Ciro Nogueira
PF deflagra Compensação e faz buscas em endereços de Ciro Nogueira
Política

Investigação apura supostos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira 22, a Operação Compensação, em desdobramentos de investigações decorrentes de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) tendo como principal investigado o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que também é presidente da legenda.

De acordo com a PF, a operação foi autorizada pela ministra Rosa Weber, do STF.

A investigação apura supostos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, tendo como ponto de partida depoimentos prestados por colaboradores que afirmaram terem repassado cerca de R$ 43 milhões ao Partido Progressista, em pagamentos em espécie e doações oficiais.

O dinheiro teria sido intermediado por Ciro Nogueira, em troca de apoio político do partido na campanha eleitoral para a eleição presidencial de 2014.

Cerca de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina (PI), Brasília (DF) e São Paulo (SP), além de intimações para fins de depoimentos dos envolvidos. A PF fez buscas em residências e sedes de duas empresas ligadas ao senador.

Outro lado

A defesa de Ciro Nogueira, feita pelo advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, emitiu nota sobre a Operação Compensação:

“A defesa do Senador Ciro Nogueira vem denunciar, mais uma vez, o direito penal do espetáculo. O que está sendo apreendido nesta busca e apreensão é o que foi recentemente restituído pelo Supremo Tribunal em virtude de outra operação que não resultou em Ação Penal, o Supremo rejeitou a Denúncia, pois baseada tão somente na palavra de outro delator. Tal constrangimento poderia ser evitado com a simples intimação do Senador para prestar esclarecimento pois, é evidente, este sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário”, afirmou.

PF faz busca e apreensão em inquérito que investiga Ciro Nogueira
Política

Operação está sendo deflagrada em dois endereços relacionados ao senador no Piauí

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira 27, operação de busca e apreensão em dois endereços ligados ao senador Ciro Nogueira, em Teresina, no Piauí. Ele é do Partido Progressista, o PP, que no Maranhão é comandado pelo deputado federal André Fufuca e aliado do governador Flávio Dino (PCdoB). O senador progressista é candidato à reeleição no Senado.

Os mandados contra Ciro Nogueira foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em inquérito que apura os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticados por empresários, políticos e doleiros.

As investigações tiveram início a partir de acordos de colaboração premiada firmados por executivos da Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da Lava Jato. Dino também chegou a ser alvo de uma sindicância pela força-tarefa, por suposto recebimento ilícito de R$ 400 mil, mas o procedimento acabou sendo arquivado por falta de vontade do Ministério Público Federal (MPF) em continuar com as investigações.

Já em relação ao senador Ciro Nogueira, segundo investigadores, os depoimentos dos empresários apontaram os caminhos percorridos pelo dinheiro que teria sido desviado de obras públicas concedidas à empreiteira.

Lava Jato faz buscas nos gabinetes de Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira
Política

Operação foi deflagrada em conjunto com a PGR e autorizada pelo ministro Edson Fachin

A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta terça-feira 24, mandado de busca no gabinete e também na casa do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e também no gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

O mandado foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação é sobre tentativa de obstrução de Justiça.

A operação foi deflagrada em conjunto com a Procuradoria Geral da República (PGR). A PF também cumpre um mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima.

Ciro, que é presidente nacional do PP, está em Portugal com a família.

Seduc pagou R$ 1,2 milhão para empresa de engenharia por “Publicidade e Propaganda”
Política

Contratada por dispensa de licitação, empresa tem como sócia Daniela Cunha, apontada pela PF como sócia do senador Ciro Nogueira

Levantamento feito pelo Atual7 no Portal da Transparência do Governo do Maranhão traz um dado no mínimo curioso - pra não dizer característico de desvio de dinheiro público.

Termo de ratificação de dispensa de licitação esconde nome de Daniele Cunha na assinatura do contrato
Diário Oficial MA Transparência? Termo de ratificação de dispensa de licitação esconde nome de Daniela Cunha na assinatura do contrato

Contratada pelo governo Flávio Dino, por dispensa de licitação, para realização de fiscalização e monitoramento das obras pactuadas com o FNDE e BNDES, em atendimento às demandas do setor de engenharia da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a empresa Pública Consultoria, Contabilidade e Projetos Ltda recebeu, no dia 2 de junho passado, o total de R$ 1.262.688,94 (um milhão, duzentos e sessenta e dois mil, seiscentos e oitenta e oito reais e noventa e quatro centavos) por serviços de publicidade e propaganda.

Pelo valor do contrato, assinado em março e com vigência de apenas 90 dias, outros R$ 2.540.260,36 (dois milhões, quinhentos e quarenta mil, duzentos e sessenta reais e trinta e seis centavos) ainda devem cair nos próximos dias na conta da empresa.

Com sede em Teresina, no Piauí, de acordo com cadastro na Receita Federal, a Pública Consultoria, Contabilidade e Projetos pertence aos sócios Igo Santos Barros e Daniela Roberta Duarte da Cunha, que responde a denúncia protocolada pela Corregedoria Geral da Polícia Federal em que é acusada de desvio de verba.

Segundo o Ministério Público Federal, Daniela é laranja do senador Ciro Nogueira e do presidente do Denatran, Júlio Arcoverde, lideranças do PP nacional, partido do vice-presidente da Câmara Federal, deputado Waldir Maranhão, aliado de primeira hora do governador Flávio Dino. Por foro do senador, o caso está sendo acompanhado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O Atual7 entrou em contato com o secretário de Transparência e Controle, Rodrigo Lago, e questionou sobre a inserção de dados no portal orçamentário. De acordo com Lago, as informações referentes às despesas realizadas por todos os órgãos e entidades do Estado são alimentadas diretamente pelo Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem). "Portal se alimenta do Siafem. Software extrai do Siafem e lança no Portal", disse.

Questionado sobre pagamentos estarem sendo realizados por serviços diferentes aos do objeto do contrato, o secretário não quis se manifestar. Ele também não respondeu se tinha conhecimento que a sócia da Pública enfrenta problemas com a PF por escamoteio de dinheiro público.

A reportagem ainda tentou contato com o secretário de Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves - responsável pelo treinamento dado aos servidores que operam o novo Siafem 2015 -, e com a secretária de Educação, Áurea Prazeres, mas não obteve êxito até a publicação desta matéria.

Embora a finalidade da contratação seja de serviços de engenharia, empresa de Daniele Cunha recebeu mais de R$ 1 milhão por "publicidade e propaganda"
Portal da Transparência MA Suspeita de desvio Embora a finalidade da contratação seja de serviços de engenharia, empresa de Daniela Cunha recebeu mais de R$ 1 milhão por "publicidade e propaganda"