COOPMAR
Gestão Juran Carvalho repassou mais de R$ 7 milhões para Coopmar
Política

Cooperativa foi alvo da PF, Seccor e Gaeco, em duas operações, por desvio de recursos da Prefeitura de Paço do Lumiar

A gestão do prefeito Juran Carvalho (PP) em Presidente Dutra, município localizado a 347 quilômetros da capital, repassou exatos R$ 7.072.025,89 para a Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços), alvo da Polícia Federal, Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas), em duas fases da Operação Cooperari, por desvio de recursos da Prefeitura de Paço do Lumiar, na Região Metropolitana de São Luís.

O valor foi levantado pelo ATUAL7 com base nas prestações de contas da administração municipal do pepista, entre os exercícios financeiros de 2013 a 2016. A prefeitura foi procurada, por e-mail, para se manifestar sobre a contratação da cooperativa, mas não houve retorno.

Segundo o levantamento, logo no primeiro ano de contrato com a gestão Juran Carvalho, foram pagos R$ 252.788,99 à Coopmar. No ano posterior, em 2014, os repasses subiram para R$ 2.221.471,85.

Em 2015 ocorreu o pagamento de valor mais alto, exatos R$ 2.724.452,31.

Possivelmente em razão da Coopmar haver entrado na mira da força-tarefa da Cooperari pela primeira vez, no exercício de 2016, último ano dos repasses, o valor caiu para R$ 1.873.312,74.

Esta é a quarta matéria de uma série que o ATUAL7 vem publicando para tornar público quanto a Coopmar faturou em quase duas dezenas de municípios maranhenses, e quem comandava a gestão municipal à época da assinatura dos contratos.

A primeira, publicada no início do mês passado, mostrou que a cooperativa recebeu R$ 3.318.440,36 da gestão de Miltinho Aragão (PSB) em São Mateus, entre 2014 e 2016.

Também já foi revelado que em Rosário, mesmo período, os ganhos obtidos pela Coopmar na gestão de Irlahi Linhares Moraes (MDB) chegaram a R$ 10.850.442,77.

Maior repasse do levantamentos já realizados, em Santa Helena, durante a passagem do Dr. Lobato (Cidadania) pela prefeitura, entre os exercícios financeiros de 2015 e 2016, exatos R$ 13.743.621,92 foram desembolsados dos cofres públicos do município para a cooperativa.

Segundo apurou o ATUAL7, todos os contratos celebrados entre as prefeituras maranhenses e a Coopmar permanecem sob investigação da força-tarefa da Cooperari, além de promotorias de comarcas locais.

Recentemente, mostrou o ATUAL7, o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas no bojo da ação penal que tem como réus os cooperados-cabeças da Coopmar envolvidos no assalto aos cofres públicos de Paço do Lumiar.

O objetivo, segundo a decisão do magistrado, é que o material sirva para a eventual responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros envolvidos no esquema apontado pelas investigações.

Coopmar recebeu R$ 13,7 milhões da gestão Dr. Lobato em Santa Helena
Cotidiano

Repasses ocorreram entre 2015 e 2016. Cooperativa foi alvo da PF, Gaeco e Seccor na Operação Cooperari

Apontada pela força-tarefa da Operação Cooperari em casos de desvio de dinheiro público em Paço do Lumiar, a Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços) também faturou, e faturou alto, nos dois últimos anos da gestão do ex-prefeito João Jorge de Weba Lobato, o Dr. Lobato (Cidadania), em Santa Helena.

Segundo análise do ATUAL7 na prestação de contas anuais da prefeitura, entre os exercícios financeiros de 2015 e 2016, exatos R$ 13.743.621,92 foram desembolsados dos cofres públicos do município para a cooperativa. Foram R$ 5.440.455,04 pagos no primeiro ano; e R$ 8.303.166,88 no segundo, por suposta prestação de serviços de terceirização.

É a terceira reportagem de uma série que o ATUAL7 planeja produzir para tornar público quanto a Coopmar faturou em quase duas dezenas de municípios maranhenses, e quem comandava a gestão municipal à época da assinatura dos contratos.

A primeira, publicada na última segunda-feira 5, mostra que a cooperativa recebeu R$ 3.318.440,36 da gestão de Miltinho Aragão (PSB) em São Mateus, por contratos entre 2014 e 2016. Na terça 6, foi revelado que em Rosário, pelo mesmo período, os ganhos obtidos na gestão de Irlahi Linhares Moraes (MDB) chegaram a R$ 10.850.442,77.

