câmara Municipal de São Luís nas eleições de 2016.

O descaso, que já havia sido denunciado pelo Atual7 há quase dois meses, foi exibido na edição desta quarta-feira 3, pelo Bom Dia Brasil, da Rede Globo.

Prédio da UEB Pedro Marcosine Bertol foi alvo de vândalos há dois meses, que deixaram um rastro de destruição por todas as salas
Reprodução/Bom Dia Brasil Descaso Prédio da UEB Pedro Marcosine Bertol foi alvo de vândalos há dois meses, que deixaram um rastro de destruição por todas as salas

A reportagem mostrou as dependências da Unidade Básica de Ensino (UEB) Pedro Marcosine Bertol, situada na Camboa, e arrombada por vândalos por duas noites seguidas no início do ano, deixando um rastro de destruição por todas as salas. Livros rasgados, folhas jogadas pelo chão, armários quebrados e portas arrancadas é o cenário da escola. Nenhuma das salas foi poupada.

Os bandidos levaram ainda levaram parte das panelas, botijão de gás, baldes de armazenamento de pratos e copos, todos os ventiladores e um micro system comprado pela direção e professores para uso no aprendizado dos alunos, além de toda a merenda escolar da unidade para o mês.

A UEB Pedro Marcosine Bertol está sem vigilância desde meados de 2014, por atraso do repasse da Semed para as terceirizadas.

Um ano

Apesar da Secretaria Municipal de Educação já ter um novo titular há mais de duas semanas, o também professor Moacir Feitosa, os alunos da UEB Pedro Marcosine Bertol seguem sem aula desde abril do ano passado, quando foram despejados do prédio antigo da unidade pública municipal, que funcionava no bairro do Jaracaty. O local está tomado de rachaduras desde então, com risco grave de desabamento.

Restos do que sobrou da Biblioteca da UEB Pedro Marcosine Bertol permanece como foi deixado pelos vândalos
Reprodução/Bom Dia Brasil Vandalismo e irresponsabilidade Restos do que sobrou da Biblioteca da UEB Pedro Marcosine Bertol permanece como foi deixado pelos vândalos

Curiosamente, o prédio para onde as crianças foram transferidas, que pertence ao Estado, estava desativado, justamente pela insegurança, pois fica numa região disputada por líderes de facções criminosas. Na época, os pais de alunos não aceitaram a mudança, mas foram convencidos pelo ex-secretário Geraldo Castro de que a transferência seria temporária. Até hoje, porém, nunca houve qualquer início de reforma na escola do Jaracaty, apesar do Portal de Transparência da Prefeitura de São Luís exibir dezenas de pagamentos milionários feitos por Castro para construturas.

Procurado insistentemente pelo Atual7 quando ainda estava do cargo, o comunista fugiu dos questionamentos feitos, e apenas manifestou que a escola "infelizmente sofreu ataque!". Ele também não quis comentar sobre ser suspeito de ter desviado pouco mais de R$ 17,2 milhões da verba pública federal destinada para a construção de 14 das 25 creches escola prometidas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) durante a campanha eleitoral de 2012, e reprometidas em janeiro de 2013, mas até hoje não construídas.

Assista a reportagem completa do Bom Dia Brasil, que cobrou por solução até ao governador Flávio Dino (PCdoB), na Globo Play.

Geraldo Castro deixa a Educação sob suspeita de ter desviado R$ 17,2 milhões
Política

Valor é referente a verba destinada para a construção de pelo menos 14 das 25 creches prometidas pelo prefeito Edivaldo Júnior em 2012

O titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Geraldo Castro Sobrinho, deixa a pasta, nesta quarta-feira 17, sob suspeita de ter afanado o total de R$ 17.290.000,00 da verba pública para a construção de pelo menos 14 das 25 creches escola prometidas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) durante a campanha eleitoral de 2012, e reprometidas em janeiro de 2013, mas até hoje não construídas.

Prefeito Edivaldo garantiu que recurso para construção de 13 das 25 creches já estava assegurado, mas até hoje nenhuma unidade foi construída
Divulgação/Prefeitura de São Luís Não foi por falta de dinheiro Prefeito Edivaldo garantiu que recurso para construção de 13 das 25 creches já estava assegurado, mas até hoje nenhuma unidade foi construída

Filiado ao PCdoB, partido do governador Flávio Dino, Castro deixa a Semed para disputar uma das 31 cadeiras de vereador na Câmara Municipal de São Luís nas eleições de 2016. Além dele, também deixam a administração municipal os secretários Batista Matos, de Comunicação; e Raimundo Penha (PDT), do Instituto de Previdência, ambos também para disputar o cargo de vereador na capital.

