Conselho de Ética deve suspender Waldir Maranhão
Política

Conselho de Ética deve suspender Waldir Maranhão

Deputado pode ser punido com a suspensão de suas prerrogativas parlamentares após ter anulado o processo de impeachment da presidente Dilma

Integrantes do Conselho de Ética admitiram ao Atual7 que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), pode ser punido com a suspensão de suas prerrogativas parlamentares após — aconselhado pelo governador Flávio Dino (PCdoB), ter anulado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Ontem, o PSD e o DEM ingressaram representação por quebra de decoro parlamentar contra Maranhão por ter sustado uma decisão do plenário da Casa. Para eles, o parlamentar teve uma “atitude indigna”.

“O deputado Waldir Maranhão adotou ato incompatível e atentatório ao decoro parlamentar e violou os deveres fundamentais, que devem ser observados pelos deputados federais”, descreve um trecho da representação do Democratas.

A representação foi protocolada no início da noite dessa segunda-feira 9. Entretanto, integrantes do Conselho de Ética já admitem que a cassação de mandato seria uma punição extremamente dura ao parlamentar maranhense. “Cassar é complicado, mas suspender sim”, admitiu um integrante da direção do colegiado sob condição de anonimato.

Em rápido e tumultuado pronunciamento, o deputado Waldir Maranhão negou qualquer tipo de ilegalidade em sua decisão. “Nós não estamos nem estaremos em momento algum brincando de fazer democracia”, descreveu.

Além disso, está marcada para esta terça-feira 10 uma reunião da Mesa Diretora da Câmara para formatar um recurso em plenário contra a decisão de Waldir. A ideia é que os líderes partidários convoquem uma sessão extraordinária na noite de hoje para votar esse recurso que visa, exatamente, derrubar o ato do presidente interino da Casa.

A convocação de sessão extraordinária é um ato do presidente da Câmara, mas, se houver acordo, os líderes partidários podem convocar a reunião plenário à revelia da Presidência, segundo informaram técnicos da Secretaria-Geral da Mesa. “O presidente interino tem que ajudar, não atrapalhar”, descreveu o primeiro secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).

A decisão de Waldir aumentou o coro para que a Secretaria-Geral da Mesa classifique como vago o cargo de Eduardo Cunha. A ideia é tirar, “o quanto antes”, nas palavras de um integrante da Mesa, o presidente interino da Câmara.

Uma ideia é que a própria Mesa Diretora declare vago o cargo de Eduardo Cunha. Essa possibilidade começará a ser discutida também nesta terça-feira.



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