Presidente da OAB diverge de Flávio Dino e defende condução coercitiva de Lula
Política

Presidente da OAB diverge de Flávio Dino e defende condução coercitiva de Lula

Mais cedo, governador do Maranhão usou as redes sociais para criticar a ação da PF autorizada pelo juiz Sérgio Moro

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, divergiu do governador Flávio Dino (PCdoB) e defendeu a nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira 4, e que tem como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Enquanto Dino, que é ex-juiz federal, usou as redes sociais para condenar a ação autorizada pelo juiz Sérgio Moro, para Lamachia, não há "problema algum" na condução coercitiva do petista pela PF para depor.

"Nós vivemos num Estado Democrático de Direito e as nossas normas devem ser cumpridas por qualquer pessoa. Nenhum cidadão brasileiro deve estar isento de responder pelos seus atos se cometeu algum ato ilícito", disse.

Lamachia deu as declarações ao chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde protocolou um pedido para ter acesso à delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Mais cedo, o governador do Maranhão havia declarado como desnecessária a condução coercitiva e os mandados de busca e apreensão no apartamento de Lula, e comentou de forma irônica que, se o Ministério Público Federal (MPF) já possui provas, bastava oferecer denúncia contra o ex-presidente.

“Tenho declarado meu apoio a todas as investigações no âmbito da operação Lava Jato, Zelotes e outras. Contudo, abusos devem ser evitados. Medidas coercitivas devem obedecer ao princípio da proporcionalidade (necessidade). Não me parece o caso na condução do ex-presidente Lula. Se o Ministério Público diz já possuir tantas provas, basta oferecer denúncia para que haja o direito de defesa e julgamento”, disparou Dino.



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