No comando da Educação municipal desde o início de novembro de 2013, em substituição a saída sob denúncia de corrupção do também comunista Allan Kardec, Geraldo Castro prometeu, três meses depois, ao lado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), entregar as 25 creches escola do Programa Brasil Carinhoso em até oito meses, sendo que 13 destas, ao custo custo estimado de R$ 1.330.000,00, segundo declarou o prefeito de São Luís à época, já estavam contratadas e com a verba assegurada.

Completados na quarta-feira passada dois anos de lançamento da pedra fundamental da que seria a primeira creche escola, porém, no local onde deveria ter sido construída a unidade, localizado na Unidade 105 da Cidade Operária, há apenas um terreno abandonado que virou um lixão a céu aberto, conforme denúncia feita pelo deputado estadual Wellington do Curso.

Verba federal

Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão
Wellington do Curso Educação jogada no lixo Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão

O recurso para a construção da creche teve proveniência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância), que integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Ministério da Educação (MEC). Cabe, portanto, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal abrirem investigação.

Toda a informação está publicada no site da própria Prefeitura de São Luís, como pode ser conferido ao lado.

Questionado insistentemente pelo Atual7 há algumas semanas sobre o paradeiro da verba pública, bem como sobre a falta de reforma em unidades de responsabilidade da Semed, a exemplo da Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, localizada na Camboa, única integral da rede pública de ensino da capital, o secretário desviou do assunto e nunca respondeu aos questionamentos.

Calote

Além da suspeita de desvio da verba, e do abandono à creche escola integral já existente, Geraldo Castro acumula ainda histórico de mal pagador, ocasionando o fechamento de escolas municipais e instituições comunitárias durante o período em que esteve a frente da Educação municipal, por chegar a deixar em até 10 meses o atraso no repasse da verba para manutenção e pagamento dos professores de mais de 80 unidades. Ele acumula ainda alta somas em dívidas no pagamento do transporte escolar, embora tenha também recebido verba federal para manutenção desse tipo de serviço.

Única creche escola de São Luís está com goteiras e teto rachado, denuncia Wellington
Política

Parlamentar visitou o local na semana passada. Ele denunciou ainda que os muros da unidade estão sem cerca de proteção e que animais estão urinando e defecando nas proximidades

O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) não construiu as 25 creches de tempo integral prometidas durante a campanha eleitoral de 2012 e a única que existe na capital, a Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, localizada no bairro da Camboa, está tomada de goteiras e de rachaduras no teto.

Imagem de uma das salas da Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, horas após as chuvas
Divulgação Descaso e irresponsabilidade Imagem de uma das salas da Creche Escola Maria de Jesus Carvalho, horas após as chuvas

A denúncia é do deputado estadual Wellington do Curso (PPS), vice-presidente da Comissão de Educação e de Direitos Humanos e Minorias da Assembleia Legislativa do Maranhão, ao se pronunciar sobre visita à unidade semana passada. Segundo o parlamentar, mesmo horas depois das chuvas, professores foram obrigados a manter baldes espalhados pelas creche escola, para que as salas não ficassem inundadas.

“Na semana passada estivemos visitando a creche Maria de Jesus Carvalho, que fica muito próxima a Praça do Jumento, na Camboa. Nós chegamos ao período de chuvas e a chuva já havia cessado por volta das 7 horas da manhã, e mesmo já sendo quase 11 horas, em alguns locais, algumas dependências estavam com baldes para aparar as goteiras, a chuva. A Prefeitura de São Luís não construiu as 25 creches prometidas por Edivaldo Júnior em outubro de 2012 e única que existe tem goteiras e rachaduras no teto”, denunciou.

Durante o pronunciamento, Wellington chamou a atenção dos colegas de Parlamento para o fato de que as escolas públicas de São Luís, nas últimas semanas, passaram a ser alvo de vandalismos e invasões, e denunciou que única creche escola pública de São Luís de tempo integral está sem vidraças nas janelas e sem cerca de proteção em partes do muro, o que, além de permitir a passagem de água das chuvas para dentro da unidade, facilita a entrada de vândalos. Em outubro do ano passado, o Atual7 já havia chamado atenção para o problema.

