“O autismo não pode mais ser tratado como algo desconhecido”, destaca Wellington
Política

“O autismo não pode mais ser tratado como algo desconhecido”, destaca Wellington

Carta-proposta será entregue ao Governo do Estado solicitando urgência em políticas públicas voltadas para a educação, saúde e assistência social em defesa dos autistas

Atendendo ao requerimento do deputado Wellington do Curso (PPS), a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa realizou, na tarde da última quinta-feira (23), no Auditório Fernando Falcão, uma Audiência Pública em defesa dos direitos dos autistas.

A reunião contou com a participação do presidente da CDH da Casa, deputado Zé Inácio (PT); do secretário de Estado dos Direitos Humanos, Francisco Gonçalves; do promotor de Infância e Juventude, Márcio Thadeu; da presidente da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Fúria, além de representantes de órgãos públicos municipais e estaduais e pais de crianças espectro autistas, que discorreram sobre os desafios da convivência com pessoas autistas e forneceram informações sobre a síndrome.

Ao fazer a abertura da reunião, Wellington, que é vice-presidente da CDH, reafirmou que continuará empenhado na defesa pelos direitos sociais e das minorias e será a voz no parlamento dos menos favorecidos.

- Não me calarei diante das mazelas e anseios da população. Como defensor da dignidade humana, quero destacar que o autismo não pode ser mais tratado como algo desconhecido. Cabe a todos nós essa união na busca por políticas públicas em defesa das pessoas com deficiência e, ao parlamento, que não nos omitamos de nossas responsabilidades enquanto deputados. Destaco o meu apoio, minha voz, minha energia e minha defesa a todos vocês, pais e defensores dos autistas - ressaltou.

Na ocasião, os organizadores exibiram um vídeo-documentário apresentando depoimentos e histórias de vida de pais com filhos autistas. Em seguida, a representante das mães, Telma Sá, e o presidente da Associação dos Amigos dos Autistas (AMA), Iomar da Silva, explicaram sobre o transtorno espectro autista e as condições vivenciadas por eles na realidade atual, e destacaram a importância de cada município do Estado disponibilizar um Centro de Assistência ao Autista.

Também presente na audiência, a promotora da Educação, Luciane Belo, fez referência à última pesquisa do IBGE que somou mais de 1 milhão de autistas só em São Luís, o que levou o Maranhão a ser o segundo estado com o maior número de pessoas com a síndrome.

No encerramento do evento, conduzido pelo deputado Zé Inácio, a Comissão encaminhou as seguintes proposições: reunião de trabalho para a primeira quinzena de maio com representantes das secretarias de Educação, Saúde e Direitos Humanos e a presença de associações representativas do Autismo.

Foi registrada, ainda, uma audiência na qual será entregue uma carta-proposta ao Governo do Estado solicitando urgência em políticas públicas e projetos voltados para a educação, saúde e assistência social em defesa dos autistas



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