Em coletiva, Marcelo Coelho chama agentes da Polícia Federal de “burros”
Política

Em coletiva, Marcelo Coelho chama agentes da Polícia Federal de “burros”

Ofensa foi feita em resposta a visita da PF às sedes da TV Difusora e Mirante. Agentes procuravam pelo secretário

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho, chamou de “burros” os agentes da Polícia Federal que participaram da Operação Hymenaea, deflagrada nas primeiras horas da manhã de quinta-feira 14, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Ministério Público Federal (MPF), e policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Brasília e do Rio de Janeiro.

A ofensa foi feita durante coletiva de imprensa em que Coelho tentava explicar que não estava foragido da PF e que não havia qualquer mandado de prisão contra ele no bojo Hymenaea. É que, horas antes, os federais haviam visitado a sede do Sistema Difusora, em veículo descaracterizado, à caça do secretário. Ele era esperado para uma entrevista ao vivo, mas coincidentemente não apareceu.

“Burros! Primeiro, vamos ver porque eles queriam a minha presença”, respondeu o titular da Sema após um sorriso de deboche.

Antes de chamar os agentes da PF de “burros”, Coelho afirmava na coletiva que todos os processos em sua gestão são transparentes. Uma nota enviada posteriormente pela Secretaria de Estado da Comunicação Social e Articulação Política, porém, coloca a afirmar em dúvida. Segundo a nota, entre os processos de licenciamento e extração de madeira apreendidos pela PF na Sema, que tratam de pedido de emissão de licenças por empresas do setor, estão os de 2015, isto é, do primeiro ano de gestão de Coelho na pasta.

De posse dos documentos, a Polícia Federal pretende se aprofundar as investigação com o objetivo combater uma organização criminosa (Orcrim) ligada à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal, provenientes da Terra Indígena Caru e da Reserva Biológica do Gurupi. Segundo a PF, a Orcrim pode ter movimentado cerca de R$ 60 milhões.



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