Improvido dos professores em janela sem vidraças mostra a falta de cuidado da prefeitura com a única creche escola em tempo integral de São Luís
Divulgação Cidade sem prefeito Improvido dos professores em janela sem vidraças mostra a falta de cuidado da prefeitura com a única creche escola em tempo integral de São Luís

“Quero também alertar que encontramos as janelas sem vidraças e sem cerca de proteção em partes do muro, o que acaba por viabilizar a ação de vândalos, já que eles passam a ter, literalmente, ‘abertura’ à creche. Como resultado, os pais e as mães que deixam seus filhos ali ficam com medo e receio de que a violência alcance suas crianças. Por isso, trazemos a esta Casa o revoltante fato que ali encontramos”, frisou.

Ainda segundo o deputado, que informou já ter solicitado ao prefeito e ao secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, para que realizem em caráter de urgência a manutenção das vidraças, do muro e do teto na creche escola, por a unidade ser próxima da recém-reformada Praça do Jumento, os animais passaram a ser deslocados para as proximidades da Maria de Jesus Carvalho, onde estariam urinando e defecando.

“Além disso, os animais de tração que ficavam na Praça do Jumento não tem mais acomodação e eles estão sendo deslocados para as imediações da creche, e estão urinando, defecando na calçada na proximidade da creche. Em determinados momentos tem o odor, o mau cheiro e tudo o mais que possa advir dos dejetos próximos à creche”, disse.

Muro da creche escola está sem cerca de proteção. A que ainda existe, está velha e enferrujada
Divulgação Falta secretário de Educação Muro da creche escola está sem cerca de proteção. A que ainda existe, está velha e enferrujada

Wellington do Curso disse ainda que ficou constato o abandono das escolas públicas de São Luís, e culpou o prefeito Edivaldo Holanda Júnior e o secretário Geraldo Castro por deixarem a única creche escola de São Luís de tempo integral “à mercê dos marginais”.

“E você que está acompanhando nosso pronunciamento na TV Assembleia pode perguntar: deputado Wellington tirou para pegar no pé do prefeito, hoje, nesta quinta-feira, 4 de fevereiro? Não! É a preocupação que as mães, que os pais têm, e que ninguém está lá para resolver! As escolas públicas de São Luís estão jogadas, estão à mercê. E estão à mercê do descaso, estão à mercê dos marginais, da falta de responsabilidade do prefeito Edivaldo Holanda Júnior e do secretário Geraldo Castro, que é professor. Ora, senhor prefeito e senhor secretário, estamos lidando com vidas. Com as crianças que serão o futuro de nossa capital. Como podemos dizer que queremos que nossas crianças sejam os futuros médicos, advogados ou engenheiros quando sequer educação pré-fundamental concedemos? Não há lógica que explique tal raciocínio. Assim sendo, esperamos que a prefeitura adote providências e realize a reforma urgente da creche. Não se pode querer uma juventude universitária quando se maltrata a educação infantil”, alertou.

PCM se divide e ameaça iniciar matança em Pedrinhas por controle do CDP
Maranhão

Dissidentes da facção criminosa criaram o CCO, Comando da Cidade Olímpica, que disputa ainda o controle pelo tráfico de drogas na maior ocupação urbana da América Latina

Inspirada e, posteriormente, ramificada ao Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, a facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão (PCM), que controla todo o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior presídio maranhense e um dos mais violentos do país, ameaça iniciar rebelião e matança na unidade, caso o diretor do CDP, Rubens Ferreira Alves, não aceite pedido feito pelos criminosos no final do ano passado.

De acordo com relato de monitores ao Atual7, o pedido consiste na transferência imediata de presos dissentes do PCM, que formaram uma nova facção criminosa dentro de Pedrinhas, criada oficialmente no dia 31 de dezembro de 2015, o CCO, Comando da Cidade Olímpica, que disputa agora com os ex-comparsas o controle pelo tráfico de drogas em bairro carente homônimo em São Luís, a Cidade Olímpica, considerada a maior ocupação urbana da América Latina.

Como os membros da CCO estão recolhidos no Pavilhão Gama do CDP desde o dia do desmembramento, embora ocupem e controlem os outros três pavilhões: Delta, Alfa e Beta, os membros do PCM não aceitam a presença dos dissidentes na mesma unidade, que se tornaram agora facção rival, e por isso prometem "quebrar a cadeia" – termo utilizado pelos presidiários e policiais para se referir a ocorrência de rebelião e mortes dentro das unidades prisionais.