Em todas elas, há algo em comum, segundo varredura da CGU (Controladoria-Geral da União): direcionamento de licitação; participação ilícita de cooperativa de trabalho em certame para contratação de serviços terceirizados; e existência de indicativos de montagem das licitações.

Tudo, ainda de acordo com a CGU, apontando para ilicitude da licitação supostamente realizada, bem como a impossibilidade de execução do objeto contratado.

Por conta das irregularidades apontadas serem idênticas em todas as prefeituras onde a cooperativa operou, no mês passado, o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas no bojo da ação penal que tem como réus os cooperados-cabeças da Coopmar envolvidos no assalto aos cofres públicos de Paço do Lumiar.

O objetivo, mostrou o ATUAL7, segundo a decisão do magistrado, é que o material sirva para a eventual responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros envolvidos no esquema.

Há, inclusive, a iminência de deflagração de novas fases da Operação Cooperari pela Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) e Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção).

Outro lado

O ATUAL7 não conseguiu o contato do Dr. Lobato, para que ele pudesse se manifestar a respeito da contratação e repasses de sua gestão para a Coopmar, e se a cooperativa prestou os serviços contratados. O espaço está aberto para manifestações.

Em Rosário, Coopmar faturou R$ 10,8 milhões da gestão Irlahi Moraes
Cotidiano

Levantamento da CGU apontou irregularidades em contrato celebrado com a prefeitura do município. Cooperativa foi alvo de duas operações da PF, Seccor e Gaeco por fraude em licitação e desvio de dinheiro público

Alvo de pelo menos duas operações conjuntas da Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) e Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção) por fraude em licitação e desvio de dinheiro público, a Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços) faturou exatos R$ 10.850.442,77 da prefeitura de Rosário, na gestão da administradora Irlahi Linhares Moraes (MDB), por serviços supostamente prestados de terceirização.

Os recursos foram pagos durante os exercícios financeiros de 2014, 2015 e 2016, segundo análise do ATUAL7 nas prestações de contas do município.

Em levantamento da CGU (Controladoria-Geral da União), também integrante da força-tarefa da Operação Cooperari, foi constatado diversas irregularidades na contratação da cooperativa em Rosário, como direcionamento e montagem de licitação, bem como a impossibilidade de execução do contrato.

Apesar das graves descobertas feitas pelo órgão federal de fiscalização e combate à corrupção, até o momento, a gestão de Irlahi Moraes ainda não recebeu a visita surpresa da força-tarefa da Cooperari. A ação, porém, com o avanço das investigações, está na iminência de acontecer, em eventual nova fase da operação.

Conforme revelou o ATUAL7, em julho último, o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas no bojo da ação penal resultante das de operações deflagradas em Paço do Lumiar.

Segundo o magistrado, com o material, outros envolvidos em irregularidades com a Coopmar poderão agora ser eventualmente responsabilizados cível e criminalmente.

Além de Rosário e em Paço do Lumiar, segundo as investigações, a cooperativa atuou também em gestões municipais de Caxias, São José de Ribamar, Matinha, Coroatá, Peritoró, Viana, Grajaú, Presidente Dutra, Timon, Santa Rita, Chapadinha, São Domingos, Santa Helena, Arari e São Mateus do Maranhão, movimentando ao total cerca de R$ 230 milhões. Apenas deste último município, na gestão de Miltinho Aragão (PSB), mostrou o ATUAL7 nessa segunda-feira 5, a Coopmar embolsou R$ 3.318.440,36 dos cofres públicos.

Gestão Miltinho Aragão pagou R$ 3,3 milhões para a Coopmar
Cotidiano

Contratos celebrados com a prefeitura de São Mateus estão sob investigação. Cooperativa foi alvo da PF, Gaeco e Seccor na Operação Cooperari, em 2016 e 2018

No comando do município de São Mateus do Maranhão desde de 2013, o advogado Hamilton Nogueira Aragão, mais conhecido como Miltinho (PSB), é um dos 17 prefeitos maranhenses cuja gestão manteve contratos com a Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços), envolvida em casos de corrupção e que já teve seus cooperados-cabeças presos.

