Conceição Madeira
Conceição Madeira deve regularizar situação da rede de saúde mental de Imperatriz
Maranhão

Recomendação é do Ministério Público, que atestou falta de alimentos, água e material de limpeza nos Caps e Residência Terapêutica

A secretária municipal de Saúde de Imperatriz, Conceição de Marias Soares Madeira, esposa do prefeito Sebastião Madeira (PSDB), deve regularizar, imediatamente, o fornecimento de alimentação, água e material de limpeza a todos os estabelecimentos da rede de saúde mental do município, Caps (Centro de Atenção Psicossocial) III, Caps Álcool e Drogas, Caps Infanto Juvenil e Residência Terapêutica.

A recomendação é do Ministério Público do Maranhão, e foi expedida desde o dia 3 de fevereiro. De acordo com o órgão, após o recebimento de denúncia apontando os problemas, foi constatado a precariedade no fornecimento de alimentos e material de limpeza e a interrupção do fornecimento de água.

"Em todos os estabelecimentos da rede de saúde mental de Imperatriz faltam alimentos básicos para fornecer lanches e refeições. A situação é similar em relação aos materiais de limpeza. Inclusive, faltam equipamentos de proteção individual, como luvas, botas e máscaras", disse o promotor Newton Bello Neto, titular da 5ª Promotoria de Justiça Especializada em Defesa da Saúde.

Além dele, assinam a Recomendação os promotores de Justiça Alline Matos Pires, titular da 4ª Promotoria de Justiça Especializada em Defesa do Idoso e das Pessoas com Deficiência; e Alenilton Santos, titular da 9ª Promotoria de Justiça Especializada em Defesa da Infância e Juventude.

Vídeo: Wellington flagra hospital tomado por baratas em visita ao Socorrão de Imperatriz
Política

Parlamentar cobrou esclarecimento a secretária municipal de Saúde, Conceição Madeira, que é mulher do prefeito Sebastião Madeira

Durante passagem em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, em cumprimento à agenda política na Região Tocantina, o deputado estadual Wellington do Curso (PPS) fez uma visita surpresa, na tarde da última sexta-feira 28, ao Hospital Municipal de Imperatriz, o Socorrão, onde ficou estarrecido com a situação ali encontrada.

Wellington do Curso flagra hospital tomado por baratas em visita surpresa ao Socorrão de Imperatriz. Mais em: http://www.atual7.com/?p=13353

Posted by Atual7 on Segunda, 31 de agosto de 2015

Uma gravação feita pelo próprio parlamentar mostra que a unidade de saúde encontra-se em estado de precariedade e desumanidade.

O local está completamente tomado por baratas (veja ao lado).

Além do vídeo, imagens feitas pela equipe do deputado estadual também mostram o descaso da administração tucana com quem precisa do sistema público de saúde do município. O caso, que é de polícia, também pode ser observado, segundo Wellington, nas conversas que teve com os pacientes.

Parlamentar cobrou esclarecimentos e passa a companhar o drama de quem precisa dos serviços do Socorrão de Imperatriz
Divulgação Caos e desumanidade Parlamentar cobrou esclarecimentos e passa a companhar o drama de quem precisa dos serviços do Socorrão de Imperatriz

"Ao conhecer de perto o hospital municipal de Imperatriz, pude comprovar quanto a nossa saúde ainda encontra-se na 'UTI'. Ao passar por cada parte vemos o caos: super lotação, pacientes espalhados por macas e tomando soro nos corredores, sendo que a bolsa é segurada por eles próprios, dentre tantas outras mazelas que ferem a dignidade humana. O hospital de Imperatriz está literalmente jogado às baratas. Enquanto representante do povo maranhense não me calarei diante de atos desumanos como este", relatou.

Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, já nesta segunda-feira 31, Wellington do Curso levou a grave problemática para a tribuna da Casa, onde discorreu sobre o caos encontrado na unidade hospitalar.

Na ocasião, o parlamentar comunicou que já encaminhou requerimentos ao Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (CAOp), solicitando a fiscalização no Hospital Municipal de Imperatriz; e à secretária Municipal de Saúde, Conceição Madeira, que é mulher do prefeito Sebastião Madeira (PSDB) e responde por suspeita de gatunagem com R$ 6,5 milhões destinado para o setor, solicitando esclarecimentos imediatos sobre a má prestação de serviços de saúde no município, além do prédio estar tomado por baratas, do esgoto estar sendo jogado em vários pontos da entrada do hospital e da estrutura estar toda se deteriorando.

Mulher de Sebastião Madeira causou prejuízo de R$ 6,5 milhões aos cofres de Imperatriz
Política

Secretária de Saúde do município, Conceição Madeira contratou irregularmente a Clínica Cirúrgica de Imperatriz Ltda. Ex-titular da pasta também está envolvido no esquema

A Procuradoria da República no Município (PRM) de Imperatriz, órgão ligado ao Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão, propôs ação contra a esposa do prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, e atual secretária municipal de Saúde da cidade, Conceição Maria Soares Madeira, por improbidade administrativa.

Além dela, também foram denunciados o ex-secretário municipal de Saúde, Mamede Vieira Magalhães, a Clínica Cirúrgica de Imperatriz Ltda e seus sócios, Cloves Dias de Carvalho e Alisson Mota de Aguiar. Conceição Madeira é secretária de Saúde desde 2010 e Mamede Magalhães foi secretário entre os anos de 2009 e 2010.

A investigação foi iniciada pelo MPF-MA com o objetivo de apurar denúncias de que a Saúde municipal de Imperatriz teria contratado a clínica sem procedimentos licitatórios. Dessa forma, foi solicitada realização de auditoria ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus).

Em análise de documentação de 2009 a 2012, segundo o MPF-MA, o Denasus confirmou a ausência de processo licitatório e indevida prorrogação de contratos, além de constatar que os dois sócios da empresa eram também diretores do Hospital Municipal de Imperatriz à época, o que reforça a suspeita de direcionamento da contratação. Servidores de órgão contratante são proibidos por lei de participar de processos licitatórios. Segundo o MPF-MA, a prática criou um prejuízo de pouco mais de 6.5 milhões de reais aos cofres públicos.

Na ação, o órgão quer que cada denunciado responda individualmente e requer a indisponibilidade de bens e o ressarcimento integral e atualizado aos cofres públicos.