Edilson Baldez
Evento pró-Carlos Lula é transferido para hotel de Edilson Baldez
Política

Novo espaço foi escolhido após o CRM a OAB rejeitarem a cessão de suas estruturas. Instituições evitam relação com o caso que envolve o titular da SES, alvo de inquérito da PF

Foi transferido para o Grand São Luis Hotel o evento pró-Carlos Lula, marcado inicialmente para acontecer na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Maranhão, e depois transferido para o auditório da Seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas rejeitado pela Diretoria das duas instituições, para evitar relação política com o caso que envolve o titular da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Segundo dados da Receita Federal, o espaço tem como sócio-administrador o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez. Não há informações sobre a cessão do espaço, se será gratuita ou paga — e por quem.

O evento está sendo articulada pelo ex-titular e agora assessor da SES, Marcos Pacheco. O objetivo da solenidade é passar para a sociedade que Carlos Lula é vítima de um complô da Polícia Federal, Ministério Público Federal (MPF) e Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU).

Investigado

Lula, conforme revelado o ATUAL7, é alvo de um inquérito policial no âmbito da Sermão aos Peixes. As investigações apuram a conduta do auxiliar do Palácio dos Leões em relação a outro inquérito da PF, que investiga suposta fraude numa licitação para o gerenciamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Chapadinha, vencida pela Organização Social Instituto do Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), alvo principal das operações Rêmora e Pegadores, desdobramentos da Sermão aos Peixes.

Utilizando um argumento falso, de que esse inquérito havia sido arquivado por determinação da desembargadora federal Mônica Sifuentes, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, o secretário de Saúde do Maranhão tentou, por meio da apresentação de já dois habeas corpus, suspender as investigações que avançam contra ele. Todos os HCs, porém, tiveram os pedidos liminares rejeitados pelo ministro Ribeiro Dantas, relator-provento da Sermão aos Peixes no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Dentre os motivos apontados para a negativa está o de que nos próprios autos consta manifestação da magistrada informando que em momento algum determinou o arquivamento do inquérito contra o secretário.

Cartas

Além disso, o secretário de Saúde do Maranhão é citado numa carta escrita de punho próprio pelo médico Mariano de Castro e Silva, apontado pela Sermão aos Peixes como operador da organização criminosa que teria desviado mais de R$ 18,3 milhões da saúde nos primeiros meses do governo Flávio Dino, do PCdoB. O próprio Dino, inclusive, também é citado no manuscrito.

Ex-assessor da SES, Mariano foi encontrado morto em Teresina, no Piauí, onde cumpria prisão domiciliar. Num outro manuscrito, de despedida, ele confirma a autoria da primeira carta, escrita durante o período em que esteve preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, e se diz aliviado por ter revelado como funcionou o esquema criminoso.

Procurados desde a semana passada pelo ATUAL7, por meio da Comunicação do governo, a se manifestarem a respeito da citação aos seus nomes, Lula e Dino não retornaram o contato.

Edilson Baldez cobra atualização da lei urbanística de São Luís
Política

Legislação atual proíbe, dentre outras coisas, que um simples escritório de advocacia se instale legalmente nos bairros do Monte Castelo ou João Paulo

Em artigo publicado na edição do jornal O Estado no último domingo 23, o presidente da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, cobrou a atualização da legislação urbanística de São Luis.

Pela legislação vigente, um simples escritório de advocacia, por exemplo, não pode se instalar legalmente nos bairros do Monte Castelo ou João Paulo; ou funcionar uma igreja ou tempo no bairro da Ponta d'Areia.

Baldez explicou que uma legislação urbanística atualizada e moderna contribuirá para o desenvolvimento tanto da capital quanto do estado.

Abaixo, a íntegra do artigo:

Tenho o deve de falar

Edilson Baldez*

A legislação urbanística da nossa capital parou no tempo! As regras utilizadas atualmente para permitir qualquer atividade econômica e até mesmo definir a largura mínima para as novas ruas e avenidas da cidade são as mesmas de 1992. Todos nós concordamos que a cidade mudou muito desde então, e não somente a cidade, também a sociedade mudou, basta lembrar que, nessa época, em São Luís, não existia celular e nem mesmo computadores domésticos.