Ao todo, entre os exercícios financeiros de 2014 e 2016, período analisado pelo ATUAL7 nas prestações de contas da prefeitura, foram desembolsados dos cofres públicos na gestão do socialista exatos R$ 3.318.440,36 para a cooperativa, por suposta prestação de serviços de terceirização de manutenção e apoio administrativo.

Do montante, maior parte dos repasses ocorreu em 2015, quando R$ 1.977.832,90 saíram dos cofres de São Mateus para a conta bancária da Coopmar. O segundo ano de maior faturamento foi em 2014, R$ 1.246.668,90. Em 2016, foram R$ 93.938,56.

Naquele último ano, a Coopmar recebeu a visita da força-tarefa formada pela PF (Polícia Federal), Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas) e Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção), durante a deflagração da 1ª fase da Operação Cooperari, sob suspeita de desvio de dinheiro público da prefeitura de Paço do Lumiar. Houve ainda uma segunda visita no ano passado, quando os cooperados-cabeças foram presos.

Apesar de não ter sido alvo de nenhuma das duas fases da operação, segundo documentos obtidos com exclusividade pelo ATUAL7, a relação entre a gestão de Miltinho Aragão e a Coopmar foi devassada pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pelo Gaeco.

O avanço dos órgãos de prevenção e combate à corrupção sobre os vultosos repasses feitos pela prefeitura de São Mateus à cooperativa, inclusive, detectou diversos indícios de irregularidades nos contratos celebrados, bem como na execução destes.

Há pouco mais de uma semana, o ATUAL7 revelou que o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por organizações criminosas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas no bojo da ação penal que tem como réus quase uma dezena de operadores da Coopmar envolvidos no assalto aos cofres públicos de Paço do Lumiar.

O objetivo, segundo a decisão do magistrado, é que o material sirva para a eventual responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros envolvidos no esquema. Pode ter sido o pontapé para a 3ª fase da Cooperari.

Ronaldo Maciel autoriza compartilhamento de provas da Operação Cooperari
Cotidiano

Objetivo é auxiliar no avanço de investigações sobre outros municípios em que suposta orcrim também operou. Cerca de R$ 230 milhões foram movimentados

Deflagrada já em duas fases em Paço do Lumiar, a primeira em 2016 e a segunda em 2018, a Operação Cooperari deve avançar agora em outros municípios onde uma suposta orcrim (organização criminosa) também movimentou recursos públicos, na ordem de R$ 230 milhões, por meio da contratação da Coopmar (Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços).

Segundo apurou o ATUAL7, o juiz Ronaldo Maciel, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, privativa para processamento e julgamento de crimes cometidos por orcrins, há cerca de duas semanas, autorizou o compartilhamento de provas obtidas e produzidas no bojo da ação penal que tem como réus quase uma dezena de supostos envolvidos em assalto aos cofres públicos.

Pela decisão, o material da ação penal resultante das duas primeiras operações da Cooperari serão compartilhados com as promotorias de Justiça de Caxias, São José de Ribamar, Matinha, Coroatá (Termo judiciário de Peritoró), Viana, São Mateus, Grajaú, Rosário, Presidente Dutra, Timon, Santa Rita, Chapadinha, São Domingos, Santa Helena e Arari, para efeitos de responsabilização em improbidade administrativa e criminal de outros supostos envolvidos no suposto esquema.

Em todos esses municípios, aponta a investigação, por meio de contratos das administrações municipais com a Coopmar, a orcrim também teria operado e, possivelmente, desviado e lavado dinheiro. A cooperativa também manteve contrato com a Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão), na gestão de Gil Cutrim (PDT), atualmente deputado federal.

A força-tarefa que descobriu e desbaratou a suposta orcrim é formada pela CGU (Controladoria-Geral da União), Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas), 1a Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar e Seccor (Superintendência Estadual de Prevenção e Combate a Corrupção).

Ronaldo Maciel afrouxa cautelares de alvos da Operação Cooperari
Cotidiano

Decisão foi tomada de ofício pelo magistrado. Força-tarefa diz que Orcrim movimentou mais de R$ 222 milhões em 17 municípios

O juiz de primeira instância Ronaldo Maciel Oliveira, titular da 1ª Vara Criminal de São Luís, exclusiva para processamento e julgamento dos crimes de Organização Criminosa (Orcrim), decidiu afrouxar as medidas cautelares impostas a 16 alvos da Operação Cooperari.