O alerta foi feito por um dos líderes do PCM ao próprio "Rubão", como é chamado o diretor da unidade prisional pelos detentos, e ainda ao chefe de disciplina, Valter Serra. Ambos, inclusive, já teriam presenciado ameaças mútuas feitas por membros das duas facções durante o banho de sol.

Por conta desse acirramento entre o PCM e o CCO, inclusive, desde o início de 2016, homens do Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (GEOP) são deslocados diariamente para o Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas para fazer a guarda da unidade durante a noite e a madrugada, e, algumas vezes, no decorrer da semana, durante a manhã e tarde.

CCO

Segundo o advogado Antônio Luis Pedrosa, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a nova facção criminosa do Maranhão teria nascido após a exclusão de uma liderança do PCM, que seria "muito centralizado" e que "julga seus associados" num "tribunal do crime". Desligada da facção, essa liderança teria sido acompanhada por seus seguidores.

"É uma dissidência do PCM. O PCM é muito centralizado, ele julga seus associados. Uma liderança foi excluída e seus seguidores foram juntos. Eles [o PCM] têm o tribunal do crime, que julga os indisciplinados", revelou Pedrosa.

"Segurança particular"

Foram parte desses seguidores dessa liderança excluída do PCM, inclusive, que teriam arrombado e roubado objetos da creche-escola anexo da Unidade de Educação Básica (UEB) Barjonas Lobão, localizada no bairro Jardim América, no domingo 22.

Como além do PCM – e agora do CCO – o controle pelo tráfico de drogas na localidade é disputado ainda por uma outra facção, a Bonde dos 40, membros dessa facção rival chegaram a realizar uma visita à direção da unidade, na segunda-feira 23, para acertar um valor mensal em troca de "segurança particular". Responsável pelo rede municipal pública de ensino, o secretário Geraldo Castro Sobrinho declarou à direção da creche-escola que nada poderia fazer, e mandou fechar a unidade, deixando quase 400 crianças sem aula.

Embora Geraldo Castro tenha ficado calado ao ser questionado pela reportagem sobre o ocorrido, o arrombamento pelos dissidentes do PCM e a oferta de "vigilância 24 horas" por membros do Bonde dos 40 foi confirmado ao Atual7 pelo Tenente-Coronel Aritanã Lisboa do Rosário, comandante do 6º BPM, e responsável pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitano II (CPAM 2), que cobre a área da Cidade Olímpica, Jardim América e bairros adjacentes. Ele afirmou que uma equipe de inteligência está "acompanhando e fazendo o levantamento do caso para encontrar uma solução mais rápida possível".

Bonde dos 40 se oferece para fazer a “segurança” de escola municipal de São Luís
Maranhão

Creche-escola fica no bairro do Jardim América. Secretário Geraldo Castro mandou fechar a unidade. Polícia apura o caso

A falta de vigilantes na rede pública de ensino de São Luís, de responsabilidade do comunista Geraldo Castro Sobrinho, titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed) – em destaque na foto acima, provocou uma ação inusitada de uma das facções criminosas que controla parte do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e do tráfico de drogas em dezenas de bairros da capital.

De acordo com relatos feitos ao Atual7 por pais e professores de alunos da creche-escola anexo da Unidade de Educação Básica (UEB) Barjonas Lobão, localizada no bairro Jardim América, integrantes do Bonde dos 40 fizeram uma visita – isto mesmo, uma visita – à unidade na segunda-feira 25, após tomarem conhecimento de que, um dia antes, dissidentes da facção rival Primeiro Comando do Maranhão (PCM) teriam arrombado e roubado objetos da escola, e se ofereceram para fazer a "segurança particular" da creche-escola.

Escalado como interlocutor do Bonde, um dos integrantes chegou ao local armado – poucos minutos após a polícia deixar o local – e pediu, educadamente, para falar com a direção da creche escola, e explicou que estava na unidade para acertar um valor mensal para vigiá-la, pelo período integral de 24 horas.

Afirmando que sabia de todos os passos da creche-escola, o integrante da facção criminosa ainda alertou que não adiantaria chamar a polícia, e exigiu um adiantamento pelo serviço, obrigando as professoras presentes e direção da escola a juntarem o que tinham nas bolsas e entregar tudo para ele, que prometeu ainda voltar ao local.

"Não adianta chamar ninguém, que a gente tá mais armado do que a polícia", alertou.

Assustadas, algumas professoras chegaram a ir até o prédio-sede da Semed, e relataram o ocorrido ao secretário Geraldo Castro, que apenas disse que nada poderia fazer, nem mesmo encaminhar um segurança particular para a unidade, pois o processo de pagamento das terceirizadas, que está em atraso de até seis meses, estaria "preso na Fazenda", e mandou fechar a creche-escola, deixando quase 400 crianças sem aula.

