Flávio Dino responde a Zé Reinaldo: “Não sou oportunista”
Política

Flávio Dino responde a Zé Reinaldo: “Não sou oportunista”

Governador do Maranhão chateou-se por o socialista ter votado a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff

O governador Flávio Dino (PCdoB) usou as redes sociais, nesta terça-feira 19, para responder ao ex-governador e deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB-MA). Em artigo no Jornal Pequeno, Tavares detalhou os motivos que o levaram a votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em desacordo com o pedido feito pelo comunista. “Há coisas que uma pessoa de caráter não tem condições de fazer”, relatou o parlamentar.

Em resposta, o governador do Maranhão declarou que não é “oportunista”, não tem “vocação para Pilatos” e que fica indignado em “ver a primeira mulher presidente do Brasil, sem ter praticado qualquer crime, ser golpeada de modo tão vil”. “Quem me conhece sabe que sou uma pessoa de diálogo. Mas também de princípios. Sigo recomendação de Max Weber: nem fanático, nem cínico”, alfinetou ainda.

O rompimento entre Flávio Dino e Zé Reinaldo — apenas da parte do comunista, frisa-se — ocorreu pelo vexame passado pelo chefe do Executivo junto ao Palácio do Alvorada. Desde quarta-feira passada, quando viajou a Brasília para articular votos junto a bancada maranhense, Dino gabava-se aos quatro cantos que havia conquistado o voto de 10 parlamentares. Ao final da votação da bancada, porém, deu o contrário, isto é, 10 votos favoráveis ao impeachment e 8 votos contrários.

Vale lembrar que restava em incógnita o outro parlamentar que o governador dava como garantido. Um tweet do comunista, no entanto, pode ter esclarecido esse fato. “Em defesa dos interesses administrativos do Maranhão, converso com todos”, disse. É provável que esse diálogo seja a oferta feita ao deputado federal Sarney Filho, o Zequinha (PV), via Jandira Feghali (PCdoB). Conforme revelado pelo Atual7, se estivesse aberto ao diálogo, em troca do voto contra o impedimento da presidente, Zequinha ganharia de bandeja uma secretaria no alto escalão do governo comunista.

 



Comente esta reportagem