Oposição vai pedir busca e apreensão em hotel visitado por Waldir Maranhão
Política

Oposição vai pedir busca e apreensão em hotel visitado por Waldir Maranhão

Vice-presidente da Câmara mudou de voto sobre impeachment após encontrar-se com o ex-presidente Lula no local

Partidos de oposição anunciaram, na tarde deste sábado 16, que irão protocolar representação na Procuradoria da República no Distrito Federal solicitando abertura de inquérito policial e decretação de medida cautelar de busca e apreensão de eventuais provas no hotel Royal Tulip, em Brasília, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado e montou um espécie de bunker anti-impeachment.

Os oposicionistas querem investigar suposta compra de votos contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, conforme suspeita-se que tenha ocorrido com o vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que, sob articulação do governador Flávio Dino (PCdoB-MA), mudou de voto após visita a Lula na tarde de ontem 15. O vídeo ao lado mostra o momento em que ele chega ao hotel e é abordado pela executiva Carla Zambelli.

"Vamos fazer uma representação junto ao Ministério Público Federal em virtude de muitas denúncias não republicanas de ocorrências no hotel", afirmou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA).

O partido também quer que a PF instaure inquérito para apurar a obstrução de rodovias federais por movimentos sociais ligados ao PT.

"Compra de votos"

Já DEM, PPS, PSDB, PSC e PTB informaram que irão no final desta tarde à Superintendência da Polícia Federal para apresentar denúncia crime contra a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e os ministros Eva Chiavon (Casa Civil), Eugênio Aragão (Justiça), Aloísio Mercadante (Educação), Jaques Wagner (chefe de gabinete), José Eduardo Cardozo (Advogado-Geral da União), Luiz Navarro (Controladoria-Geral da União), além dos governadores Ricardo Coutinho (PSB-PB), Waldez Góes (PDT-AP), Camilo Santana (PT-CE) e Wellington Dias (PT-PI).

Embora citado pelos deputados de oposição como um dos governadores que está negociando cargos no Executivo estadual em troca de votos pró-Dilma, o nome do governador Flávio Dino não foi incluído no documento. Ainda assim, segundo o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), o comunista também é alvo da notícia-crime.

"A peça cita esses governadores como exemplo, mas todos os governadores do Nordeste que negociaram cargos são alvo da ação", afirmou.



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