Procurado insistentemente pelo Atual7, o secretário Geraldo Castro não deu qualquer esclarecimento sobre o caso, confirmado pelo Tenente-Coronel Aritanã Lisboa do Rosário, comandante do 6º BPM, e responsável pelo Comando de Policiamento de Área Metropolitano II (CPAM 2), que cobre a área do Jardim América e bairros adjacentes.

De acordo com o TC Aritanã, uma equipe de inteligência está "acompanhando e fazendo o levantamento do caso para encontrar uma solução mais rápida possível".

Eliziane evita criticar descaso na educação municipal para não contrariar o PCdoB
Política

Pré-candidata a prefeita de São Luís tem silenciado sobre questões que possam atingir diretamente o partido do governador Flávio Dino

Quem se espantou e até se excitou quando a deputada federal Eliziane Gama (Rede) iniciou 2016 se apresentando como pré-candidata a prefeita de São Luís em frente ao prédio-sede do Executivo municipal  – e, logo em seguida, criticou a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) por causa de um afundamento de asfalto no bairro da Cohama – , imaginou que a parlamentar assumia ali o compromisso de estar ao lado da população que espera por uma administração pública eficiente, de qualidade, e que as mensagens poderiam ser recebidas como um alerta de que ela não mais silenciaria sobre os descasos na atual gestão municipal, e que ela não veio para brincar.

Armários foram esvaziados pelos bandidos. Merenda escolar de um mês foi levada
Atual7 Raspa Armários foram esvaziados pelos bandidos. Merenda escolar de um mês foi levada

Passado pouco mais de uma semana, porém, uma ação de bandidos - que se repetiu um dia depois - em uma escola da rede pública de ensino da capital mostrou que Gama não somente vai continuar brincando de ser pré-candidata, mas que vai também continuar em silêncio quando os descasos, pelo menos, ocorrerem na educação municipal, controlada pelo PCdoB, partido do governador Flávio Dino.

Explica-se:

No início da semana, a Unidade Básica de Ensino (UEB) Pedro Marcosine Bertol, situada na Avenida Camboa, foi arrombada por duas madrugadas consecutivas. De lá, os bandidos levaram toda a merenda escolar da unidade para o mês, parte das panelas, botijão de gás, baldes de armazenamento de pratos e copos, todos os ventiladores e um micro system comprado pela direção e professores para uso no aprendizado dos alunos. Apenas os armários e o congelador não foram levados, mas os poucos que não foram arrombados na primeira ação, foram na segunda, quando os ladrões voltaram a escola um dia depois, levando a merenda escolar que havia sido reposta.

Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão
Wellington do Curso Educação jogada no lixo Ao fundo do que era a pedra fundamental da primeira das 25 creches, urubus procuram por comida no lixão

Apesar da gravidade do ocorrido ser maior do que o afundamento do afasto na Cohama, como a Secretaria Municipal de Educação, cujo titular é o professor Geraldo Castro Sobrinho, é gerenciada pelo PCdoB, mesmo procurada insistentemente pelo Atual7 para se manifestar sobre o assunto, a pré-candidata Eliziane Gama, que nas redes sociais espalhou imagem populista com a legenda de que [não há] "nada como receber o carinho das crianças", silenciou mais que o próprio Geraldo Castro – já que fora a pasta ser dos comunistas, a falta de segurança nas escolas atinge diretamente o governo estadual.

Ainda na educação municipal, também para não contrariar o PCdoB, embora deputada federal, Eliziane Gama deixou de fiscalizar e cobrar a construção das 25 creches do programa Brasil Carinhoso, que deveria ser iniciada por Edivaldo Júnior, com dinheiro federal, desde 2014, mas até hoje só recebeu o lançamento da pedra fundamental. O local virou um lixão a céu aberto e playground de urubus, mas nada que venha provocar a atenção e qualquer critica da pré-candidata.

PCdoB na vice

Se observado o primeiro ano de mandato de Eliziane Gama na Câmara Federal, a cumplicidade com os descasos da administração parece não se resumir apenas na educação.

Desde que seu nome passou a ser sondado para o pleito majoritário de outubro próximo, Gama tem silenciado também sobre outras ações que possam envolver diretamente o partido do governador Flávio Dino, legenda a qual ela declarou, recentemente, que quer ter como vice em sua chapa.