Em decisão proferida no último dia 5, o magistrado revogou a medida cautelar de recolhimento noturno de todos os acusados. Também modificou a obrigatoriedade de comunicação e pedido de autorização de viagem, para que permaneça a medida cautelar somente em casos de viagens por prazo superior a oito dias. “Como já é jurisprudência firmada nesta Unidade Jurisdicional quando concedo liberdade com outras cautelares”, justificou.

A decisão foi tomada de ofício por Ronaldo Maciel, ao analisar pedido de reconsideração de decisão que havia indeferido solicitação de autorização de viagem do acusado Marcelo Antônio Muniz Medeiros de viagem para a cidade de Barreirinhas, sob a alegação de ter no local contrato até o final de 2019, e de onde tira o seu sustento.

Em desacordo com o parecer do Ministério Público do Maranhão, desta vez, ele deferiu o pedido.

Deflagrada inicialmente em dezembro de 2016, a Operação Cooperari teve a segunda fase deflagrada em outubro de 2018, para cumprimento de mandados de prisão preventiva contra integrantes da suposta Orcrim por lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.

Segundo força-tarefa formada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas), o suposto esquema criminoso teria movimentado mais de R$ 222 milhões em contratos irregularidades da (Coopmar) Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços com 17 prefeituras no estado, e com a Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão).

As duas fases já deflagradas da Cooperari, contudo, miraram apenas Paço do Lumiar, onde a Orcrim teria movimentado quase R$ 13 milhões, conforme apurado na primeira fase da operação.

Até o momento, embora envolva desvio de dinheiro público em 17 prefeituras, nenhum gestor municipal foi preso.

Promotoria aciona Gil Cutrim por esquema de R$ 15,7 milhões com a Coopmar
Política

Também são alvos pelo menos 12 ex-secretários municipais de São José de Ribamar

A 1ª Promotoria de Justiça de São José de Ribamar ingressou, no último dia 6, com uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-prefeito Gil Cutrim (PDT) e outras 12 pessoas por conta de irregularidades no contrato firmado entre a prefeitura municipal e a célebre Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (Coopmar).

Além do ex-prefeito e da própria Coopmar, figuram ainda na ação o presidente da entidade, João Batista Medeiros Muniz, e os ex-secretários municipais Raul Vitor Neves Menezes (Planejamento, Administração e Finanças), Gilvan Fernandes Oliveira ( Planejamento, Administração e Finanças), Maria do Socorro Araújo (Turismo, Lazer e Cultura), Fredson Cutrim Froz (Obras, Serviços, Habitação e Serviços Públicos) e André Franklin Duailibe da Costa (Transporte Coletivo, Trânsito e Defesa Social).

Também foram acionados os ex-secretários Iratan Barbosa dos Santos ( Transporte Coletivo, Trânsito e Defesa Social), Aurino da Rocha Luz (Educação), Edson Pedro de Sousa Calixto (Meio Ambiente), Sônia Maria Silva Menezes (Agricultura, Pesca e Abastecimento), José Isaac Costa Buarque de Holanda ( Agricultura, Pesca e Abastecimento, que atualmente exerce o mesmo cargo), Rodrigo Ericeira Valente da Silva (Saúde) e Pedro Oscar de Melo Pereira (Governo).

São José de Ribamar foi um dos municípios envolvidos na “Operação Coopmar”, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). As investigações verificaram que o endereço da Cooperativa era falso, além de obter farta documentação referente à montagem de processos licitatórios em centenas de municípios. Somente em São José de Ribamar, o total de recursos movimentado foi de R$ 15.774.269,82.

No município, o esquema atuou principalmente com recursos direcionados à educação. A Controladoria Geral da União (CGU) apontou que a prefeitura teria contratado 300 auxiliares de serviços gerais, que se somaram aos 219 auxiliares operacionais de serviços diversos já existentes. Com isso, criou-se uma média superior a cinco desses profissionais em cada uma das 102 escolas de São José de Ribamar.

Verificou-se, também, uma série de irregularidades no Pregão Presencial n.° 59/2013, como a falta de portaria que designasse os secretários municipais como ordenadores de despesas, além de não atender a diversas exigências da Lei de Licitações (8.666/93).

