A mudança repentina de discurso do governador do Maranhão sobre a pré-candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS) para a prefeitura de São Luís tem uma razão: como o seu candidato oficial, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), cresce em rejeição, Dino teme ser derrotado em 2016 e com isso partir enfraquecido para 2018, quando deve enfrentar nas urnas a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) ou o senador Roberto Rocha (PSB).

De liderança forte e inquestionável poder de voto, Gama forçou Flávio Dino a dobrar os joelhos após todas as pesquisas de intenção de votos para a capital apontarem para sua eleição ao Executivo municipal com vitória esmagadora, mesmo sem o apoio do comunista.

Divulgado no início de março passado - dias após Dino constranger a parlamentar e convidados sobre sua pré-candidatura à prefeita de São Luís, em sua própria festa de aniversário -, levantamento feito pelo Instituto Conceito mostrou Eliziane Gama liderando em todos os cenários.

Na estimulada, sempre acima dos 40% contra menos de 20% do segundo colocado, Edivaldo Júnior; na espontânea, beirando os 14% contra pouco mais de 11% do petecista.

Em nota rodada de pesquisas, realizadas pelo Escutec e vazadas no último sábado (25), Gama voltou a mostrar que, se as eleições fossem no mês e ano corrente, sem o apoio de Flávio Dino, ela estaria eleita com 38% dos votos contra apenas 14% de Edivaldo Holanda Júnior, que cresceu apenas no índice de rejeição, passando agora dos 70%.