Pedro Fernandes nega repasses de salário na Câmara dos Deputados a Pedro Lucas
Política

Pedro Fernandes nega repasses de salário na Câmara dos Deputados a Pedro Lucas

Líder da bancada federal maranhense foi denunciado ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por peculato e abuso de poder

O deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA), líder da bancada maranhense na Câmara dos Deputados, negou ao Atual7 que tenha empregado Marcus Henrique de Carvalho Gambogi como funcionário fantasma na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, cujo presidente era, à época, o congressista, e de que tenha feito repasses salarias desta sinecura ao seu filho Pedro Lucas Fernandes (PTB), vereador em São Luís.

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A negativa de que tenha praticado peculato e abuso de poder foi feita após a repercussão no Atual7 de um levantamento feito pelo site Congresso em Foco, que aponta o líder da bancada federal maranhense como um dos quatro parlamentares na Câmara Baixa que respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de corrupção. Os outros três são Weverton Rocha (PDT-MA), João Castelo (PSDB-MA) e Waldir Maranhão (PP-MA).

Embora tenha sido denunciado ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base em uma "notícia-crime objetiva e pormenorizada e de autoria ostensiva e identificada", o parlamentar sustenta que a denúncia teria sido "apócrifa", sem apresentação de "prova ou indício".

- Em resposta à matéria: "Quatro deputados do MA são investigados no STF por suspeita de corrupção", reafirmo que houve uma denúncia apócrifa que não apresentou prova ou indício. O próprio Ministério Público já fez levantamento junto à Câmara dos Deputados e foi comprovada a assiduidade do funcionário que trabalhou 6 meses e assinava diariamente o ponto. O funcionário já foi ouvido e desmentiu a denúncia. Portando, esse inquérito não deverá prosperar para uma ação - defendeu-se Fernandes.

Entenda o caso

De acordo com o inquérito 3728, cujo relator é o ministro Celso de Mello, em depoimento prestado ao Departamento de Polícia Federal, Marcus Henrique de Carvalho Cambogi alegou que exercia suas funções em Brasília, e que apenas foi indicado para o cargo pelo vereador Pedro Lucas Fernandes, com quem tinha relações de amizade.

Sobre os  R$ 6.943,00 líquidos que Marcus Henrique Cambogi recebia da Câmara e, suspeita-se, pode ter repassado para Pedro Lucas, como nos autos há "indícios sólidos da prática do crime", o relator do processo determinou o afastamento do sigilo bancário de Cambogi.

O inquérito aberto contra Pedro Fernandes por peculato e abuso de poder, que conta com robustas 70 folhas, segue no STF desde o dia 2 de agosto de 2013, tendo como última movimentação o dia 11 de março deste ano.



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