Duarte Júnior tenta colar que descoberta de apadrinhamento é perseguição ao Procon
Política

Duarte Júnior tenta colar que descoberta de apadrinhamento é perseguição ao Procon

STF e ação popular questionam entrada de mais de 300 pessoas no órgão sem a realização de concurso público

O presidente do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Duarte Júnior, encontrou uma saída à lá comunista para tentar escapar do olho do furacão desde a descoberta de que mais de 300 pessoas foram colocadas no órgão sem a realização de concurso público.

Pré-candidato a deputado estadual pelo PCdoB, o presidente do Procon no Maranhão entrou no embalado da força-tarefa do instituto, constituída principalmente por alunos apadrinhados por ele, e tem utilizado as redes sociais para tentar colar que os questionamentos feitos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito das sinecuras não passam de uma perseguição de empresários e empresas alvos de ações do Procon-MA.

“Qual o interesse que um sindicato tem para buscar o STF na tentativa de desconstruir a imagem e as ações realizadas pelo PROCON/MA? (...) Precisamos refletir sobre quais são os reais interesses que estão por trás de ações temerárias e sem qualquer fundamento”, contesta.

A saída também tem sido adotada pelo próprio Palácio dos Leões.

Desde a revelação do pedido urgente de informações feito pelo ministro do Supremo Alexandre de Morais, secretários, subsecretários e outros membros do governo que também entraram no serviço público sem precisar realizar concurso têm defendido que o trabalho desenvolvido por Duarte Júnior no Procon justificaria os apadrinhamentos. Um deles, dos mais recentes, foi o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, que acumula ainda a Reitoria do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA), Jhonatan Almada.

Segundo Almada, a entrada do STF para moralizar a coisa pública no Procon seria uma atitude invasiva, e que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), proposta pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen), para que o instituto exonere os sinecurados e abra concurso público, como prevê a própria legislação que instituiu a autarquia, é desespero de quem atua fora da lei.

“Causa estranheza que o Judiciário queira fazer o papel do Executivo no caso do Procon e dizer como se deve fazer gestão pública. (...) Este episódio evidencia o grau de desespero de quem atua fora da lei e deseja impedir a excelente atuação do Procon pelos direitos”, defende.

Enquanto a força-tarefa do Procon tenta quebrar a internet com a estratégia de perseguição, o prazo para que Flávio Dino e Duarte Júnior apresentem explicações ao Supremo sobre os apadrinhados começa a contar. E no STF — assim como na Vara de Interesses Difusos e Coletivos —, não serão trocas de tweets e curtições nas redes sociais, e nem discursos contra a lei, que vão convencer a Justiça.



Comentários 2

  1. Eloi

    Apesar da competência do DrEduardo Jr, a lisura e a ética jamais poderiam ser quebradas,exonera todos apadrinhados e faz concurso!!!

  2. caio arruda

    Adimiro muito o teu trabalho. Jaja a justiça vai ler teu post e ver que tem fundamenração jurídica.

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