Quase 60% dos pré-candidatos a prefeito de São Luís não alcançam dois dígitos
Política

Quase 60% dos pré-candidatos a prefeito de São Luís não alcançam dois dígitos

Apenas três postulantes ao cargo já aparecem com mais de dois dígitos nas pesquisas. Restante sequer consegue chegar a 5% das intenções de votos

A pesquisa de intenções de votos do Instituto Prever/Blog do Neto Ferreira/TV Difusora, divulgada nesta quinta-feira 23, apenas confirmou o que os outros institutos — Escutec, Econométrica e Exata — já haviam mostrado: o crescimento do deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Luís, Wellington do Curso (PP); a queda livre do atual prefeito, Edivaldo Holanda Júnior (PDT); a estagnação da deputada Eliziane Gama (PPS); e, o dado mais vexaminoso: todos os outros pré-candidatos ao cargo não conseguem alcançar sequer dois dígitos em todos os levantamentos feitos até agora sobre a preferência do eleitorado.

Último de todos os postulantes a lançar-se oficialmente pré-candidato, Wellington vem crescendo com desenvoltura assustadora a cada levantamento feito, apesar de só ter decidido pela pré-candidatura há pouco mais de uma semana, chegando a já ameaçar seus adversários e, inclusive, se levado em conta as margens de erro das pesquisas, pode já estar na liderança das intenções de votos dos ludovicenses.

Edivaldo, apesar da multidão de partidos loteados nas contas da prefeitura, do uso massivo [e criminoso] do tempo de propaganda partidária dessas legendas, de causas estranhas ganhas na Justiça, e da campanha aberta promovida pelo Palácio dos Leões, não consegue sequer manter a intenção de votos de pesquisas anteriores. O pedetista, é verdade, conseguiu alcançar 19% da preferência do eleitorado, porém não consegue chegar novamente aos 20% que tinha nas primeiras pesquisas.

Ainda líder em todas as pesquisas e cenários até aqui, Eliziane Gama estagnou, provocando a antes larga para uma hoje tímida vantagem em relação demais pré-candidatos, já tendo a liderança ameaçada. Muito disso atribui-se à falta de confiança que o eleitorado passou a nutrir por ela ter retirado a candidatura ao cargo majoritário, em 2014; de supostos acordos não cumpridos com a classe política, e de uma histórica cinematográfica que envolve o ex-prefeito João Castelo (PSDB), uma lavagem de cabelo e alguns milhões.

Já os outros pré-candidatos — leia-se Eduardo Braide (PMN), Fábio Câmara (PMDB), Rose Sales (PMB), Bira do Pindaré (PSB) — todos em pré-campanha há meses e com gordura de quatro ou mais anos de mandato além de apadrinhamentos e parentesco com políticos, não conseguem chegar a dois dígitos em todas as pesquisas divulgadas. Alguns até, como Braide, sequer conseguem chegar a 5%, entrando no cenário, em sua grande maioria, apenas para atrapalhar ou barganhar na eleição.



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