Andrea denuncia superfaturamento de medicamentos na Emserh
Política

Andrea denuncia superfaturamento de medicamentos na Emserh

Remédio oncológico foi adquirido 68% acima do valor registrado pelo próprio governo. Deputada já havia denunciando superfaturamento de 500% em outros produtos

A deputada Andrea Murad (PMDB) voltou a denunciar a ocorrência de superfaturamento na compra de medicamentos pela Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES).

De acordo com a parlamentar, o novo superfaturamento estaria ocorrendo agora na contratação da empresa Mercúrio Comércio de Produtos Médicos Hospitalares. Há uma semana, ela já havia denunciando o suposto ganho por fora da Emserh na contratação da empresa Certa Medicamentos, que forneceu remédios oncológicos com valores até 500% a mais do registrado em ata pelo próprio governo comunista e bem acima do praticado em outros estados da federação.

“Por meio do Pregão Eletrônico 5/2016, foi licitado o medicamento oncológico Bortezomibe. Em junho foi publicado o Registro da Ata de Preços 167/2016, assinada com a empresa Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda, registrando esse medicamento no valor unitário, frasco ampola, de R$ 1.911,31. Mas, mesmo com a Ata de Registro de Preço com a Sandoz, a Emserh preferiu adquirir o medicamento em agosto com a empresa Mercúrio, por meio de dispensa de licitação, por R$ 2.795,00. Um valor 68% acima do registrado em ata, causando um prejuízo de cerca de R$ 172.320,00”, disparou.

A peemedebista explicou que o mais grave sobre a venda desse medicamento está no fato da própria Emserh ter comprado dois meses depois, em novembro, o mesmo produto, por meio da Sandoz do Brasil.

“Em novembro, a Emserh comprou o mesmo medicamento pela Ata de Registro de Preços. Ora, qual a justificativa? Havia uma Ata de Registro de Preços, não utilizou, contratou por dispensa uma outra empresa, comprou dela com preço superfaturado, 68% a mais. Depois a Emserh volta a comprar o mesmo medicamento no valor registrado em junho. Qual a justificativa para fazer por dispensa uma compra superfaturada?”, questionou.



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