Segundo as regras vigentes, é proibido instalar legalmente um simples escritório de advocacia nos bairros do Monte Castelo ou João Paulo. Também é proibido funcionar uma igreja ou templo no bairro da Ponta d'Areia. E tem mais, uma empresa de telemarketing, que emprega centenas de pessoas em um único estabelecimento, não pode se instalar legalmente em lugar algum do município de São Luís. A propósito, recebi relatos de que, por esse motivo, no passado recente, uma empresa desse segmento transferiu sua instalação para um município vizinho.

A geração de emprego e renda é a minha maior preocupação como cidadão maranhense. O último Censo do IBGE em São Luís levantou que 26% dos jovens de 15 a 24 anos de idade nem trabalha e nem estuda (são os chamados Nem-Nem). Estamos falando de mais de 50 mil jovens que não estão devidamente ocupados. Isto preocupa ainda mais quando se sabe que aproximadamente 5 mil postos de trabalho foram fechado em São Luís, somente em 2015 (dados do MTE/CAGED). Reflexos da crise econômica que assola o país, paralisam investimentos públicos e privados, a exemplo da duplicação da BR 135 e do Programa Minha Casa Minha Vida, levando a demissões e enfraquecimento de toda a economia.

As empresas também têm demitido porque o horizonte é incerto e sem perspectiva de melhora no curto prazo. Enquanto esse cenário prevalecer, faltará confiança entre os empresários, que seguirão planejando menor ritmo de operação, postergando investimentos e mantendo as demissões, o que retardará qualquer movimento de recuperação da economia.

Nesse contexto volto a pensar na necessidade de uma legislação urbanística de São Luís atualizada e moderna. Este município tem papel estratégico no desenvolvimento de todo o Maranhão. Nele, está localizado o principal eixo logístico do Centro-Norte do Brasil, que tem seu ponto central no complexo portuário de seu Distrito Industrial, composto pelos Portos do Itaqui, Ponta da Madeira, Porto Grande e Alumar, pelas ferrovias Carajás/Norte-Sul e Transnordestina, além da rodovia BR-135, responsáveis, em conjunto, pela segunda maior movimentação de cargas portuárias de todo o país. Como exemplo desse entendimento, não é exagero afirmar que a Fábrica da Suzano, em Imperatriz, somente se instalou no Maranhão porque o complexo portuário de São Luís era favorável.

Tenho a certeza que uma legislação urbanística atualizada para a cidade contribuirá significativamente para a segurança jurídica e estabilidade necessárias ao retorno dos investimentos e aumento dos empregos locais, razão por que proponho a união de toda sociedade para a conclusão do trabalho iniciado pela prefeitura em 2013. Não podemos parar no tempo!

* Edilson Baldez das Neves (Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão - FIEMA e do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa - Sebrae).

Edilson Baldez se perpetua no comando da Fiema
Política

Engenheiro e empresário é um “sem indústria”, porém preside a entidade desde 2009. Ele foi reeleito para o quadriênio 2017-2021

O engenheiro e empresário do setor de construção civil e hotelaria, mas sem indústria, Edilson Baldez das Neves, conseguiu se perpetuar, nesta quinta-feira 22, na presidência da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), por mais quatro anos. Ele foi re-reeleito para o comando da entidade, em chapa única, para o quadriênio 2017-2021, após obter 24 votos válidos dos delegados representantes dos sindicatos da indústria maranhense.

Embora seja um “sem indústria”, Baldez está no comando da Fiema desde 2009. Ele assume o novo mandato em junho do próximo ano.

A eleição triunfante foi dirigida por uma comissão eleitoral presidida pelo diretor Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) no Maranhão, José Ahirton Batista Lopes; e composta também pelo presidente do Conselho Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) no Maranhão, José Adriano Jansen, e pelo assessor da Presidência da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Luís, Antônio Froes.

De acordo com dados levantados pelo ATUAL7 junto à Receita Federal do Brasil, o presidente da Fiema é dono de pelo menos cinco empresas, sendo uma do Distrito Federal e quatro do Maranhão: Constans Construtora Ltda; SHT – Serviços de Hotelaria e Turismo Ltda; Engec – Engenharia e Construções Ltda; Federação Nacional de Hotéis Restaurantes Bares e Similares; e o Instituto Euvaldo Lodi Núcleo Regional do Maranhão.

Indústria, porém, nenhuma.

Ainda assim, até 2021, quando terminará o novo mandato, ele estará por longos 12 anos no comando da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão.

Além da Fiema, o “sem indústria” Edilson Baldez preside, ainda, o Conselho Deliberativo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Maranhão; e é membro da Diretoria da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e Coordenador da Ação Pró-Amazônia.