Para a promotora de justiça Elizabeth Albuquerque de Souza Mendonça, “restou evidente que o projeto de ‘terceirização’ para fornecimento de mão de obra correspondia a um artifício utilizado pelo município de São José de Ribamar para burlar a regra da obrigatoriedade do concurso público. O Pregão Presencial n° 059/2013 não passou de engodo tendente a mascarar a contratação superfaturada da Coopmar, sem qualquer observância dos princípios que regem a administração pública”.

Na ação, o Ministério Público do Maranhão requer que a Justiça determine, em medida liminar, a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos até o limite de R$ 15 milhões. Também foi pedida a determinação de pagamento por danos morais coletivos, a ser revertida ao Fundo Estadual de Proteção dos Direitos Difusos.

Se condenados por improbidade administrativa, os envolvidos estarão sujeitos à perda da função pública, pagamento de multa, ressarcimento dos danos causados aos cofres públicos, além de perda dos direitos políticos e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público, mesmo que por meio de empresa da qual sejam sócios majoritários.

Outro lado

Em nota, Gil Cutrim disse que ainda não recebeu nenhuma notificação oficial sobre a ação civil pública proposta pelo Ministério Público.

O ex-prefeito argumentou ainda que a contratação da Coopmar está sendo devidamente analisada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Maranhão, segundo ele, órgão técnico responsável pela análise da legalidade do ato, e que já teria recebido os esclarecimentos devidos a respeito do caso.

Ainda de acordo com Cutrim, a licitação que resultou na contratação da Coopmar foi realizada atendendo a todos os requisitos estabelecidos em lei.

Por fim, ele afirmou que, a exemplo do que ocorreu durante os seis anos da sua gestão, continua à disposição para prestar os esclarecimentos devido.

Inquérito apura irregularidades em contratos da Prefeitura de Timon com a Coopmar
Política

Investigada recebeu quase R$ 100 milhões no primeiro mandato do socialista. Valor é quase metade do adquirido pela cooperativa nos últimos três anos

O Ministério Público do Estado do Maranhão abriu Inquérito Civil, oficialmente, para apurar possíveis irregularidades e/ou ilegalidades em contratos assinados entre a Prefeitura Municipal de Timon e a Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (Coopmar).

As investigações tiveram início desde o último dia 6, e estão aos cuidados do promotor de Justiça Sérgio Ricardo Souza Martins. Segundo o Parquet, a instauração do inquérito se deu em razão da “necessidade de maior aprofundamento das investigações dos fatos já apontados nos autos do Procedimento Preparatório nº 004872-252/2015”.

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A Coopmar, que atua como empresa, foi alvo da megaoperação Cooperare, deflagrada em dezembro do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e Polícia Civil do Maranhão, após descobertas de surrupio de milhões dos cofres públicos.

O município de Timon tem como mandatário o prefeito Luciano Leitoa (PSB). Apenas no primeiro ano de mandato, entre 2014 e 2015, o socialista repassou quase R$ 100 milhões para a Coopmar.  O valor é quase a metade dos R$ 230 milhões que o Gaeco, a CGU e a Polícia Civil dizem ter passado pelas contas da Coopmar, nos últimos três anos.

Apesar das graves suspeitas sobre a atuação da cooperativa, no final de 2016, Leitoa aditou praticamente todos os contratos com a investigada.

Além de Timon, a Coopmar atuou em Timon, Caxias, Coroatá, Ribamar, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, Arari, São Mateus, São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha, Matinha, Grajaú, Viana e Paço do Lumiar - município alvo da Operação Cooperare.

Luis Fernando põe fim à Máfia da Coopmar em São José de Ribamar
Política

Tucano cortou o contrato com a entidade. Serviços de limpeza e condução de veículos serão feitos emergencialmente por outra empresa

O prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando Silva (PSDB), pôs fim à atuação da organização criminosa Cooperativa Maranhense de Trabalho (Coopmar) nas contas do município. A entidade, que funciona como empresa, foi alvo de mega operação conjunta do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no final de 2016, por desvios de R$ 170 milhões.

Diante da descoberta da máfia, ela teve o contrato cortado pelo tucano.

Por ora, os serviços de limpeza e condução de veículos estão aos cuidados de outra empresa. Conforme prevê a legislação específica, o contrato foi firmado de forma emergencial, enquanto o processo licitatório para a contratação permanece da terceirizada que ficará com os serviços está sendo aberto e, consequentemente, concluído.

