A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), conseguiu se livrar de mais um processo de corrupção, restando apenas um ano e meio para as eleições de 2018. Nessa segunda-feira 13, a peemedebista foi absolvida pela 7ª Vara Criminal de São Luís da acusação de se locupletar de dinheiro público e de utilizar cerca de R$ 1,95 milhão da saúde em sua campanha eleitoral de 2010.

Esta já é a terceira vez, em menos de seis meses, que Roseana escapa de denúncias graves de grande repercussão negativa. Embora não tenha declarado publicamente que possa concorrer novamente ao comando do Palácio dos Leões, ela é apontada em pesquisas de consumo interno como principal adversária de Flávio Dino (PCdoB) no pleito do ano que vem — e única que pode, inclusive, barrar a reeleição do comunista.

Em novembro do ano passado, a ex-governadora teve arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito aberto contra ela pela Polícia Federal por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A PF apurava a suspeita de que Roseana Sarney teria recebido R$ 2 milhões do esquema de desvios da Petrobras, também para financiar a campanha daquele ano.

Nos dois processos, o livramento foi dado por não ter ficado evidenciado a prática de delitos criminais que teriam sido supostamente cometidos pela maior estrela do PMDB do Maranhão.

Além dos inquéritos de corrupção, Roseana também se viu livre, em fevereiro deste ano, de uma ação movida contra ela pela Força Nacional da Defensoria Pública e Ministério Público Federal (MPF), refente ao caos e banho de sangue ocorridos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, entre os anos de 2013 e 2014.

Os autores requereram a condenação da peemedebista por dano coletivo, em razão dos 64 assassinatos de presos dentro da unidade prisional maranhense. Ao analisar o caso, a 3ª Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) julgou o pedido improcedente.

Caso Sefaz

Apesar dos três desembaraços, Roseana Sarney ainda enfrenta outros processos, dentre eles a acusação de ter desfalcado os cofres do Estado em cerca de R$ 1 bilhão, no famoso Caso Sefaz.

O suposto crime teria sido cometido por meio de compensações de precatórios por débitos de ICMS. No início de fevereiro último, inclusive, em razão da acusação, a Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias e sequestro de todos os seus bens.

Contudo, o ATUAL7 apurou que, devido a falta de fundamento da decisão e, principalmente, em razão dos beneficiários no suposto esquema fiscal serem grandes empresários — dentre eles os proprietários do Grupo Mateus, Canopus, Armazém Paraíba e FC Oliveira — todo o processo caminha para ser arquivado em segunda instância.