Oligarquia que domina OAB-MA há 20 anos tenta se perpetuar no poder
Política

Oligarquia que domina OAB-MA há 20 anos tenta se perpetuar no poder

Promessas não cumpridas e falta de representatividade marcam as três gestões do grupo que comanda a Seccional maranhense desde 1995

Oligarquia. No Houaiss, caracteriza-se como um regime político em que o poder é exercido por um pequeno grupo de pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família. No Maranhão, oligarquia passou a ser entendida simplesmente como o compartilhamento da Presidência da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) entre um grupo inerte de advogados que anda a reboque dos fatos que historicamente caracterizavam a entidade: encabeçar movimentos, reivindicações e defesas da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e das prerrogativas profissionais de sua própria classe.

Há 20 anos sob um mesmo domínio, a seccional maranhense passou pelas mãos de gente como Raimundo Marques (1995/2003), Caldas Gois (2004/2009) e atualmente se encontra sobre o comando de Mário Macieira (2010-2015), que tenta passar o bastão para a ungida Valéria Lauande, no velho esquema de uso da máquina, articulações, partidarismo e ativismo político para cooptar apoios, ainda que todos essas movimentações violem o próprio Estatuto da Advocacia e da OAB.

Apesar das ininterruptas duas décadas no poder, nenhum dos três representantes da Oligarquia da OAB-MA, principalmente o atual e o anterior, foi capaz de avançar e cumprir com promessas para problemas antigos enfrentados pela advocacia maranhense, tais como a implantação dos chamados escritórios compartilhados, a realização de estudos para a redução da anuidade, a Biblioteca Virtual, a instalação do Centro de Inclusão Digital na Justiça do Trabalho, a atualização anual e permanente da tabela de honorários advocatícios e propositura de eleição direta para o quinto constitucional.

Longe disso, de lá pra cá, o que se percebe na seccional do Maranhão é apenas o império do abuso de poder econômico e político, a busca do poder pelo poder e prestígio, o estímulo a inimizades e, principalmente, a inoperância e falta de representatividade da atual gestão com as dificuldades pelas quais passam os advogados.

Num estado miserável, onde grande parte da população ainda é analfabeta, torna-se inegável a compreensão de que o domínio político de uma oligarquia enfraquece a democracia e impõe um enorme atraso às questões da cidadania, de direitos humanos e outras questões essenciais para a sociedade, mas numa entidade formada por pessoas estudadas, independentes, homens e mulheres da lei, é inexplicável como esse tipo de degeneração conseguiu se perpetuar até os dias atuais e ainda tenta se sustentar no e do poder.



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