A contratação emergencial da nova empresa foi aprovada pela população e servidores municipais, já que a administração pública estava abandonada e os repasses milionários à Coopmar feitos durante a gestão anterior, do ex-prefeito Gil Cutrim (PDT), estão sob suspeita desde a deflagração da Operação Cooperare pela CGU, Polícia Civil e Gaeco.

Segundo o ATUAL7 apurou, entre as várias irregularidades já detectadas pela nova gestão nos contratos efetuados pelo pedetista com a Coopmar, e que serão levadas ao Ministério Público do Maranhão e demais órgãos de controle e fiscalização, estão a falta de orçamento detalhado do termo de referência do processo; descumprimento do que previa o edital de contratação, duplicação de contatos; e violação à Súmula TCU 281, dentre outras.

Além de São José Ribamar, a Coopmar atuava ainda em outras 16 prefeituras maranhenses - Timon, Caxias, Viana, São Mateus, Grajaú, Paço do Lumiar, Coroatá, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha, Matinha e Arari -, que seguem investigadas. Ao todo, em apenas três anos, a quadrilha movimentou repasses na ordem de R$ 230 milhões.

A entrada da entidade nas contas dessas outras prefeituras, segundo investigações, teria sido feita sob a indicação da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), sobre o controle de seu ainda presidente, Gil Cutrim, que emitia pareceres favoráveis à contratação.

Luciano será diplomado hoje acossado por contratos de R$ 93 milhões com a Coopmar
Política

Dos 17 prefeitos investigados pela CGU, Polícia Civil e MP-MA, prefeito de Timon foi o que mais firmou contratos com a cooperativa

O prefeito reeleito de Timon, Luciano Leitoa (PSB), será diplomado nesta quarta-feira 14, às 17 horas, em meio a investigações da Controladoria-Geral da União (CGU), Polícia Civil e Ministério Público (MP) do Maranhão em seu primeiro ano de gestão, que finda no próximo dia 31.

Juntamente com outras 16 prefeituras e mais a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Leitoa é suspeito de firmar contratos direcionados com a Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (Coopmar), alvo de mega operação nessa terça-feira 13, por suposto desvio de dinheiro público que pode chegar a cifra de R$ 170 milhões. A cooperativa, que na verdade funcionava como empresa comum, terceirizava mão de obra às gestões, por meio de licitações apontadas pela força-tarefa da Operação Cooperare como fraudulentas.

De acordo com extratos de contratos da prefeitura de Timon, o município firmou contratos com a Coopmar na ordem de R$ 93 milhões, nos anos de 2014 e 2015, para gerir as folhas de pagamento de cinco secretarias: Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, Limpeza e Administração. O valor é quase a metade de tudo o que o CGU, Polícia Civil e o MP-MA afirmam que foi repassado pelos envolvidos para as contas da Coopmar nos últimos três anos, o total de R$ 230 milhões.

Alheio à farta documentação levantada pela força-tarefa, Luciano Leitoa nega qualquer irregularidade na contratação da cooperativa.

Como das 17 prefeituras – e mais a Famem – a de Timon foi a que mais firmou contratos com a Coopmar, as investigações contra Luciano Leitoa passarão a ser o centro da atenção da força-tarefa da Cooperare. Nos bastidores, comenta-se que, se Luciano conseguir escapar da CGU, Polícia Civil e o MP-MA, todos os outros prefeitos também escaparão.

Coopmar faturou R$ 15,6 milhões da prefeitura de Presidente Dutra
Política

Contratos celebrados por Juran Carvalho já haviam sido alvos de reportagem do ATUAL7 em 2015

A Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (Coopmar), principal alvo de uma mega operação realizada mais cedo pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) do Maranhão, atuou fortemente na prefeitura de Presidente Dutra, comandada pelo prefeito reeleito Juran Carvalho (PP).

Segundo levantamento feito pelo ATUAL7, entre 2014 e 2015, Juran firmou diversos contratos com a entidade, que somam o total de R$ 15.660.986,40 (quinze milhões, seiscentos e sessenta mil, novecentos e oitenta e seis reais e quarenta centavos).

Os contratos já havia sido alvo de reportagem do ATUAL7 em julho do ano passado, quando Juran Carvalho e mais quatro secretários municipais burlarem a realização de um concurso público em detrimento da contratação da Coopmar para o fornecimento de mão de obra para serviços auxiliares operacionais de manutenção, transporte e apoio administrativo.