Na saúde, o Hospital Odorico Amaral de Matos, o Hospital da Criança, recebeu R$ 2,3 milhões em recursos federais e deveria ser entregue no próximo dia 12 de fevereiro, mas continua com a reforma e ampliação a passos lentos, e teve somente até agora, isso com recursos do Estado, construído parte do primeiro piso.

Em outro setor primordial, o de obras e serviços públicos, mesmo com a suspeita de estelionato eleitoral e roubo de dinheiro público na construção da Ponte Pai Inácio, o silêncio da pré-candidata também se repete, mesmo tendo ela o dever de fiscalizar e cobrar pela execução de obras e a correta aplicação do dinheiro que sai do bolso daqueles a quem pede agora, novamente, a confiança e o voto.

Bandidos arrombam e roubam toda a merenda escolar de unidade pública de São Luís
Maranhão

Ação criminosa foi feita por duas vezes seguidas, nas madrugas de ontem e de hoje. UEB Pedro Marcosine Bertol está sem vigilância desde 2014

A Unidade Básica de Ensino (UEB) Pedro Marcosine Bertol, da rede pública de São Luís, situada na Avenida Camboa, foi arrombada por ladrões na madruga da segunda-feira 11 e e novamente na madrugada desta terça-feira 12. A escola está sem vigilância desde meados de 2014.

Armários foram esvaziados pelos bandidos. Merenda escolar de um mês foi levada
Atual7 Raspa Armários foram esvaziados pelos bandidos. Merenda escolar de um mês foi levada

Segundo informações repassadas ao Atual7, os bandidos levaram logo na primeira ação toda a merenda escolar da unidade para o mês. Eles também levaram parte das panelas, botijão de gás, baldes de armazenamento de pratos e copos, todos os ventiladores e um micro system comprado pela direção e professores para uso no aprendizado dos alunos.

Apenas os armários e o congelador não foram levados, mas foram quase todos arrombados. Na segunda ação, porém, os bandidos arrombaram o restante dos armários e levaram a merenda escolar que havia sido reposta.

Por conta dos dois roubos, as aulas da escola foram novamente suspensas.

Congelador não foi um dos poucos eletrodomésticos que não foram levados pelos ladrões, mas a merenda escolar não escapou do roubo
Atual7 Sem segurança e sem merenda Congelador não foi um dos poucos eletrodomésticos que não foram levados pelos ladrões, mas a merenda escolar não escapou do roubo

Uma semana antes, as aulas já não haviam sido retomadas como nas demais escolas da rede pública de São Luís em virtude da ausência de transporte escolar. Os alunos deveriam ser transportados todos os dias de ônibus, mas a empresa que faz o transporte escolar está sem receber o pagamento e, por isso, paralisou suas atividades.

Procurado pelo Atual7, o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro (PCdoB), não quis responder a nenhum dos questionamentos feitos, e apenas manifestou que a escola "infelizmente sofreu ataque!".

A UEB Pedro Marcosine Bertol abriga alunos que fazem parte de uma unidade pública municipal que funcionava no bairro do Jaracaty, interditada em abril do ano passado devido a rachaduras. Pelo risco de desabamento, os estudantes foram transferidos para o prédio na Camboa, que estava desativado, até então, devido a insegurança. Na época, os pais de alunos não aceitaram a mudança, mas foram convencidos pelo secretário Geraldo Castro de que a transferência seria temporária. Até hoje, porém, nunca houve qualquer início de reforma na escola do Jaracaty.

Parceria vai diagnósticar violência e disseminar cultura de paz nas escolas
Maranhão

Ação é parte do programa 'Diagnóstico e Planejamento Participativo de Prevenção à Violência Escolar'

Uma parceria entre a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), a Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), o Ministério da Educação (MEC) e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, possibilitou o mapeamento da percepção da violência no ambiente escolar. A ação é parte do programa "Diagnóstico e Planejamento Participativo de Prevenção à Violência Escolar", desenvolvido em quatro escolas da rede municipal de São Luís e também em unidades de ensino da rede estadual.

Com foco nos estudantes de 8º e 9º ano, o objetivo é despertar nos próprios estudantes a consciência para o combate à violência, bem como a percepção correta sobre as formas de agir diante das ocorrências. "Trata-se de um projeto de grande valor, na medida em que estimula o protagonismo juvenil, uma vez que eles próprios aprendem a reconhecer essas ocorrências e discutem formas de combatê-las. O desejo do prefeito Edivaldo é que assim possamos orientar o desenvolvimento de nossos estudantes para uma cultura de paz e de respeito ao próximo", disse o secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho.

