Máfia dos Caça-níqueis: Promotoria investiga delegado Joviano Furtado
Política

Máfia dos Caça-níqueis: Promotoria investiga delegado Joviano Furtado

Casa de bingo clandestina estava vazia durante operação da Seic. Ação só foi possível após arrombamento da porta do estabelecimento. Delegado se recusou a fornecer a chave do local

A 23.ª Promotoria de Justiça Especializada – 1.ª do Controle Externo da Atividade Policial abriu procedimento preparatório para investigar suposta prática de improbidade administrativa por parte do delegado Joviano Furtado de Mendonça, durante deflagração de operação do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), em outubro do ano passado, para conter a chamada Máfia dos caça-níqueis em São Luís.

Os levantamentos estão aos cuidados do promotor de Justiça José Cláudio Cabral Marques, e foram iniciados oficialmente, a partir de publicações de blogs, desde o dia 10 de fevereiro último. O Parquet apura se há envolvimento do delegado no sumiço de máquinas caça-níqueis de uma casa de jogos de azar clandestina localizada nas proximidades do Mercando Central, localizado no Centro da capital.

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Durante a deflagração da operação, agentes da Seic que estiveram no local para catalogar e recolher as máquinas caça-níqueis descobriram que a casa de jogos estava completamente vazia. Um dia antes, Joviano Furtado havia diligenciado no mesmo local, por ser de sua circunscrição, e provocado crise entre as autoridades policiais por haver prendido, sem provas, um investigador de polícia da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), sob acusação de extorsão; e deixado de autuar os contraventores, lacrar o local, ter ficado de posse da chave do estabelecimento e de, ainda, não ter apreendido as máquinas caça-níqueis.

A descoberta só foi possível após muita confusão e os agentes arrombarem a porta do estabelecimento, em razão do delegado se negar a fornecer a chave e abrir a porta do bingo clandestino — confira no vídeo abaixo.

À época, o delegado-geral da Polícia Civil, Lawrence Melo, chegou a ter tentar jogar panos quentes na trama, afirmando que parecia ter havido apenas um “desentendimento” entre Joviano Furtado e os policiais da Seic.

O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) do Estado do Maranhão e a Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) do Estado do Maranhão, entidades representativas das duas classes, também se envolveram na confusão,por meio de notas oficiais em que trocaram acusações de corrupção.



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