A língua do governador Flávio Dino (PCdoB) não é osso e nem quebra caroço, mas tem quebrado a cara de muita gente, que votou no comunista acreditando em seu projeto de mudança, mas já se arrepende do voto.

Durante os protestos de junho de 2013 em São Luís, quando a mandachuva do Palácio dos Leões era a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), o atual governador do Maranhão, então na oposição, criticava a peemedebista, em virtude da colocação de grades na porta da sede do Executivo estadual para evitar os manifestantes mais exaltados.

Já eleito, em dezembro do ano passado, durante discurso a uma plateia que ainda não sabia que tinha sido enganada, Dino mentiu: “vamos tirar as grades físicas e simbólicas do Palácio dos Leões”, e ainda emendou outra: "Quero dizer aos dois leões, o da direta e o da esquerda, que eles não vão mais rugir contra o povo do Maranhão. Vocês estão despidos dos brasões da oligarquia. Queridos Leões, bem vindos à democracia".

Pouco mais de seis meses depois, com dezenas de centenas de membros da oligarquia instalada em seu governo, nesta terça-feira (7), Flávio Dino voltou a mostrar que instalou o comunismo no estado e, para não atrapalhar o seu sossego, mandou a Polícia Militar fazer um cordão de isolamento sobre a porta do Palácio dos Leões, para evitar a presença de manifestantes indígenas, que protestam na capital desde a semana passada, em busca de cumprimentos de promessas do comunista para o setor da educação, infraestrutura e agricultura.

Apresentando-se como um Flávio Dino diferente do candidato humilde, dialogador e abraçador que precisava de votos na campanha eleitoral, apesar da manifestação dos índios ser completamente pacífica, além de avisar que não vai receber as lideranças indígenas, por meio de nota, Dino afirmou que não vai "ceder a pressões" e a "chantagens ilegais".

Outro fato interessante sobre o novo Dino é que, na época do protesto contra o governo Roseana, os manifestantes não se intimidaram com a PM, derrubaram as grades do Palácio dos Leões e se concentraram em frente a sede do governo. Instalado o comunismo no Maranhão, porém, onde entidades de Direitos Humanos questionam uma medida do comunista que teria dado à polícia "licença para matar", já viu se os índios resolvem tentar fazer o mesmo?