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Pesquisa

A partir do diagnóstico, feito com informações coletadas pelos próprios estudantes, é realizada uma construção coletiva de alternativas para prevenção e enfrentamento à violência. Durante quatro meses, os estudantes das Unidades de Educação Básica (U.E.B.) Sá Valle (Anil), Henrique de La Roque (Vila Embratel), Justo Jansen (Centro) e Cidade Olímpica (Cidade Olímpica), foram capacitados e receberam um kit com material de apoio antes do início do trabalho em campo. Cada escola aplicou um questionário para mapear as percepções e sentimentos dos colegas no dia-a-dia da escola.

Os resultados foram apresentados em um seminário realizado no auditório do Liceu Maranhense, com a presença de todas as escolas participantes e da coordenadora da área de juventude e políticas públicas da Flacso, Miriam Abramovay. "É preciso que haja diálogo entre alunos, professores e todos os atores sociais do espaço escolar, para que a escola seja um espaço prazeroso e para que as relações de convivência entre os nossos estudantes sejam positivas. Nosso objetivo, através deste projeto, é ajudar nessa conversa, estimular o diálogo", explicou Miriam Abramovay.

Na U.E.B. Sá Valle, as atividades lúdicas foram o meio encontrado pela escola para traduzir o aprendizado dos últimos quatro meses de projeto. Para a gestora Maria José Cavalcante de Souza, a repercussão da iniciativa foi boa entre os jovens. "Nós detectamos melhora no comportamento dos estudantes. O envolvimento deles ocorreu desde o início. Os jovens têm papel importante na construção do ambiente escolar e, por isso, nada mais louvável que ouvir a juventude", ressaltou a gestora.

O professor Damyão Carneiro da Costa, que monitorou as atividades do programa na U.E.B. Sá Valle, o programa complementou várias atividades já desenvolvidas nesse sentido no ambiente escolar. "Trabalhamos com palestras, vídeos, documentários educativos, projetos de conscientização, combate à violência e o resgate de valores para a paz na escola. Os estudantes fizeram pesquisa de campo e sugeriram suas próprias estratégias para solucionar os problemas que detectaram", disse o professor.

Gabriel Pavão da Rocha, 15, estudante do 9º ano, contou como foi importante participar do levantamento. "Foi bastante produtivo. Fizemos uma análise crítica sobre a violência e os vários tipos que ela pode acontecer dentro e fora da escola. Conversei com vários colegas, que contribuíram com boas ideias". Thalison Mateus Silva Trindade, 15, destaca que qualquer iniciativa que busque combater a violência no ambiente escolar é positiva. "O respeito e a tolerância entre os alunos e professores é fator essencial para um ambiente de paz", concluiu.

Edivaldo Júnior atrasa pagamento por 10 meses e creche fecha as portas na Radional
Política

Creche escola Cantinho da Criança é a segunda unidade que fecha as portas na capital pelo mesmo motivo em menos de um mês

Após 10 meses de atraso do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) no pagamento dos salários de professores, diretores, cozinheiros e outros funcionários, a creche escola Cantinho da Criança, que fica no bairro Radional, em São Luís, amanheceu esta quinta-feira 15 com os portões fechados, obrigando pais de crianças de dois a cinco anos a voltarem com os filhos da casa.

Creche escola Cantinho da Criança, que fica no bairro Radional, em São Luís
Daniel Pereira Descaso Creche escola Cantinho da Criança, que fica no bairro Radional, em São Luís

Apesar da promessa da Secretaria Municipal de Educação (Semed), comandada pelo comunista Geraldo Castro, de que o calote no convênio acabaria hoje, o acordo não foi cumprido, o que levou a direção da unidade a fechar as portas como forma de protesto contra o descaso da gestão pedetista contra a educação pública.

Esta já é a segunda unidade de ensino mantida pela Prefeitura de São Luís que, em menos de um mês, fecha as portas por falta de recursos que garantam sua funcionalidade.

No dia 14 de setembro passado, por falta de sete meses no pagamento de aluguel do prédio, a Unidade de Ensino Básico (U.E.B.) Professor Ronald Carvalho – Anexo II, situada no bairro Planalto Turu II, também fechou as portas, pela segunda vez. Alguns dias antes, pelo mesmo motivo, a U.E.B. Professor Ronald Carvalho já havia amanhecido fechada.