À época, foi dito, inclusive, que a prefeitura de Presidente Dutra seria alvo de ação do MP-MA pela manobra.

Além de Presidente Dutra, as prefeituras de Grajaú, Viana, Timon, Caxias, Coroatá , São José de Ribamar, Peritoró, Rosário, Arari, São Mateus, São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha e Matinha também mantiveram contratos suspeitos com a Coopmar. Todas são alvos de investigação e da Operação Cooperar.

Gaeco, CGU e Civil deflagram operação contra quase 20 prefeituras no MA
Política

Prefeitos teriam contratado a cooperativa COOPMAR por meio de licitações fraudulentas. Prejuízo ao erário pode chegar a R$ 170 milhões

A 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) e a Polícia Civil, deflagraram, desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira 13, uma mega operação contra fraude em licitações em quase 20 prefeituras maranhenses.

De acordo com as investigações, as administrações municipais são acusadas de contratar as mesmas empresas para prestação de serviços terceirizados, em contratos viciados e direcionados.

Uma residencia no bairro do Bequimão e um escritório do Edifício Multi Empresarial no bairro do Renascença, ambos em São Luís, foram alvos de busca e apreensão.

Entre as prefeituras investigadas estão a de Grajaú, Viana, Timon, Caxias, Coroatá , São José de Ribamar, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, Arari, São Mateus, São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha e Matinha.

A operação ocorre após três anos de investigação. O dinheiro movimentado pela quadrilha, somente com uma empresa, chega à ordem de R$ 230 milhões e o prejuízo causado aos cofres públicos pela organização criminosa pode chegar ao montante de R$ 170 milhões.

O nome da operação é Cooperar, em referência à Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (COOPMAR), que teria sido a principal beneficiada no esquema.

Presidente Dutra dispensa concurso público e vai gastar R$ 7,4 milhões com terceirização
Política

Município contratou uma única empresa para fornecer mão de obra para as secretarias de Saúde, Educação, Administração e Finanças e Assistência Social

O prefeito de Presidente Dutra, Juran Carvalho (PV), e mais quatro secretários municipais, podem responder por improbidade administrativa por violação aos princípios da administração pública e assalto aos cofres do município ao burlarem a realização de um concurso público em detrimento da contratação de uma terceirizada para o fornecimento de mão de obra para serviços auxiliares operacionais de manutenção, transporte e apoio administrativo.

De acordo com o Diário Oficial do Estado, no dia 10 de março deste ano, o município celebrou pelo menos quatro contratos com uma mesma empresa, a Cooperativa Maranhense de Trabalho (Coopmar), a um custo total de R$ 7.477.251,00 (sete milhões, quatrocentos e setenta e sete mil, duzentos e cinquenta e um reais) para preenchimento de vagas na Saúde, Educação, Administração e Finanças e Assistência Social.

Todos os contratos têm vigência de apenas dez meses, e são suspeitos de direcionamento, já que a Coopmar já havia sagrado-se vencedora de licitações para as mesmas pastas em 2014, quando faturou R$ 8.183.735,40 (oito milhões, cento e oitenta e três mil, setecentos e trinta e cinco reais e quarenta centavos) pela mesma prestação de serviços.

Com as novas assinaturas, o dispêndio da Prefeitura de Presidente Dutra será de R$ 3.667.030,80 (três milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, trinta reais e oitenta centavos) pelo fornecimento de mão de obra para a Secretaria Municipal de Saúde; R$ 2.378.011,80 (dois milhões, trezentos e setenta e oito mil, onze reais e oitenta centavos) pelo fornecimento de mãe de obra para a Secretaria Municipal de Edução; R$ 781.672,80 (setecentos e oitenta e um mil, seiscentos e setenta e dois reais e oitenta centavos) pelo fornecimento de mão de obra para a Secretaria Municipal de Administração e Finanças; e, por último, R$ 650.535,60 (seiscentos e cinquenta mil, quinhentos e trinta e cinco reais e sessenta centavos) pelo fornecimento de mão de obra para a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Todos os setores são carentes de realização de concurso público, o que deve resultar numa ação do Ministério Público contra Juran Carvalho e os secretários Liliana Raposo Muniz de Sousa (Saúde), Jurivaldo Carvalho de Souza (Educação), Ciro Evangelista de Souza Neto (Administração e Finanças) e Winistan Carvalho de Oliveira (Assistência Social).