Edison Lobão, investigado na Lava Jato, vai presidir a CCJ
Política

Edison Lobão, investigado na Lava Jato, vai presidir a CCJ

Senador maranhense disputou como favorito de Renan Calheiros e homem de confiança de José Sarney

O senador maranhense Edison Lobão (PMDB) foi o indicado de seu partido para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado pelos próximos dois anos. Colegiado mais importante da Casa, a CCJ será responsável, dentre outras atividades, por sabatinar Alexandre de Moraes indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Favorito de Renan Calheiros (PMDB-AL) e homem de confiança do ex-presidente José Sarney, Lobão já teve dois inquéritos arquivados e é alvo de outros dois inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato. Por ter foro privilegiado, será julgado pela mais alta corte do país caso as investigações se convertam em processo contra ele.

O senador maranhense foi citado em delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, por supostamente solicitar R$ 2 milhões em propina para campanha eleitoral da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), em 2010. O então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, morto em janeiro último em acidente de avião, arquivou o inquérito no ano passado, por falta de provas.

Um dos inquéritos em que Lobão ainda é investigado apura fraudes na Petrobras articuladas por um grupo do PMDB. O segundo investiga desvios nas obras das usinas de Belo Monte e Angra 3, quando ele era ministro das Minas e Energia durante o governo Dilma Rousseff.



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