Maquiagem

Poucas horas depois do Atual7 denunciar que o secretário Geraldo Castro havia abandonado uma outra creche escola, a Maria de Jesus Carvalho, localizada no bairro da Camboa, o titular da Semed mandou que fosse retirado rapidamente todos os vidros que estavam prestes a cair sobre as crianças.

A medida, que a primeira vista aparenta uma boa ação, não passa de maquiagem. Além de não ter havido a reposição de novas janelas, a ação de deixar tudo aberto facilitaria a entrada de bandidos - que já efetuam roubos na área externa - dentro das instalações da creche escola. Por esta razão, a direção da unidade permitiu que fossem retirados apenas os vidros da parte superior do prédio.

Não há prazo, porém, para a reposição das que foram retiradas e muito menos da troca das que ficaram.

Descaso da Prefeitura de São Luís em creche escola pode causar tragédia
Política

Restos de vidraças correm risco de cair na cabeça de crianças de dois a cinco anos. Município já recebeu mais de R$ 126 milhões do Fundeb este ano

Um grave descaso da Prefeitura de São Luís com a situação da creche escola Maria de Jesus Carvalho, localizada no bairro da Camboa, aponta para uma tragédia anunciada com crianças de dois a cinco anos. Abandonada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), cujo titular é o comunista Geraldo Castro, a unidade se encontra com vidraças de janelas quebradas e arreadas para dentro das salas há meses, que podem terminar de cair a qualquer momento na cabeça dos menores.

Registro mostra com a educação municipal e crianças de até cinco anos são tratadas pelo prefeito de São Luís
Atual7 Crime Registro mostra com a educação municipal e crianças de até cinco anos são tratadas pelo prefeito de São Luís

Há cerca de 30 dias, segundo denuncia de pais ao Atual7, apesar do titular da Semed tomar conhecimento do alto risco e ainda assim não determinar qualquer reforma na creche escola, uma das vidraças chegou a cair em uma sala do maternal, onde crianças de até três anos estavam. Por sorte ninguém saiu ferido.

Além das fotos tiradas na manhã desta quarta-feira 14, como mostra as imagens ao lado, pesquisa feita pela reportagem no aplicativo Street View do Google Maps confirma que o descaso acontece desde julho.

Em uma visão em 360 graus pela área externa da creche escola, percebe-se que a parte detrás da unidade, onde ficam as crianças do maternal, está quase toda com as vidraças quebradas e próximas de cair novamente dentro das salas de aula.

Fora o risco das vidraças, a falta de cerca de proteção, que dura desde o ano passado, facilita a entrada de bandidos, que pulam o muro para roubar hortaliças de uma horta ecológica desenvolvida de maneira autônoma pelo diretor da unidade, Aquiles Berrêdo, para despertar o sentimento e sensibilizar as crianças para a questão ambiental.

Imagem feita pelo aplicado Street View do Google Maps mostra que descaso não é de hoje
Google Descaso Imagem feita pelo aplicado Street View do Google Maps mostra que descaso não é de hoje

Apesar da gravidade e da necessidade de reforma urgente no local, curiosamente, a creche escola Maria de Jesus Carvalho fica ao lado da Praça da Camboa, mais conhecida como “Praça do Jumento”, que recebeu maior atenção do prefeito de São Luís, que teve por mais importante a reforma da praça, que é mais visível e por isso garante virtualmente mais votos do que na creche-escola, que pouco garante retorno eleitoral.

Embora possa alegar que o dinheiro para a praça corresponda à investimentos em infraestrutura e não em educação, dados do Portal da Transparência do governo federal mostram que, de janeiro a setembro deste ano, a Prefeitura de São Luís, administrada pelo pedetista Edivaldo Holanda Júnior, já recebeu o total de R$ 126.221.972,92 (cento e vinte e seis milhões, duzentos e vinte e um mil, novecentos e setenta e dois reais e noventa e dois centavos) do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb, que dentre outras ações, deve ser utilizado para a reforma, total ou parcial, de instalações físicas (rede elétrica, hidráulica, estrutura interna, pintura, cobertura, pisos, muros, grades etc.) do sistema da educação básica.

O caso é de Polícia e Ministério Público estadual e federal.

Recursos enviados para a manutenção e conservação de instalações de escolas como a Maria de Jesus Carvalho estão caindo na conta da Prefeitura de São Luís
Portal da Transparência Dinheiro tem Recursos enviados para a manutenção e conservação de instalações de escolas como a Maria de Jesus Carvalho estão caindo na conta da Prefeitura de São Luís